domingo, 12 de março de 2006

Bonfiglio de Oliveira


Bonfiglio de Oliveira, instrumentista e compositor, nasceu em Guaratinguetá (SP) em 27/09/1894, e faleceu no Rio de Janeiro(RJ) em 16/05/1940. Aprendeu as primeiras noções de música com o pai, contrabaixista da Banda Mafra de Guaratinguetá.


Durante dois anos tocou bumbo na Banda Beneficente e, depois, estudou com o maestro Acosta, que o levou a integrar, como trompetista, a Banda Mafra. Mais tarde foi convidado pelo diretor do Colégio São José, onde estudava, para reorganizar a banda dos alunos. Compôs então sua primeira música, o dobrado “Padre Frederico Gióia”, dedicada ao diretor.

Continuou os estudos no Colégio São Joaquim, em Lorena (SP), e depois transferiu-se para Piquete (SP)., onde organizou uma banda que se apresentava nas cidades do vale do Paraíba. Numa dessas apresentações, foi ouvido pelo maestro e violinista Lafaiete Silva, que o convidou a ir para o Rio de Janeiro, empregando-o como trompetista na orquestra que dirigia no Cinema Ouvidor. Após concluir de trompete, começou a atuar como trompetista e contrabaixista em diversos teatros e cinemas cariocas, inclusive na Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, sob a regência de Francisco Braga.

Em 1917, ao lado de Pixinguinha, participou do Grupo Caxangá. Em 1918, em Guaratinguetá (SP), compôs a valsa Glória, em homenagem a uma jovem por quem se apaixonara. Mais tarde, a música recebeu versos da poetisa Branca M. Coelho e foi gravada por Gastão Formenti na Columbia, em 1931.

Em 1919, participou como compositor e diretor de harmonia do desfile do rancho Ameno Resedá, tornando-se conhecido então como compositor de marchas-rancho. Integrante da Companhia Arruda, atuou em teatros de revistas, excursionando pelo Brasil com diversas orquestras e conjuntos. Viajou ainda pela Itália, França e Espanha e, com a Companhia Jardel Jércolis, apresentou-se em cidades portuguesas.

Na década de 30, como solista e integrante de orquestra de estúdio, atuou no Programa Casé, da Rádio Philips. A 17 de outubro de 1931, gravou na Victor, em solo de trompete o choro "Flamengo", dedicado ao bairro carioca em que residiu. Também como trompetista, em 1932, passou a atuar com o Grupo da Velha Guarda, continuando no conjunto quando se transformou nos Diabos do Céu.

No carnaval de 1934, obteve grande sucesso com a marchinha Carolina, composta em parceria com Hervé Cordovil. Foi considerado um dos maiores instrumentistas de sopro do seu tempo, ao lado de Pixinguinha e Luís Americano.


Fonte: Enciclopédia da música brasileira - Art Editora.

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