quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Dilermando Reis

Dilermando Reis, instrumentista e compositor, nasceu em Guaratinguetá/SP em 22/9/1916 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 2/1/1977. Estudou violão inicialmente com o pai, o violonista Francisco Reis. Em 1933, após assistir a um recital do violonista cego Levino da Conceição, que se apresentava em Guaratinguetá, entusiasmou-se e passou a acompanhá-lo em suas atuações pelo interior do país.

No Rio de Janeiro, começou a ganhar a vida ensinando violão em casas de música da época, como a Bandolim de Ouro e a Guitarra de Prata, na Rua da Carioca. Em 1935, conheceu Renato Murce, que o levou para a Rádio Clube do Brasil.

Companheiro de boêmia de Francisco Alves, João Petra de Barros e outros, tornou-se um dos mais famosos violonistas do rádio carioca, atuando principalmente na Rádio Nacional, de cujo elenco participou até 1969.

Em 1941 a Columbia lançou seu primeiro disco, que incluía a valsa Noite de lua e o choro Magoado (ambos de sua autoria). Em 1941 e 1942, integrou uma orquestra de 12 violões que atuou no Cassino da Urca e na Rádio Clube do Brasil. Gravou ainda com sucesso, em discos de 78 rpm, o bolero Penumbra, o calango Calanguinho (ambos de sua autoria), o jongo Interrogando (João Pernambuco) e a valsa Alma nortista (de sua autoria).

Em 1953, excursionou pelos EUA, atuando na CBS, de New York. Desde a década de 1950 até meados dos anos de 1960, lançou vários LPs na Continental, como solista de violão, entre os quais Sua Majestade o violão, Melodias da alvorada, Abismo de rosas e Presença de Dilermando Reis.

Teve muitos alunos famosos, como Bola Sete, Darci Vilaverde e, como amador, o presidente Juscelino Kubitschek. Em 1972 gravou o LP Dilermando Reis interpreta Pixinguinha e, em 1975, lançou O violão brasileiro de Dilermando Reis, ambos pela Continental.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

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