Billy Blanco - Algumas letras, cifras e gravações
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segunda-feira, 7 de agosto de 2006
Sinfonia paulistana
Sinfonia Paulistana (1954) - Blly Blanco
A Sinfonia Paulistana foi concluída em 1954, e lançada por ocasião do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo e pelas comemorações que se deram na cidade. Billy Blanco trabalhou nela durante dez anos. É composta por quinze canções, cantadas por Elza Soares, Pery Ribeiro, Cláudia, Claudette Soares, Nadinho da Ilha, Miltinho, coro do Teatro Municipal de São Paulo.
Músicas: 1) - Louvação de Anchieta (Pery Ribeiro); 2) - Bartira (Claúdia); 3) - Monções (Pery Ribeiro); 4) - Tema de São Paulo (Coro); 5) - Capital do tempo (Elza Soares); 6) - Dinheiro (Nadinho da Ilha); 7) - Coisas da noite (Pery Ribeiro); 8) - O céu de São Paulo (Pery Ribeiro); 9) - Amanhecendo (Coro); 10) - O tempo e a hora (Pery Ribeiro, Claúdia e Coro); 11) - Viva o camelô (Miltinho); 12) - Pró esporte (Elza Soares); 13) - São Paulo jovem (Pery Ribeiro); 14) - Rua Augusta (Coro); 15) - Grande São Paulo (Pery Ribeiro e Coro).
Detalhes: Produção de Aloysio de Oliveira; Todas composições são de Billy Blanco; Coro do Teatro Municipal de São Paulo; Orquestra regida pelo maestro Chiquinho de Moraes; Arranjos do Maestro Chiquinho de Moraes (Fonte: Billy Blanco - Sinfonia Paulistana - Álbum Completo/Full Album - Publicado por Rodrigo Abreu no Youtube).
Fazendo som com as estrelas, ligado no sideral
Por Maria, fez poemas, nas praias do litoral
As ondas contaram ao mar, por isso é que os oceanos
No mundo inteiro cantados, cantarão mais cem mil anos
E o homem entre mar e céu, tem canções por todo lado
Louvado seja Anchieta, pra sempre seja louvado
Navegante tem cantiga, que aprendeu no mar um dia
Qualquer rota que ele siga, se não canta, ele assobia
Cabelos cor da noite, pele de alvorada
Cacique entregou ao branco, a filha amada
Raízes de Brasil, chegaram até aqui
Abençoado o colo dessa mãe antiga
Por 400 anos feitos de cantiga, naquele doce embalo
Da canção Tupi
Na tez de uma paulista em cheiro de floresta
A cor de jambo é a índia, que ninguém contesta
De uma altivez que o Império nunca vira
É a tradição, é a raça, é a nossa origem
As coisas da história de São Paulo exigem
A honra que se faça ao nome de Bartira, Bartira
Era tudo, era o nada rio acima
Que o paulista no peito ia vencer
Pra fazer mais Brasil do que existia
Já um tempo era pouco pra perder
Reunindo oração e despedida na partida da horda triunfal
Caçador da esmeralda perseguida
Foi fazendo a unidade nacional
Bandeiras, monções
Já se dava por glória ao que se ia
Porque mal se sabia se voltava
E a benção levada já servia
De unção para quem por lá ficava
Nas monções quem seguia, na verdade
Já partia cheirando à santidade
Quem não via esmeralda ou não morria
Povoava cidade mais cidade
Bandeiras, monções, São Paulo
Que amanheceu trabalhando
São Paulo, que não sabe adormecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer
São Paulo, todo frio quando amanhece
Correndo no seu tanto o que fazer
Na reza do paulista, trabalho é Padre-Nosso
É a prece de quem luta e quer vencer
Bastante italiano, sírio e japonês
Além do africano, índio e português
Tudo isso ao alho e óleo, temperando a raça
Na capital do tempo, tempo é ouro e hora
Quem vive de espera, é juros de mora
Não tem mais-mais nem menos, ou é sim ou não
No máximo se espera pela condução
Nas retas da Rio-São Paulo, chegando, chegando eu vim
Paulista é quem vem e fica plantando, família e chão
Fazendo a terra mais rica, dinheiro e calo na mão
Dinheiro, mola do mundo, que põe a gente na tona
Leva a gente ao fundo
Sim, senhor, sim, senhor, sim, senhor
Faz a paz e a guerra, traz a Lua pra Terra
No mais aumenta a barriga do comendador
Dinheiro, juras e juros, erguendo todos os muros
Pra ele próprio depois, derrubar, derrubar
É a voz que fala mais forte, razão de vida e de morte
Também só compra o que pode comprar
São Paulo, que amanhece trabalhando
Casais entram no elevador
O fino pra curtir um som: ran ran, ren ren, ron ron
A noite é sempre uma criança, é só não deixar crescer
Assim existe esperança, no amanhecer
São coisas da noite, anúncios conhecidos
Que enfeitam a cidade, em movimentos coloridos
Alguém vem do trabalho, do baralho ou do que for
Do La Licorne ao Ceasa, de alguma coisa do amor
Tem sempre mais um, que vem pela calçada
Na bruma que esconde quem sobrou na madrugada
Dei tempo ao tempo, o tempo é que não dá
Tenho que estar pelas sete, no Viaduto do Chá
Olha o Sol, olha o Sol, cadê o Sol? Onde o Sol?
Sumiu, sumiu, sumiu
Quando amanhece, o Sol comparece por obrigação
Nublado, cansado, um Sol de rotina
Se bem ilumina, nem dão atenção
É que o bandeirante não perde o seu tempo
Olhando pro alto, o Sol verdadeiro está no asfalto
Na terra, no homem e na produção
A cor diferente do céu de São Paulo não é da garoa
É véu de fumaça, que passa, que voa
Na guerra paulista das mil chaminés
São Paulo, que amanhece trabalhando
Começou um novo dia, já volta
Quem ia, o tempo é de chegar
Do metrô chego primeiro, se tempo é dinheiro
Melhor, vou faturar
Sempre ligeiro na rua, como quem sabe o que quer
Vai o paulista na sua, para o que der e vier
A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição
Porque tudo se repete, são sete
E às sete explode em multidão:
Portas de aço levantam, todos parecem correr
Não correm de, correm para
Para São Paulo crescer
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
Que o tempo não espera, a vida é derradeira
Quem é vai ser, já era de qualquer maneira
O mundo é do "eu quero"
Quem me der é triste, tristeza basta a guerra
E o adeus no amor
Você onde é que estava quando o tempo andou?
Na terra que não pára, só você parou
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
O que vale é a versão, pouco interessa o fato
Porque a sensação maior é a do boato
Em coisa de um segundo, noite é madrugada
Notícia ganha o mundo, e a gente não é nada
Você onde é que estava quando o tempo andou?
São Paulo nunca pára, mas você, parou
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
São Paulo que amanhece trabalhando
Na Praça do Patriarca, rua Direita, São Bento
Na Líbero Badaró, no Viaduto do Chá
Lá está aquele moço, que não dá ponto sem nó
Na conversa bem jogada, vai vendendo geladeira
Pra esquimó curtir verão
Papo firme é isso aí, desse dono da calçada
Rei da comunicação
Olhe aqui, dona Teresa, o produto de beleza
Que chegou da Argentina, examina, examina
De brinde pra seu marido
Nova pomada pra calo que resolve a dor de ouvido
Tem Parker 73, compre uma e ganhe três
Nem paga o justo valor, mais outra ali pro doutor
Leve a lei do inquilinato, mesmo não sendo inquilino
Morar na lei é um barato, e ele prova à sua maneira
Que um ataque de besteira, faz de um doutor um otário
Cursando numa avenida o vestibular da vida
Para ser bom empresário
Ser do São Paulo, do Corinthians e Palmeiras
É ter o fino em futebol durante o ano
Em tênis, remo, natação, nas domingueiras
Bom é Pinheiros, Tietê ou Paulistano
Com Ademir, com Rivelino no gramado
Com rei Pelé e suas jogadas de veludo
Não pe de graça que São Paulo é chamado
Melhor da América Latina em quase tudo
Pró-esporte, pró-esporte é a solução
Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição
Lá por setembro o estudante nos ensina
Aquele esporte pelo esporte que não cede
E o meu Mackenzie, dá um show com a medicina
Na grande guerra que se chama MacMed
No corre-corre mundial estamos nessa
Os Fittipaldi estão aí para dizer
Só em São Paulo que é a terra do depressa
A São Silvestre poderia acontecer
Pró-esporte, pró-esporte é a solução
Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição
São Paulo jovem, dos que promovem velocidade
Nos seus cavalos, de roda e ferro, na sua forma de liberdade
O peito agarra, a costa de aço
Que deu garupa na Yamaha, no upa-upa
Feito de abraço e muito amor
São Paulo jovem, na mesma cela
Vão ele e ela, por onde seja
Deus os proteja, pelos caminhos da vida em flor
Tem coisas da Ipiranga, da Itapetininga, até da São João
Às vezes também dá
Puxar o show, o chope, o uísque, boa pinga
E o molho das mulheres que transam por lá
Tem loja, tem butique, tem pizzaria
Boate, restaurante, até casa lotérica
É rua que de nada mais precisaria
Com todo aquele charme do Jardim América
América, rua augusta
E agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Rua augusta, e agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Bartira e João Ramalho nunca imaginaram
Que a tanga e a miçanga vinham outra vez
Agora nos diriam vendo que acertaram:
Valeu o nosso amor, pelo amor de vocês
E a moça vai passando, e ninguém vê mais nada
Quando ela vai na dela, é pra machucar
É a paulistana boa, despreocupada
De short ou minissaia, pondo pra quebrar, pra quebrar
Rua augusta, e agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Na sinfonia, que é de todos os barulhos
De Santo Amaro, ao Brás, ao Centro, ao ABC
Por Santo André, Vila Maria até Guarulhos
Grande São Paulo, como eu gosto de você
São Paulo, que amanhece trabalhando
São Paulo que não pode amanhecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer.
A Sinfonia Paulistana foi concluída em 1954, e lançada por ocasião do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo e pelas comemorações que se deram na cidade. Billy Blanco trabalhou nela durante dez anos. É composta por quinze canções, cantadas por Elza Soares, Pery Ribeiro, Cláudia, Claudette Soares, Nadinho da Ilha, Miltinho, coro do Teatro Municipal de São Paulo.
Músicas: 1) - Louvação de Anchieta (Pery Ribeiro); 2) - Bartira (Claúdia); 3) - Monções (Pery Ribeiro); 4) - Tema de São Paulo (Coro); 5) - Capital do tempo (Elza Soares); 6) - Dinheiro (Nadinho da Ilha); 7) - Coisas da noite (Pery Ribeiro); 8) - O céu de São Paulo (Pery Ribeiro); 9) - Amanhecendo (Coro); 10) - O tempo e a hora (Pery Ribeiro, Claúdia e Coro); 11) - Viva o camelô (Miltinho); 12) - Pró esporte (Elza Soares); 13) - São Paulo jovem (Pery Ribeiro); 14) - Rua Augusta (Coro); 15) - Grande São Paulo (Pery Ribeiro e Coro).
Detalhes: Produção de Aloysio de Oliveira; Todas composições são de Billy Blanco; Coro do Teatro Municipal de São Paulo; Orquestra regida pelo maestro Chiquinho de Moraes; Arranjos do Maestro Chiquinho de Moraes (Fonte: Billy Blanco - Sinfonia Paulistana - Álbum Completo/Full Album - Publicado por Rodrigo Abreu no Youtube).
Fazendo som com as estrelas, ligado no sideral
Por Maria, fez poemas, nas praias do litoral
As ondas contaram ao mar, por isso é que os oceanos
No mundo inteiro cantados, cantarão mais cem mil anos
E o homem entre mar e céu, tem canções por todo lado
Louvado seja Anchieta, pra sempre seja louvado
Navegante tem cantiga, que aprendeu no mar um dia
Qualquer rota que ele siga, se não canta, ele assobia
Cabelos cor da noite, pele de alvorada
Cacique entregou ao branco, a filha amada
Raízes de Brasil, chegaram até aqui
Abençoado o colo dessa mãe antiga
Por 400 anos feitos de cantiga, naquele doce embalo
Da canção Tupi
Na tez de uma paulista em cheiro de floresta
A cor de jambo é a índia, que ninguém contesta
De uma altivez que o Império nunca vira
É a tradição, é a raça, é a nossa origem
As coisas da história de São Paulo exigem
A honra que se faça ao nome de Bartira, Bartira
Era tudo, era o nada rio acima
Que o paulista no peito ia vencer
Pra fazer mais Brasil do que existia
Já um tempo era pouco pra perder
Reunindo oração e despedida na partida da horda triunfal
Caçador da esmeralda perseguida
Foi fazendo a unidade nacional
Bandeiras, monções
Já se dava por glória ao que se ia
Porque mal se sabia se voltava
E a benção levada já servia
De unção para quem por lá ficava
Nas monções quem seguia, na verdade
Já partia cheirando à santidade
Quem não via esmeralda ou não morria
Povoava cidade mais cidade
Bandeiras, monções, São Paulo
Que amanheceu trabalhando
São Paulo, que não sabe adormecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer
São Paulo, todo frio quando amanhece
Correndo no seu tanto o que fazer
Na reza do paulista, trabalho é Padre-Nosso
É a prece de quem luta e quer vencer
Bastante italiano, sírio e japonês
Além do africano, índio e português
Tudo isso ao alho e óleo, temperando a raça
Na capital do tempo, tempo é ouro e hora
Quem vive de espera, é juros de mora
Não tem mais-mais nem menos, ou é sim ou não
No máximo se espera pela condução
Nas retas da Rio-São Paulo, chegando, chegando eu vim
Paulista é quem vem e fica plantando, família e chão
Fazendo a terra mais rica, dinheiro e calo na mão
Dinheiro, mola do mundo, que põe a gente na tona
Leva a gente ao fundo
Sim, senhor, sim, senhor, sim, senhor
Faz a paz e a guerra, traz a Lua pra Terra
No mais aumenta a barriga do comendador
Dinheiro, juras e juros, erguendo todos os muros
Pra ele próprio depois, derrubar, derrubar
É a voz que fala mais forte, razão de vida e de morte
Também só compra o que pode comprar
São Paulo, que amanhece trabalhando
Casais entram no elevador
O fino pra curtir um som: ran ran, ren ren, ron ron
A noite é sempre uma criança, é só não deixar crescer
Assim existe esperança, no amanhecer
São coisas da noite, anúncios conhecidos
Que enfeitam a cidade, em movimentos coloridos
Alguém vem do trabalho, do baralho ou do que for
Do La Licorne ao Ceasa, de alguma coisa do amor
Tem sempre mais um, que vem pela calçada
Na bruma que esconde quem sobrou na madrugada
Dei tempo ao tempo, o tempo é que não dá
Tenho que estar pelas sete, no Viaduto do Chá
Olha o Sol, olha o Sol, cadê o Sol? Onde o Sol?
Sumiu, sumiu, sumiu
Quando amanhece, o Sol comparece por obrigação
Nublado, cansado, um Sol de rotina
Se bem ilumina, nem dão atenção
É que o bandeirante não perde o seu tempo
Olhando pro alto, o Sol verdadeiro está no asfalto
Na terra, no homem e na produção
A cor diferente do céu de São Paulo não é da garoa
É véu de fumaça, que passa, que voa
Na guerra paulista das mil chaminés
São Paulo, que amanhece trabalhando
Começou um novo dia, já volta
Quem ia, o tempo é de chegar
Do metrô chego primeiro, se tempo é dinheiro
Melhor, vou faturar
Sempre ligeiro na rua, como quem sabe o que quer
Vai o paulista na sua, para o que der e vier
A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição
Porque tudo se repete, são sete
E às sete explode em multidão:
Portas de aço levantam, todos parecem correr
Não correm de, correm para
Para São Paulo crescer
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
Que o tempo não espera, a vida é derradeira
Quem é vai ser, já era de qualquer maneira
O mundo é do "eu quero"
Quem me der é triste, tristeza basta a guerra
E o adeus no amor
Você onde é que estava quando o tempo andou?
Na terra que não pára, só você parou
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
O que vale é a versão, pouco interessa o fato
Porque a sensação maior é a do boato
Em coisa de um segundo, noite é madrugada
Notícia ganha o mundo, e a gente não é nada
Você onde é que estava quando o tempo andou?
São Paulo nunca pára, mas você, parou
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
São Paulo que amanhece trabalhando
Na Praça do Patriarca, rua Direita, São Bento
Na Líbero Badaró, no Viaduto do Chá
Lá está aquele moço, que não dá ponto sem nó
Na conversa bem jogada, vai vendendo geladeira
Pra esquimó curtir verão
Papo firme é isso aí, desse dono da calçada
Rei da comunicação
Olhe aqui, dona Teresa, o produto de beleza
Que chegou da Argentina, examina, examina
De brinde pra seu marido
Nova pomada pra calo que resolve a dor de ouvido
Tem Parker 73, compre uma e ganhe três
Nem paga o justo valor, mais outra ali pro doutor
Leve a lei do inquilinato, mesmo não sendo inquilino
Morar na lei é um barato, e ele prova à sua maneira
Que um ataque de besteira, faz de um doutor um otário
Cursando numa avenida o vestibular da vida
Para ser bom empresário
Ser do São Paulo, do Corinthians e Palmeiras
É ter o fino em futebol durante o ano
Em tênis, remo, natação, nas domingueiras
Bom é Pinheiros, Tietê ou Paulistano
Com Ademir, com Rivelino no gramado
Com rei Pelé e suas jogadas de veludo
Não pe de graça que São Paulo é chamado
Melhor da América Latina em quase tudo
Pró-esporte, pró-esporte é a solução
Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição
Lá por setembro o estudante nos ensina
Aquele esporte pelo esporte que não cede
E o meu Mackenzie, dá um show com a medicina
Na grande guerra que se chama MacMed
No corre-corre mundial estamos nessa
Os Fittipaldi estão aí para dizer
Só em São Paulo que é a terra do depressa
A São Silvestre poderia acontecer
Pró-esporte, pró-esporte é a solução
Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição
São Paulo jovem, dos que promovem velocidade
Nos seus cavalos, de roda e ferro, na sua forma de liberdade
O peito agarra, a costa de aço
Que deu garupa na Yamaha, no upa-upa
Feito de abraço e muito amor
São Paulo jovem, na mesma cela
Vão ele e ela, por onde seja
Deus os proteja, pelos caminhos da vida em flor
Tem coisas da Ipiranga, da Itapetininga, até da São João
Às vezes também dá
Puxar o show, o chope, o uísque, boa pinga
E o molho das mulheres que transam por lá
Tem loja, tem butique, tem pizzaria
Boate, restaurante, até casa lotérica
É rua que de nada mais precisaria
Com todo aquele charme do Jardim América
América, rua augusta
E agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Rua augusta, e agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Bartira e João Ramalho nunca imaginaram
Que a tanga e a miçanga vinham outra vez
Agora nos diriam vendo que acertaram:
Valeu o nosso amor, pelo amor de vocês
E a moça vai passando, e ninguém vê mais nada
Quando ela vai na dela, é pra machucar
É a paulistana boa, despreocupada
De short ou minissaia, pondo pra quebrar, pra quebrar
Rua augusta, e agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Na sinfonia, que é de todos os barulhos
De Santo Amaro, ao Brás, ao Centro, ao ABC
Por Santo André, Vila Maria até Guarulhos
Grande São Paulo, como eu gosto de você
São Paulo, que amanhece trabalhando
São Paulo que não pode amanhecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer.
Se papai fosse eleito
Se Papai Fosse Eleito (samba, 1957) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran
LP Dolores Duran – Canta Para Você Dançar / Título da música: Se Papai Fosse Eleito / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1957 / Nº Álbum: CLP-11011 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba.
Tom: F Intro: G7 G7 G7 Dm7 G7 C C Ainda hei de ser bacana Cmaj7 C6 Ainda hei de andar de carro Am7 Dm7 G7 Com a plaquinha do cd G7 Motocicletas na frente Dm7 Assustando toda a gente G7 Cmaj7 Am7 Dm7 G7 C6 Pondo banca com você Dm7 G7 C Já pensou papai eleito Cmaj7 C6 Vereador ou prefeito A7 Dm Gm7 C7 F Dessa grande capital? F#dim7 B7 Em7 Aí vai haver disse-me-disse A7 Dm7 Uma nega vai ser vice G7 Com faixa, coroa Cmaj7 C6 Com tudo legal Am7 Dm6 Quero ver G7 Cmaj7 Lá no morro o alvoroço Am7 Dm7 As negas brigando por causa do moço G7 Cmaj7 Bb7 A7 Nessa altura um bom rapaz Dm7 Até você, risoleta D#dim7 C Que não me dá bola Am7 Dm7 Me enxergando de cartola G7 Cmaj7 Vai cair dura pra trás (Instrumental) Am7 Dm6 Quero ver G7 Cmaj7 Lá no morro o alvoroço Am7 Dm7 As negas brigando por causa do moço G7 Cmaj7 Bb7 A7 Nessa altura um bom rapaz Dm7 Até você, risoleta D#dim7 C Que não me dá bola Am7 Dm7 Me enxergando de cartola G7 Cmaj7 Vai cair dura pra trás
O morro
O Morro (samba-canção, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Interpretação: Agostinho dos Santos
LP Agostinho dos Santos - Inimitável / Título da música: O Morro / Billy Blanco (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Agostinho dos Santos (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1959 / Nº Álbum: XRLP 5057 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba-canção.
Morro
Eu conheço a tua história
Um passado que é só glória
Mesmo sem orquestração
Morro
Da desforra e da intriga
Até mesmo numa briga
Vais buscar inspiração
Morro
Se na roupa és mal-vestido
Deus te fez o escolhido
Pra fazer samba melhor
O morro
Bem distante do pó da cidade
Onde samba é Brasil de verdade
E o progresso ainda não corrompeu
O morro
Onde o dono de todo barraco
É forte no samba
O samba é seu fraco
E o samba é tão bom
Que a cidade esqueceu
Rio de Janeiro
Que eu sempre hei de amar
Estatuto de boite
Estatuto de Boite (samba, 1957) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran
LP Dolores Duran – Canta Para Você Dançar / Título da música: Estatuto de Boite (Boate) / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1957 / Nº Álbum: CLP-11011 / Lado B / Faixa 7 / Gênero musical: Samba.
Tom: C Intro: Cmaj7 D#dim7 Dm7 G7 Cmaj7(9) D#dim7 Dm7 Gafieira de gente bem, é boate, G7 Dm7 G7 Cmaj7 Dm7 G7 Onde a noite esconde a bobagem que acontece, C Em7 A7 Dm7 G7 Onde o whysky lava qualquer disparate, Dm7 G7 C6 D#dim7 Dm7 Amanhã, um sal de fruta a gente esquece. G7 Cmaj7 D#dim7 Dm7 Gafieira de gente bem, é boate, G7 Dm7 G7 Cmaj7 Dm7 G7 Onde a noite esconde a bobagem que acontece, C Em7 A7 Dm7 G7 Onde o whysky lava qualquer disparate, Dm7 G7 C6 Em7 Amanhã, um sal de fruta a gente esquece. A7 Dm7 G7 Vamos com calma, Cmaj7 C6 Olha o respeito, F#m7 Cuida do corpo, B7 Em A7 Que a alma, não tem mais jeito, Dm D#dim7 O estatuto não prevê, C Mas eu lhe digo, Am7 Dm7 Traga a sua mulher de casa, G7 Cmaj7 E deixa em paz a do amigo. (Instrumental) Dm7 G7 Vamos com calma, Cmaj7 C6 Olha o respeito, F#m7 Cuida do corpo, B7 Em A7 Que a alma, não tem mais jeito, Dm D#dim7 O estatuto não prevê, C Mas eu lhe digo, Am7 Dm7 Traga a sua mulher de casa, G7 Cmaj7 E deixa em paz a do amigo.
Encontro com a saudade
Encontro Com a Saudade (samba-canção, 1960) - Nilo Queiroz e Billy Blanco - Intérprete: Hebe Camargo
LP Hebe Camargo - Sou Eu / Título da música: Encontro Com A Saudade / Billy Blanco (Compositor) / Nilo Queiroz (Compositor) / Hebe Camargo (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1960 / Nº Álbum: MOFB 3174 / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Samba-canção.
Você chegou assim como o sol da manhã
Me iluminando, só veio dar bom dia
E foi ficando
E agora não tem jeito de partir
Meu bem como vai ser
Se um dia este amor chegar ao fim
Eu que me acostumei tanto a você
E ter você já faz parte de mim
Acho bom eu até combinar
Encontro com a saudade de você
Saudade faz parte também do amor
Se a gente grande soubesse
Se A Gente Grande Soubesse (samba, 1967) - Billy Blanco - Intérprete: Quarteto em Cy - Participação: Billy Blanco
LP De Marré De Cy / Título da Música: Se A Gente Grande Soubesse / Billy Blanco (Compositor) / Quarteto Em Cy (Intérprete) / Billy Blanco (Partic.) / Gravadora: Elenco / Ano: 1967 / Nº Álbum: ME-41 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba / Obs.: A gravação abaixo, do Quarteto em Cy, não é a original deste LP de 1967.
Intro: F#m7 F° Em7(9) G/A F#m7 F° Se a gente grande soubesse Em7(9) G/A o que consegue a voz mansa Am7 D7(9) como ela cai feito prece G7M Gm6 e vira flor,num coração de criança. F#m7 Am7 D7(9) A gente grande, que tira G7M Gm6 o meu brinquedo da mão E7(9) tirou de um músico a lira Em7(9) A7(13) interrompeu a canção. F#m7 F° De tanto não que eu escuto Em7(9) G/A o não eu vivo a dizer Am7 D7(9) eu não sossego um minuto G7M é natural Gm6 eu não parei de viver. F#m7 Am7 D7 A gente apenas repete G7M Gm6 tudo que escuta e que vê F#m7 F° Pois gente grande eu queria Em7(9) G/A Intro ser um dia todo igualzinho a você. F#m7 F° Em7(9) Se a gente grande soubesse (quanta paz,) G/A Am7 o que consegue a voz mansa, (o bem que faz,) D7(9) como ela cai feito prece G7M e vira flor, Gm6 F#m7 num coração de criança. Am7 D7 G7M A gente grande, que tira (sem pensar,) Gm6 o meu brinquedo da mão, (me faz chorar) E7(9) tirou de um músico a lira, (sem saber,) Em7(9) A7(13) interrompeu a canção. F#m7 F° Em7(9) De tanto não que eu escuto (Não e não,) G/A Am7 o não eu vivo a dizer, (que confusão,) D7(9) eu não sossego um minuto G7M é natural Gm6 F#m7 eu não parei de viver. Am7 D7(9) G7M A gente apenas repete (tal e qual,) Gm6 F#m7 tudo que escuta e que vê, (não leve a mal,) F° Pois gente grande eu queria Em7(9) ser um dia G/A D6(9)
Lágrima flor
Lágrima Flor (1963) - Billy Blanco - Intérprete: Wilson Simonal
LP Tem "Algo Mais" / Título da música: Lágrima Flor / Billy Blanco (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1963 / Nº Álbum: MOFB 3370 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Canção / MPB.
Em B7 Em Na vida há sempre um pedaço de saudade F Escondido num vulto de mulher G D Em F#m B7 Ninguém consegue escolher felicida....de Em B7 Em B7 Porém aquela é a dor que a gente quer Em Em7+ Deixa pra lá Em7 Em6 Deixa assim com está para ver F Para ver como fica este amor Dm Em B7 Que não teve um momento de paz Em Em7+ Chora que é bom Em7 Em6 Mas não deixa ninguém perceber F Pois a lágrima feita de amor Dm Em B7 Vira flor, pelo bem que ela faz Em Em7+ Lágrima flor Em7 Em6 Flor que morre, perfuma quem corta F E prossegue, enfeitando já morta, Dm B7 Mesmo a quem não lhe quer Em Em7+ Ela diz não Em7 Em6 Mas depois vem o bom do amor e o talvez F Dm Em E amanhã diz que sim, como toda mulher.
Rio do meu amor
Rio do Meu Amor (samba, 1965) - Billy Blanco - Intérprete: Wilson Simonal
LP Wilson Simonal / Título da música: Rio do Meu Amor / Billy Blanco (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1965 / Nº Álbum: MOFB 3419 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.
Rio,
Estácio no passado fez este presente,
E deu abençoado três vezes à gente,
Pois Deus é africano, índio e português,
Como o babalaô, como o padre e o pajé,
A macumba, a crendice, a missa e a fé,
Teu bonito até mesmo com chuva cresceu,
Foi surgindo, todo lindo se fez.
Rio
De Pedro que primeiro foi compositor,
Foi grande seresteiro imenso imperador,
Amigo do chalaça,
Que a história faça mas não diz,
Era o dono das francesas lá da Ouvidor,
De marquesas balançou o coração,
Da tristeza de partir partiu feliz,
Por saber que inaugurou meu filme ouviu,
Como a capital do amor deste pais.
Rio,
De Vasco e Botafogo, América e Bangu,
Maracanã vibrando em dia de Fla-Flu,
Do bonde que a saudade ornamentando praça,
Do tostão que era bom como a Lapa já foi,
Da boneca dourada que passa, que engana,
Enfeitando calçada de Copacabana,
Ipanema, Leblon e Arpoador.
Rio,
Do grande carnaval, do 1º de abril,
Da Vila que desceu, do dólar que caiu,
De São Judas Tadeu,
São Jorge e Cosme Damião.
Rio,
de São Sebastião que é de janeiro,
Redentor que Paulo VI iluminou,
Rio de Deus que é brasileiro e do lugar,
Rio do bicho que não deu mas ia dá,
Festival de anedotas, luz e cor,
Foi aqui que descobri que a vida é,
E encontrei o meu amor,
Rio, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, Brasil, Brasil....
domingo, 6 de agosto de 2006
Pistom de gafieira
Pistom de Gafieira (samba, 1958) - Billy Blanco - Interpretação: Sílvio Caldas
LP Cabelos Brancos / Título da música: Pistom de Gafieira / Billy Blanco (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Gravadora: Columbia / Ano: 1958 / Nº Álbum: Columbia / Lado B / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.
C A7 Dm Dm/C Na gafieira segue o baile calmamente G7 C G7 Com muita gente dando volta no salão C G Tudo vai bem, mas eis porém que de repente D7 G7 Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão C A7 Dm Dm/C Não é que o Doca, um crioulo comportado G7 C C7 Ficou tarado quando viu a Dagmar F Fm C Toda soltinha dentro de um vestido saco A7 D7 Tendo ao lado um cara fraco G7 C E foi tirá-la pra dançar C7 F O moço era faixa preta simplesmente G7 C E fez o Doca rebolar sem bambolê G A porta fecha enquanto o duro vai não vai D7 G7 Quem está fora não entra / Quem está dentro não sai C A7 Dm Mas a orquestra sempre toma providência G7 C C7 Tocando alto pra polícia não manjar F Fm C E nessa altura como parte da rotina A7 D7 G7 C O piston tira a surdina e põe as coisas no lugar.
A banca do distinto
A Banca do Distinto (samba, 1959) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran
Compacto duplo EP 45 rpm / Dolores Duran No Michel De São Paulo / Título da música: A Banca do Distinto / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1959 / Nº Álbum: CEP-4568 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / Obs.: Embora o título sugira, não foi gravado ao vivo.
Intr.: A7+ D/E A7+ G7+ A7+ G#m7 C#7/9 F#m7 E7+ D7+ D/E D/E Bm7 E7/9 Não fala com pobre, não dá mão a preto A7+ Não carrega embrulho Bm7 Pra que tanta pose, doutor E7/9 A7+ Pra que esse orgulho Bb/C C7/9 Bm7 E7/9 A bruxa que é cega esbarra na gente A7+ E a vida estanca Bm7 O enfarte lhe pega, doutor E7/9 A7+ E acaba essa banca Eb7/9 D7+ G#5+/7 A vaidade é assim, põe o bobo no alto G7/13 E retira a escada F#5+/7 Bm7/9 Mas fica por perto esperando sentada F7/9 E7/9 F#/G# Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão A7+ D7+ D#° A7+ Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal F#7/13 F#5+/7 Bm7/9 Todo mundo é igual quando a vida termina E7/9 A7+ Com terra em cima e na horizontal
Viva meu samba
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Billy Blanco |
Disco 78 rpm / Título da música: Viva meu samba / Blanco, Billy, 1924- (Compositor) / Caldas, Silvio, 1908-1998 (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Columbia, 1957 / Nº Álbum CB-10378 / Lado A / Gênero musical: Samba.
D G/A D G/A Violão, pandeiro D A7 D G/A Tamborim na marcação e réco-réco D G/A Meu samba D Viva meu samba verdadeiro E7 A7 D Porque tem teleco-teco B7 E7 Venho do reino do samba / Brilhar no asfalto A7 D Gm7 E na forma de samba / Vem o morro também C7 F7+ Bb7+ Em7 Faço da minha tristeza / Um carnaval de beleza A7 D Que as outras terras não tem ( estrib.) B7 Em Toda riqueza do mundo / Não vale um terreiro A7 D Gm7 Onde eu faço meu samba / Com simplicidade C7 F7+ Bb7+ Em7 Com as pastoras na rua / Com um pedaço de lua A7 D G/A E a palavra saudade (estrib.)
Pano legal
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Billy Blanco |
Disco 78 rpm / Título da música: Pano Legal / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1956 / Nº Álbum: 5.654 / Lado B / Gênero musical: Samba.
Certo dia, fui levada,
A um samba diferente,
Entre a gente da gravata e do plastrom, ai, ai,
Bebida servida em taça,
Champanha em vez de cachaça,
Mesmo assim, o samba lá é bom.
Certo dia, fui levada,
A um samba diferente,
Entre a gente da gravata e do plastrom, ai, ai,
Bebida servida em taça,
Champanha em vez de cachaça,
Mesmo assim, o samba lá é bom.
Eu vi muita grã-fina, rebolando, sambado,
Não sabia que as distintas eram assim,
Se eu soubesse também, como era o ambiente, decente,
Jogava um pano legal, por cima de mim.
Eu vi muita grã-fina, rebolando, sambado,
Não sabia que as distintas eram assim,
Se eu soubesse também, como era o ambiente, decente,
Jogava um pano legal, por cima de mim....
Prece de um sambista
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Billy Blanco |
Disco 78 rpm / Título da música: Prece De Um Sambista / Billy Blanco (Compositor) / Linda Batista (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1952 / Nº Álbum: 80-1058 / Lado B / Gênero musical: Samba.
Quando morre um sambista,
No céu é motivo de festa,
Pois os anjos, que são da seresta,
Se alegram também,
E no meio de tanta alegria,
Todo o céu, se transforma em terreiro,
Os clarins, dão lugar ao pandeiro,
Que marca a chegada de alguém,
O Noel, que nosso santo do samba,
E chegou lá primeiro,
É o chefe do santo terreiro,
De Nosso Senhor,
Imploro a Deus,
Conservai-me um sambista decente,
Para merecer algum dia,
Sambar com esta gente,
De tanto valor !
sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Esperança perdida
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Lúcio Alves |
Disco 78 rpm / Título da música: Esperança Perdida / Billy Blanco (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Lúcio Alves (Intérprete) / Gravadora: Mocambo / Ano: 1956 / Nº Álbum: 15.040-a / Lado B / Gênero musical: Samba-canção.
Tom: F Introd: F7M Quanta esperança perdida Mas felizmente é assim O tempo passa e com ele a vida E a vida um dia tem fim... Am7 D4/7/9 D7/9- Gm7 Eu pra você fui mais um Am7 D7/9 Bbm6/Db C7 Bb6 Você foi tu.......do pra mim A7 Dm7 Am7 Fiz de você o meu céu D7/9- Gm7 Gb7/11+ F7M Minha razão, meu tudo enfim Am7 D4/7/9 D7/9- Gm7 As coisas belas da vi..........da Am7 Gm7 Bb6 De nada servem porque A7/9- Dm7 G7/13- C7/9- F6 C7/9+ F7M Porque não tenho queri.......da vo.......cê Am7 D4/7/9 D7/9- Gm7 Eu pra você fui mais um Am7 D7/9 Bbm6/Db C7 Bb6 Você foi tu.......do pra mim A7 Dm7 Am7 Fiz de você o meu céu D7/9- Gm7 Gb7/11+ F7M Minha razão, meu tudo enfim Am7 D4/7/9 D7/9- Gm7 As coisas belas da vi..........da Am7 Gm7 Bb6 De nada servem porque A7/9- Dm7 G7/13- C7/9- F6 Porque não tenho queri.......da vo.......cê
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
Samba triste
Samba triste (composto em 1956 - samba, 1960) - Billy Blanco e Baden Powell - Interpretação de Rosana Toledo
Disco 78 rpm / Título da música: Samba triste / Powell, Baden (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Toledo, Rosana (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1960 / Álbum 14590 / Lado A / Gênero musical: Samba.
Tom: C F#° F° Samba triste Am Am/G A gente faz assim F#° F° Eu aqui Em7/5- A7/13- Você longe de mim, de mim Dm7 G7 Alguém se vai C7M E7 Am7 Saudade vem e fica perto F#° Saudade resto de amor Dm6/F E7/13- De amor que não deu certo F#° F° Samba triste Am Am/G Que antes eu não fiz F#° F° Só porque Em7/5- A7/13- Eu sempre fui feliz, feliz Dm7 G7 Agora eu sei C7M E7 Am7 Que toda a vez que o amor existe A° G#° Am Am/G Há sempre um samba triste, meu bem A° G#° Am Am/G Samba que vem de você, amor
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Não vou pra Brasília
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Billy Blanco |
Não vou pra Brasília (samba, 1957) - Billy Blanco
Disco 78 rpm / Título da música: Não vou pra Brasília (trecho) / Billy Blanco (Compositor) / Os Cariocas (Intérprete) / Gravadora: Mocambo / Ano: 1957 / Álbum: 15.184-a / Lado A / Gênero musical: Samba.
Interpretação de Billy Blanco:
Tom: F (intro) F F7 F7 F7 Gm7 C7 F Dm7 Gm7 C7 Am6 D7 Gm7 E7 Am7 D7 C#7 C7 F Gm7 C7 Eu não sou índio nem nada F Dm7 Não tenho orelha furada Gm7 Nem uso argola C7 F Gm7 G#m7 Am7 Pendurada no nariz D7 Gm7 C7 Não uso tanga de pena Dm7 Dm7 E a minha pele é morena G7 Do sol da praia onde nasci C7 E me criei feliz Gm7 C7 Não vou, não vou pra Brasília F Dm7 Nem eu nem minha família Gm7 Mesmo que seja C7 Am7 D7 Pra ficar cheio da grana Gm7 E7 A vida não se compara Am7 D7 Mesmo difícil, tão cara C#7 Quero ser pobre C7 F Sem deixar Copacabana
Mocinho bonito
Isaura Garcia |
Disco 78 rpm / Título da música: Mocinho bonito / Blanco, Billy (Compositor) / Garcia, Isaura (Intérprete) / Paes, Luiz Arruda (Acompanhamento) / Coral (Acompanhamento) / Orquestra (Acompanhamento) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1956 / Nº Álbum 14129 / Gênero musical: Samba.
TOM: C C7M Mocinho bonito Dm7(9) Perfeito improviso Em7(9) Do falso granfino A7(b13) No corpo é atleta Dm7(9) No crânio é menino G7(13) E além do ABC C7M Ab7(13) Db7M Nada mais aprendeu G7(13) C7M Queimado de sol Dm7(9) Cabelo assanhado Em7(9) Com muito cuidado A7(b13) Na pinta de conde Dm7(9) Se esconde um coitado G7(13) Um pobre farsante Gm7 C7(9) Que a sorte esqueceu F7M Contando vantagem Gm7 Que vive de renda Am7 E mora em palácio Gm7 F7M Procura esquecer Fm7 O barraco do Estácio Bb7(9) Lugar de origem Eb7M(9) Ab7M Dm7(9) Que há pouco deixou G7(13) C7M Mocinho bonito Dm7(9) Que é falso malandro Em7(9) De Copacabana A7(b13) O mais que consegue Dm7(9) É vintão por semana G7(13) Que a mana do peito C(6/9) Jamais lhe negou
quarta-feira, 10 de maio de 2006
Tereza da praia
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Billy Blanco |
Esta singular realização foi valorizada pelo charme e a categoria dos cantores - que passaram a impressão de compartilhar realmente do amor da volúvel Tereza -, completada por Tom e seu conjunto, o que beneficiou de fato a carreira dos quatro participantes do projeto.
Traduzindo o ambiente carioca dos anos cinquenta, o disco tornou-se um sucesso total, jamais sendo igualado por outras gravações da mesma canção. Sobre a coincidência de ser a então mulher de Tom Jobim homônima da personagem, esclarece Billy Blanco, em seu livro Tirando de Letra: "Lamento desapontar críticos, jornalistas e boateiros: Tereza da praia é figura absolutamente fictícia".
Tereza da praia (samba, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Intérpretes: Dick Farney e Lúcio Alves
Disco 78 rpm / Título da música: Tereza da praia / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Farney, Dick, 1921-1987 (Intérprete) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Conjunto (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16994 / Gênero musical: Samba canção.
Tereza da praia (samba, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Intérpretes: Dick Farney e Lúcio Alves
Disco 78 rpm / Título da música: Tereza da praia / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Farney, Dick, 1921-1987 (Intérprete) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Conjunto (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16994 / Gênero musical: Samba canção.
Tom: C#m7 C#m7 F#7 D#m7 Lúcio Arranjei novo amor no Leblon G#7 C#m7 Em7 D7M Que corpo bonito, que pele morena G#7(b13) C#m7 F#7 A7(9) F#7 Que amor de pequena, amar é tão bom! C#m7 F#7 D#m7 O Dick! Ela tem um nariz levantado, G#7 C#m7 Em7 D7M Os olhos verdinhos bastante puxados G#7(b13) C#m7 F#7 F#m7 B7(9) Cabelo castanho e uma pinta do lado Em7 D7M D7M D6 É a minha Tereza da praia C#m7 F#7 B7M B6 Se é tua é minha também Em7 A7 D7M D6 O verão passou todo comigo C#m7 F#7 G#7(b13) O inverno pergunta com quem C#m7 F#7 D#m7 Então vamos a Tereza na praia deixar G#7 C#m7 Em7 D7M G#7(b13) Aos beijos do sol e abraços do mar Tereza C#m7 F#7 D#m7 É da praia, não é de ninguém G#7 C#m7 F#7 D#m7 D#m7 Não pode ser tua ... Nem minha também G#7(b13) C#7(9) C#m7 Tereza é da praia E7M Eb7M D7M C7M B7M Não é de nin...guém.
A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34
Teresa da praia
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Billy Blanco |
Esta singular realização foi valorizada pelo charme e a categoria dos cantores - que passaram a impressão de compartilhar realmente do amor da volúvel Tereza -, completada por Tom e seu conjunto, o que beneficiou de fato a carreira dos quatro participantes do projeto.
Traduzindo o ambiente carioca dos anos cinquenta, o disco tornou-se um sucesso total, jamais sendo igualado por outras gravações da mesma canção. Sobre a coincidência de ser a então mulher de Tom Jobim homônima da personagem, esclarece Billy Blanco, em seu livro Tirando de Letra: "Lamento desapontar críticos, jornalistas e boateiros: Tereza da praia é figura absolutamente fictícia".
Tereza da praia (samba, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Intérpretes: Dick Farney e Lúcio Alves
Disco 78 rpm / Título da música: Tereza da praia / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Farney, Dick, 1921-1987 (Intérprete) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Conjunto (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16994 / Gênero musical: Samba canção.
Tereza da praia (samba, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Intérpretes: Dick Farney e Lúcio Alves
Disco 78 rpm / Título da música: Tereza da praia / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Farney, Dick, 1921-1987 (Intérprete) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Conjunto (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16994 / Gênero musical: Samba canção.
Tom: C#m7 C#m7 F#7 D#m7 Lúcio Arranjei novo amor no Leblon G#7 C#m7 Em7 D7M Que corpo bonito, que pele morena G#7(b13) C#m7 F#7 A7(9) F#7 Que amor de pequena, amar é tão bom! C#m7 F#7 D#m7 O Dick! Ela tem um nariz levantado, G#7 C#m7 Em7 D7M Os olhos verdinhos bastante puxados G#7(b13) C#m7 F#7 F#m7 B7(9) Cabelo castanho e uma pinta do lado Em7 D7M D7M D6 É a minha Tereza da praia C#m7 F#7 B7M B6 Se é tua é minha também Em7 A7 D7M D6 O verão passou todo comigo C#m7 F#7 G#7(b13) O inverno pergunta com quem C#m7 F#7 D#m7 Então vamos a Tereza na praia deixar G#7 C#m7 Em7 D7M G#7(b13) Aos beijos do sol e abraços do mar Tereza C#m7 F#7 D#m7 É da praia, não é de ninguém G#7 C#m7 F#7 D#m7 D#m7 Não pode ser tua ... Nem minha também G#7(b13) C#7(9) C#m7 Tereza é da praia E7M Eb7M D7M C7M B7M Não é de nin...guém.
A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34
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