sábado, 26 de agosto de 2006

Dormi no molhado


Dormi No Molhado (samba, 1942) - Moreira da Silva, Tancredo Silva e Ribeiro Cunha - Intérprete: Moreira da Silva

LP Moreira Da Silva - O Último Malandro / Título da música: Dormi no Molhado / Moreira da Silva (Compositor) / Tancredo da Silva / Ribeiro Cunha (Compositor) / Moreira da Silva (Intérprete) / Gravadora: Odeon, 1958 / Nº Álbum: MOFB 3058 / Lado A / Faixa 5 / Gênero: Samba de breque.

Disco 78 rpm / Título da música: Dormi no Molhado / Silva, Moreira da (Compositor) / Cunha, Ribeiro (Compositor) / Silva, Tancredo (Compositor) / Silva, Moreira da (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1942 / Nº Álbum 12144 / Lado A / Gênero musical: Samba:


Tonalidade: C

Introdução: F Ebdim C Am7 Dm7 G7 C Am7 Dm7  G7  C

                    C            G7                C
Eu quando vejo um rapaz, da sua idade estendendo a mão –
Dele não tenho compaixão
              C                       C7  
Porque não me conformo ver um homem de talento
                F
não querer trabalhar

Sente, meu velho, tou mais duro do que beira de sino,
Vê se tu me arranja uma nota aí prá pegar um prato feito
É, um P. F. um aparelho da zona acumulada.
        F                       Fm
Eu também já passei fome, já sofri e não morri,
               C                             Am7
Estou aqui de lição - e ninguém vai dizer que não.
                Dm7                   G7
Eu já dei atrapalhado, eu já andei afanado,
                   C
Mas nunca pedi tostão - acho que estou com a razão.
                                    G7
Eu enfrentei uma marreta, na pedreira São Diogo,
                           C
Quebrando pedra roliça - passando a pão e a linguiça.
                        C7                        
Dormia no cais do porto, no meio da sacaria,
              F
onde o rato dormia –
                   Fm
Onde ventava e chovia. Quando o dia amanhecia,
vinha o chefe da limpeza,
          C                         Am7
Jogando água fria - vejam só como eu saía.
         Dm7                       G7
Sem café e sem cigarro, sem saber prá onde ia,
                     C
Sem tostão e sem vintém - mas nunca pedia a ninguém.
                      G7
Cortei asfalto na linha, fui vendedor de galinha,
                      C
Carreguei cesto na feira - eu fui garçom de gafieira.
                          C7    
Comia numa vendinha, que só fritavam sardinha,
                    F
Com azeite de lamparina - eu só cheirava a gasolina.
                      Fm
Fui peixeiro, carvoeiro, fui carteiro, fui bicheiro
                C                            Am7
Apanhei como ladrão - mas não mudei de opinião.
                 Dm7                        G7
E como sou caprichoso, hoje me sinto outro homem,
                  C
Até já mudei meu nome
- oi, já me disseram até que eu virava lobisomem.
F  Ebdim  C  Am7  Dm7  G7  C  Am7  Dm7  G7  C

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