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segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Billy Blanco - Letras e cifras



Billy Blanco - Algumas letras, cifras e gravações





















Sinfonia paulistana

Sinfonia Paulistana (1954) - Blly Blanco

A Sinfonia Paulistana foi concluída em 1954, e lançada por ocasião do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo e pelas comemorações que se deram na cidade. Billy Blanco trabalhou nela durante dez anos. É composta por quinze canções, cantadas por Elza Soares, Pery Ribeiro, Cláudia, Claudette Soares, Nadinho da Ilha, Miltinho, coro do Teatro Municipal de São Paulo.

Músicas: 1) - Louvação de Anchieta (Pery Ribeiro); 2) - Bartira (Claúdia); 3) - Monções (Pery Ribeiro); 4) - Tema de São Paulo (Coro); 5) - Capital do tempo (Elza Soares); 6) - Dinheiro (Nadinho da Ilha); 7) - Coisas da noite (Pery Ribeiro); 8) - O céu de São Paulo (Pery Ribeiro); 9) - Amanhecendo (Coro); 10) - O tempo e a hora (Pery Ribeiro, Claúdia e Coro); 11) - Viva o camelô (Miltinho); 12) - Pró esporte (Elza Soares); 13) - São Paulo jovem (Pery Ribeiro); 14) - Rua Augusta (Coro); 15) - Grande São Paulo (Pery Ribeiro e Coro).

Detalhes: Produção de Aloysio de Oliveira; Todas composições são de Billy Blanco; Coro do Teatro Municipal de São Paulo; Orquestra regida pelo maestro Chiquinho de Moraes; Arranjos do Maestro Chiquinho de Moraes (Fonte: Billy Blanco - Sinfonia Paulistana - Álbum Completo/Full Album - Publicado por Rodrigo Abreu no Youtube).



Fazendo som com as estrelas, ligado no sideral
Por Maria, fez poemas, nas praias do litoral
As ondas contaram ao mar, por isso é que os oceanos
No mundo inteiro cantados, cantarão mais cem mil anos
E o homem entre mar e céu, tem canções por todo lado
Louvado seja Anchieta, pra sempre seja louvado
Navegante tem cantiga, que aprendeu no mar um dia
Qualquer rota que ele siga, se não canta, ele assobia
Cabelos cor da noite, pele de alvorada
Cacique entregou ao branco, a filha amada
Raízes de Brasil, chegaram até aqui
Abençoado o colo dessa mãe antiga
Por 400 anos feitos de cantiga, naquele doce embalo
Da canção Tupi
Na tez de uma paulista em cheiro de floresta
A cor de jambo é a índia, que ninguém contesta
De uma altivez que o Império nunca vira
É a tradição, é a raça, é a nossa origem
As coisas da história de São Paulo exigem
A honra que se faça ao nome de Bartira, Bartira
Era tudo, era o nada rio acima
Que o paulista no peito ia vencer
Pra fazer mais Brasil do que existia
Já um tempo era pouco pra perder
Reunindo oração e despedida na partida da horda triunfal
Caçador da esmeralda perseguida
Foi fazendo a unidade nacional
Bandeiras, monções
Já se dava por glória ao que se ia
Porque mal se sabia se voltava
E a benção levada já servia
De unção para quem por lá ficava
Nas monções quem seguia, na verdade
Já partia cheirando à santidade
Quem não via esmeralda ou não morria
Povoava cidade mais cidade
Bandeiras, monções, São Paulo
Que amanheceu trabalhando
São Paulo, que não sabe adormecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer
São Paulo, todo frio quando amanhece
Correndo no seu tanto o que fazer
Na reza do paulista, trabalho é Padre-Nosso
É a prece de quem luta e quer vencer
Bastante italiano, sírio e japonês
Além do africano, índio e português
Tudo isso ao alho e óleo, temperando a raça
Na capital do tempo, tempo é ouro e hora
Quem vive de espera, é juros de mora
Não tem mais-mais nem menos, ou é sim ou não
No máximo se espera pela condução
Nas retas da Rio-São Paulo, chegando, chegando eu vim
Paulista é quem vem e fica plantando, família e chão
Fazendo a terra mais rica, dinheiro e calo na mão
Dinheiro, mola do mundo, que põe a gente na tona
Leva a gente ao fundo
Sim, senhor, sim, senhor, sim, senhor
Faz a paz e a guerra, traz a Lua pra Terra
No mais aumenta a barriga do comendador
Dinheiro, juras e juros, erguendo todos os muros
Pra ele próprio depois, derrubar, derrubar
É a voz que fala mais forte, razão de vida e de morte
Também só compra o que pode comprar
São Paulo, que amanhece trabalhando
Casais entram no elevador
O fino pra curtir um som: ran ran, ren ren, ron ron
A noite é sempre uma criança, é só não deixar crescer
Assim existe esperança, no amanhecer
São coisas da noite, anúncios conhecidos
Que enfeitam a cidade, em movimentos coloridos
Alguém vem do trabalho, do baralho ou do que for
Do La Licorne ao Ceasa, de alguma coisa do amor
Tem sempre mais um, que vem pela calçada
Na bruma que esconde quem sobrou na madrugada
Dei tempo ao tempo, o tempo é que não dá
Tenho que estar pelas sete, no Viaduto do Chá
Olha o Sol, olha o Sol, cadê o Sol? Onde o Sol?
Sumiu, sumiu, sumiu
Quando amanhece, o Sol comparece por obrigação
Nublado, cansado, um Sol de rotina
Se bem ilumina, nem dão atenção
É que o bandeirante não perde o seu tempo
Olhando pro alto, o Sol verdadeiro está no asfalto
Na terra, no homem e na produção
A cor diferente do céu de São Paulo não é da garoa
É véu de fumaça, que passa, que voa
Na guerra paulista das mil chaminés
São Paulo, que amanhece trabalhando
Começou um novo dia, já volta
Quem ia, o tempo é de chegar
Do metrô chego primeiro, se tempo é dinheiro
Melhor, vou faturar
Sempre ligeiro na rua, como quem sabe o que quer
Vai o paulista na sua, para o que der e vier
A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição
Porque tudo se repete, são sete
E às sete explode em multidão:
Portas de aço levantam, todos parecem correr
Não correm de, correm para
Para São Paulo crescer
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
Que o tempo não espera, a vida é derradeira
Quem é vai ser, já era de qualquer maneira
O mundo é do "eu quero"
Quem me der é triste, tristeza basta a guerra
E o adeus no amor
Você onde é que estava quando o tempo andou?
Na terra que não pára, só você parou
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
O que vale é a versão, pouco interessa o fato
Porque a sensação maior é a do boato
Em coisa de um segundo, noite é madrugada
Notícia ganha o mundo, e a gente não é nada
Você onde é que estava quando o tempo andou?
São Paulo nunca pára, mas você, parou
Vão bora, vão bora, olha a hora
Vão bora, vão bora, vão bora, vão bora
Olha a hora, vão bora, vão bora, vão bora
São Paulo que amanhece trabalhando
Na Praça do Patriarca, rua Direita, São Bento
Na Líbero Badaró, no Viaduto do Chá
Lá está aquele moço, que não dá ponto sem nó
Na conversa bem jogada, vai vendendo geladeira
Pra esquimó curtir verão
Papo firme é isso aí, desse dono da calçada
Rei da comunicação
Olhe aqui, dona Teresa, o produto de beleza
Que chegou da Argentina, examina, examina
De brinde pra seu marido
Nova pomada pra calo que resolve a dor de ouvido
Tem Parker 73, compre uma e ganhe três
Nem paga o justo valor, mais outra ali pro doutor
Leve a lei do inquilinato, mesmo não sendo inquilino
Morar na lei é um barato, e ele prova à sua maneira
Que um ataque de besteira, faz de um doutor um otário
Cursando numa avenida o vestibular da vida
Para ser bom empresário
Ser do São Paulo, do Corinthians e Palmeiras
É ter o fino em futebol durante o ano
Em tênis, remo, natação, nas domingueiras
Bom é Pinheiros, Tietê ou Paulistano
Com Ademir, com Rivelino no gramado
Com rei Pelé e suas jogadas de veludo
Não pe de graça que São Paulo é chamado
Melhor da América Latina em quase tudo
Pró-esporte, pró-esporte é a solução
Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição
Lá por setembro o estudante nos ensina
Aquele esporte pelo esporte que não cede
E o meu Mackenzie, dá um show com a medicina
Na grande guerra que se chama MacMed
No corre-corre mundial estamos nessa
Os Fittipaldi estão aí para dizer
Só em São Paulo que é a terra do depressa
A São Silvestre poderia acontecer
Pró-esporte, pró-esporte é a solução
Pró-esporte, pró-esporte contra a poluição
São Paulo jovem, dos que promovem velocidade
Nos seus cavalos, de roda e ferro, na sua forma de liberdade
O peito agarra, a costa de aço
Que deu garupa na Yamaha, no upa-upa
Feito de abraço e muito amor
São Paulo jovem, na mesma cela
Vão ele e ela, por onde seja
Deus os proteja, pelos caminhos da vida em flor
Tem coisas da Ipiranga, da Itapetininga, até da São João
Às vezes também dá
Puxar o show, o chope, o uísque, boa pinga
E o molho das mulheres que transam por lá
Tem loja, tem butique, tem pizzaria
Boate, restaurante, até casa lotérica
É rua que de nada mais precisaria
Com todo aquele charme do Jardim América
América, rua augusta
E agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Rua augusta, e agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Bartira e João Ramalho nunca imaginaram
Que a tanga e a miçanga vinham outra vez
Agora nos diriam vendo que acertaram:
Valeu o nosso amor, pelo amor de vocês
E a moça vai passando, e ninguém vê mais nada
Quando ela vai na dela, é pra machucar
É a paulistana boa, despreocupada
De short ou minissaia, pondo pra quebrar, pra quebrar
Rua augusta, e agora, já é hora
E ninguém vai embora, embora de lá
Na sinfonia, que é de todos os barulhos
De Santo Amaro, ao Brás, ao Centro, ao ABC
Por Santo André, Vila Maria até Guarulhos
Grande São Paulo, como eu gosto de você
São Paulo, que amanhece trabalhando
São Paulo que não pode amanhecer
Porque durante a noite, paulista vai pensando
Nas coisas que de dia vai fazer.

Se papai fosse eleito


Se Papai Fosse Eleito (samba, 1957) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran

LP Dolores Duran ‎– Canta Para Você Dançar / Título da música: Se Papai Fosse Eleito / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1957 / Nº Álbum: CLP-11011 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba.


Tom: F

Intro: G7  G7 G7 Dm7 G7 C

                    C
Ainda hei de ser bacana
      Cmaj7            C6
Ainda hei de andar de carro
          Am7      Dm7  G7
Com a plaquinha do cd
                  G7
Motocicletas na frente
                   Dm7
Assustando toda a gente
       G7         Cmaj7 Am7 Dm7 G7 C6
Pondo banca com você
   Dm7       G7    C
Já pensou papai eleito
  Cmaj7         C6
Vereador ou prefeito
       A7         Dm Gm7 C7 F
Dessa grande capital?

        F#dim7 B7        Em7
Aí vai haver   disse-me-disse
     A7           Dm7
Uma nega vai ser vice
             G7
Com faixa, coroa
            Cmaj7 C6
Com tudo legal

Am7    Dm6
Quero ver
       G7         Cmaj7
Lá no morro o alvoroço
            Am7                Dm7
As negas brigando por causa do moço
         G7           Cmaj7 Bb7 A7
Nessa altura um bom rapaz

      Dm7
Até você, risoleta
D#dim7         C
Que não me dá bola
        Am7         Dm7
Me enxergando de cartola
          G7       Cmaj7
Vai cair dura pra trás

(Instrumental)

Am7    Dm6
Quero ver
       G7         Cmaj7
Lá no morro o alvoroço
            Am7                Dm7
As negas brigando por causa do moço
         G7           Cmaj7 Bb7 A7
Nessa altura um bom rapaz

      Dm7
Até você, risoleta
D#dim7         C
Que não me dá bola
        Am7         Dm7
Me enxergando de cartola
          G7       Cmaj7
Vai cair dura pra trás

O morro


O Morro (samba-canção, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Interpretação: Agostinho dos Santos

LP Agostinho dos Santos - Inimitável / Título da música: O Morro / Billy Blanco (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Agostinho dos Santos (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1959 / Nº Álbum: XRLP 5057 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba-canção.



Morro
Eu conheço a tua história
Um passado que é só glória
Mesmo sem orquestração
Morro
Da desforra e da intriga
Até mesmo numa briga
Vais buscar inspiração
Morro
Se na roupa és mal-vestido
Deus te fez o escolhido
Pra fazer samba melhor
O morro
Bem distante do pó da cidade
Onde samba é Brasil de verdade
E o progresso ainda não corrompeu
O morro
Onde o dono de todo barraco
É forte no samba
O samba é seu fraco
E o samba é tão bom
Que a cidade esqueceu
Rio de Janeiro
Que eu sempre hei de amar

Estatuto de boite


Estatuto de Boite (samba, 1957) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran

LP Dolores Duran ‎– Canta Para Você Dançar / Título da música: Estatuto de Boite (Boate) / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1957 / Nº Álbum: CLP-11011 / Lado B / Faixa 7 / Gênero musical: Samba.


Tom: C

Intro: Cmaj7 D#dim7 Dm7 G7

   Cmaj7(9)       D#dim7   Dm7
Gafieira de gente bem, é boate,
       G7                Dm7       G7   Cmaj7 Dm7 G7
Onde a noite esconde a bobagem que acontece,
        C              Em7  A7   Dm7  G7
Onde o whysky lava qualquer disparate,
    Dm7            G7              C6  D#dim7 Dm7
Amanhã, um sal de fruta a gente esquece.

G7 Cmaj7          D#dim7  Dm7
Gafieira de gente bem, é boate,
      G7                Dm7       G7   Cmaj7 Dm7 G7
Onde a noite esconde a bobagem que acontece,
        C              Em7  A7   Dm7  G7
Onde o whysky lava qualquer disparate,
    Dm7            G7              C6  Em7
Amanhã, um sal de fruta a gente esquece.

  A7      Dm7   G7
Vamos com calma,
           Cmaj7 C6
Olha o respeito,
          F#m7
Cuida do corpo,
         B7               Em   A7
Que a alma, não tem mais jeito,
      Dm        D#dim7
O estatuto não prevê,
            C
Mas eu lhe digo,
         Am7           Dm7
Traga a sua mulher de casa,
            G7        Cmaj7
E deixa em paz a do amigo.

(Instrumental)

 Dm7   G7
Vamos com calma,
           Cmaj7 C6
Olha o respeito,
          F#m7
Cuida do corpo,
         B7               Em   A7
Que a alma, não tem mais jeito,
      Dm        D#dim7
O estatuto não prevê,
            C
Mas eu lhe digo,
         Am7           Dm7
Traga a sua mulher de casa,
            G7        Cmaj7
E deixa em paz a do amigo.

Encontro com a saudade


Encontro Com a Saudade (samba-canção, 1960) - Nilo Queiroz e Billy Blanco - Intérprete: Hebe Camargo

LP Hebe Camargo - Sou Eu / Título da música: Encontro Com A Saudade / Billy Blanco (Compositor) / Nilo Queiroz (Compositor) / Hebe Camargo (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1960 / Nº Álbum: MOFB 3174 / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Samba-canção.



Você chegou assim como o sol da manhã
Me iluminando, só veio dar bom dia
E foi ficando
E agora não tem jeito de partir
Meu bem como vai ser
Se um dia este amor chegar ao fim
Eu que me acostumei tanto a você
E ter você já faz parte de mim
Acho bom eu até combinar
Encontro com a saudade de você
Saudade faz parte também do amor

Se a gente grande soubesse


Se A Gente Grande Soubesse (samba, 1967) - Billy Blanco - Intérprete: Quarteto em Cy - Participação: Billy Blanco

LP De Marré De Cy / Título da Música: Se A Gente Grande Soubesse / Billy Blanco (Compositor) / Quarteto Em Cy (Intérprete) / Billy Blanco (Partic.) / Gravadora: Elenco / Ano: 1967 / Nº Álbum: ME-41 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba / Obs.: A gravação abaixo, do Quarteto em Cy, não é a original deste LP de 1967.


Intro: F#m7 F° Em7(9) G/A

F#m7                  F° 
 Se a gente grande soubesse
Em7(9)                      G/A
 o que consegue a voz mansa
Am7                      D7(9)
 como ela cai feito prece
            G7M                Gm6
 e vira flor,num coração de criança.

F#m7                     Am7 D7(9)
 A gente grande, que tira
G7M                    Gm6
 o meu brinquedo da mão
E7(9)
 tirou de um músico a lira
Em7(9)             A7(13)
 interrompeu a canção.

F#m7                  F° 
 De tanto não que eu escuto
Em7(9)                 G/A
 o não eu vivo a dizer
Am7                    D7(9)
 eu não sossego um minuto
          G7M
 é natural
                  Gm6
eu não parei de viver.

F#m7               Am7 D7
 A gente apenas repete
G7M                    Gm6
 tudo que escuta e que vê
F#m7                      F°
 Pois gente grande eu queria
           Em7(9)      G/A           Intro
 ser um dia todo igualzinho a você.

F#m7                  F°            Em7(9)
 Se a gente grande soubesse (quanta paz,)
                      G/A               Am7
o que consegue a voz mansa, (o bem que faz,)
                     D7(9)
como ela cai feito prece
            G7M
e vira flor,
                  Gm6   F#m7
num coração de criança.
                     Am7  D7          G7M
A gente grande, que tira (sem pensar,)
                    Gm6               
o meu brinquedo da mão, (me faz chorar)
E7(9)
 tirou de um músico a lira, (sem saber,)
Em7(9)             A7(13)
 interrompeu a canção.


F#m7                  F°            Em7(9)
 De tanto não que eu escuto (Não e não,)
                      G/A               Am7
o não eu vivo a dizer, (que confusão,)
                     D7(9)
eu não sossego um minuto
            G7M
é natural
                  Gm6   F#m7
eu não parei de viver.
                     Am7  D7(9)    G7M
A gente apenas repete (tal e qual,)
                    Gm6                 F#m7
tudo que escuta e que vê, (não leve a mal,)
                         F°
Pois gente grande eu queria
           Em7(9)
ser um dia
           G/A        D6(9) 

Lágrima flor


Lágrima Flor (1963) - Billy Blanco - Intérprete: Wilson Simonal

LP Tem "Algo Mais" / Título da música: Lágrima Flor / Billy Blanco (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1963 / Nº Álbum: MOFB 3370 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Canção / MPB.


Em                 B7         Em 
Na vida há sempre um pedaço de saudade 
                          F 
Escondido num vulto de mulher 
    G                 D         Em    F#m    B7 
Ninguém consegue escolher felicida....de 
   Em             B7              Em     B7 
Porém aquela é a dor que a gente quer 
 Em         Em7+  
Deixa pra lá 
                  Em7         Em6     
Deixa assim com está para ver 
               F 
Para ver como fica este amor 
 Dm                Em           B7 
Que não teve um momento de paz 
 Em             Em7+ 
Chora que é bom 
                  Em7         Em6 
Mas não deixa ninguém perceber 
                F 
Pois a lágrima feita de amor 
 Dm             Em               B7 
Vira flor, pelo bem que ela faz 
 Em          Em7+ 
Lágrima flor 
                   Em7             Em6 
Flor que morre, perfuma quem corta 
                   F 
E prossegue, enfeitando já morta, 
 Dm                   B7 
Mesmo a quem não lhe quer 
 Em        Em7+ 
Ela diz não 
                 Em7                Em6 
Mas depois vem o bom do amor e o talvez 
      F               Dm           Em 
E amanhã diz que sim, como toda mulher. 

Rio do meu amor


Rio do Meu Amor (samba, 1965) - Billy Blanco - Intérprete: Wilson Simonal

LP Wilson Simonal / Título da música: Rio do Meu Amor / Billy Blanco (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1965 / Nº Álbum: MOFB 3419 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.



Rio,
Estácio no passado fez este presente,
E deu abençoado três vezes à gente,
Pois Deus é africano, índio e português,
Como o babalaô, como o padre e o pajé,
A macumba, a crendice, a missa e a fé,
Teu bonito até mesmo com chuva cresceu,
Foi surgindo, todo lindo se fez.

Rio
De Pedro que primeiro foi compositor,
Foi grande seresteiro imenso imperador,
Amigo do chalaça,
Que a história faça mas não diz,
Era o dono das francesas lá da Ouvidor,
De marquesas balançou o coração,
Da tristeza de partir partiu feliz,
Por saber que inaugurou meu filme ouviu,
Como a capital do amor deste pais.

Rio,
De Vasco e Botafogo, América e Bangu,
Maracanã vibrando em dia de Fla-Flu,
Do bonde que a saudade ornamentando praça,
Do tostão que era bom como a Lapa já foi,
Da boneca dourada que passa, que engana,
Enfeitando calçada de Copacabana,
Ipanema, Leblon e Arpoador.

Rio,
Do grande carnaval, do 1º de abril,
Da Vila que desceu, do dólar que caiu,
De São Judas Tadeu,
São Jorge e Cosme Damião.

Rio,
de São Sebastião que é de janeiro,
Redentor que Paulo VI iluminou,
Rio de Deus que é brasileiro e do lugar,
Rio do bicho que não deu mas ia dá,
Festival de anedotas, luz e cor,
Foi aqui que descobri que a vida é,
E encontrei o meu amor,
Rio, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, Brasil, Brasil....

domingo, 6 de agosto de 2006

Pistom de gafieira


Pistom de Gafieira (samba, 1958) - Billy Blanco - Interpretação: Sílvio Caldas

LP Cabelos Brancos / Título da música: Pistom de Gafieira / Billy Blanco (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Gravadora: Columbia / Ano: 1958 / Nº Álbum: Columbia / Lado B / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.


C                A7         Dm    Dm/C
Na gafieira segue o baile calmamente
           G7                    C     G7
Com muita gente dando volta no salão
          C                           G
Tudo vai bem, mas eis porém que de repente
        D7                           G7
Um pé subiu e alguém de cara foi ao chão 

             C         A7          Dm   Dm/C
Não é que o Doca, um crioulo comportado
       G7                  C      C7
Ficou tarado quando viu a Dagmar
      F                 Fm          C
Toda soltinha dentro de um vestido saco
          A7            D7
Tendo ao lado um cara fraco
       G7             C
E foi tirá-la pra dançar 

       C7                   F
O moço era faixa preta simplesmente
         G7                  C
E fez o Doca rebolar sem bambolê
                                       G
A porta fecha enquanto o duro vai não vai
                    D7                          G7
Quem está fora não entra  / Quem está dentro não sai

          C             A7         Dm
Mas a orquestra sempre toma  providência
         G7                    C     C7
Tocando alto pra polícia não manjar
          F         Fm          C
E nessa altura como parte da rotina
   A7               D7            G7         C
O piston tira a surdina e põe as coisas no lugar.

A banca do distinto


A Banca do Distinto (samba, 1959) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran

Compacto duplo EP 45 rpm / Dolores Duran No Michel De São Paulo / Título da música: A Banca do Distinto / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1959 / Nº Álbum: CEP-4568 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / Obs.: Embora o título sugira, não foi gravado ao vivo.


Intr.: A7+ D/E A7+ G7+ A7+ G#m7
       C#7/9 F#m7 E7+ D7+ D/E

D/E            Bm7                E7/9
Não fala com pobre, não dá mão a preto
                A7+
Não carrega embrulho
               Bm7
Pra que tanta pose, doutor
E7/9            A7+
Pra que esse orgulho
Bb/C C7/9     Bm7              E7/9
A bruxa que é cega esbarra na gente
            A7+
E a vida estanca
               Bm7
O enfarte lhe pega, doutor
E7/9          A7+
E acaba essa banca
Eb7/9         D7+                 G#5+/7
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
              G7/13
E retira a escada
              F#5+/7            Bm7/9
Mas fica por perto esperando sentada
      F7/9         E7/9              F#/G#
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
A7+             D7+              D#°            A7+
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
                F#7/13       F#5+/7 Bm7/9
Todo mundo é igual quando a vida termina
              E7/9           A7+
Com terra em cima e na horizontal

Viva meu samba

Billy Blanco
Viva meu samba (samba, 1958) - Billy Blanco - Interpretação: Sílvio Caldas.

Disco 78 rpm / Título da música: Viva meu samba / Blanco, Billy, 1924- (Compositor) / Caldas, Silvio, 1908-1998 (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Columbia, 1957 / Nº Álbum CB-10378 / Lado A / Gênero musical: Samba.


D    G/A        D     G/A
Violão,      pandeiro
D          A7            D     G/A
Tamborim na marcação e réco-réco
D     G/A
Meu samba
                D
Viva meu samba verdadeiro
       E7   A7     D
Porque tem teleco-teco 

                  B7                     E7
Venho do reino do samba  /  Brilhar no asfalto
            A7                       D    Gm7
E na forma de samba  /  Vem o morro também
         C7        F7+         Bb7+          Em7
Faço da minha tristeza  /  Um carnaval de beleza
             A7           D
Que as outras terras não tem    ( estrib.)  

                B7                       Em
Toda riqueza do mundo  /  Não vale um terreiro
            A7                  D       Gm7
Onde eu faço meu samba  /  Com simplicidade
         C7        F7+            Bb7+      Em7
Com as pastoras na rua  /  Com um pedaço de lua
       A7       D      G/A
E a palavra saudade              (estrib.)

Pano legal

Billy Blanco
Pano Legal (samba, 1956) - Billy Blanco - Intérprete: Dolores Duran

Disco 78 rpm / Título da música: Pano Legal / Billy Blanco (Compositor) / Dolores Duran (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1956 / Nº Álbum: 5.654 / Lado B / Gênero musical: Samba.



Certo dia, fui levada,
A um samba diferente,
Entre a gente da gravata e do plastrom, ai, ai,
Bebida servida em taça,
Champanha em vez de cachaça,
Mesmo assim, o samba lá é bom.

Certo dia, fui levada,
A um samba diferente,
Entre a gente da gravata e do plastrom, ai, ai,
Bebida servida em taça,
Champanha em vez de cachaça,
Mesmo assim, o samba lá é bom.

Eu vi muita grã-fina, rebolando, sambado,
Não sabia que as distintas eram assim,
Se eu soubesse também, como era o ambiente, decente,
Jogava um pano legal, por cima de mim.

Eu vi muita grã-fina, rebolando, sambado,
Não sabia que as distintas eram assim,
Se eu soubesse também, como era o ambiente, decente,
Jogava um pano legal, por cima de mim....

Prece de um sambista

Billy Blanco
Prece de Um Sambista (samba, 1952) - Billy Blanco - Intérprete: Linda Batista

Disco 78 rpm / Título da música: Prece De Um Sambista / Billy Blanco (Compositor) / Linda Batista (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1952 / Nº Álbum: 80-1058 / Lado B / Gênero musical: Samba.



Quando morre um sambista,
No céu é motivo de festa,
Pois os anjos, que são da seresta,
Se alegram também,
E no meio de tanta alegria,
Todo o céu, se transforma em terreiro,
Os clarins, dão lugar ao pandeiro,
Que marca a chegada de alguém,
O Noel, que nosso santo do samba,
E chegou lá primeiro,
É o chefe do santo terreiro,
De Nosso Senhor,
Imploro a Deus,
Conservai-me um sambista decente,
Para merecer algum dia,
Sambar com esta gente,
De tanto valor !

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Esperança perdida

Lúcio Alves
Esperança Perdida (samba-canção, 1956) - Billy Blanco e Tom Jobim - Interpretação: Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Esperança Perdida / Billy Blanco (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Lúcio Alves (Intérprete) / Gravadora: Mocambo / Ano: 1956 / Nº Álbum: 15.040-a / Lado B / Gênero musical: Samba-canção.


Tom: F

Introd: F7M 

Quanta esperança perdida
Mas felizmente é assim
O tempo passa e com ele a vida
E a vida um dia tem fim...

                Am7           D4/7/9 D7/9- Gm7 
Eu pra você fui mais um 
               Am7  D7/9       Bbm6/Db  C7  Bb6 
Você foi tu.......do     pra mim 
              A7            Dm7  Am7 
Fiz de você o meu céu 
               D7/9- Gm7                    Gb7/11+  F7M 
Minha razão,             meu tudo enfim 
                Am7       D4/7/9 D7/9-   Gm7 
As coisas belas da vi..........da 
              Am7         Gm7   Bb6 
De nada servem porque 
                   A7/9-      Dm7  G7/13- C7/9-  F6  C7/9+ F7M 
Porque não tenho queri.......da         vo.......cê 
                Am7           D4/7/9 D7/9- Gm7 
Eu pra você fui mais um 
               Am7  D7/9       Bbm6/Db  C7  Bb6 
Você foi tu.......do     pra mim 
              A7            Dm7  Am7 
Fiz de você o meu céu 
               D7/9- Gm7                    Gb7/11+  F7M 
Minha razão,             meu tudo enfim 
                Am7       D4/7/9 D7/9-   Gm7 
As coisas belas da vi..........da 
              Am7         Gm7   Bb6 
De nada servem porque 
                   A7/9-      Dm7  G7/13- C7/9-  F6   
Porque não tenho queri.......da         vo.......cê

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Samba triste

Samba triste (composto em 1956 - samba, 1960) - Billy Blanco e Baden Powell - Interpretação de Rosana Toledo

Disco 78 rpm / Título da música: Samba triste / Powell, Baden (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Toledo, Rosana (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1960 / Álbum 14590 / Lado A / Gênero musical: Samba.


Tom: C  

 F#°          F° 
Samba triste 
         Am  Am/G 
A gente faz assim 
F#°     F° 
Eu aqui 
       Em7/5-        A7/13- 
Você longe de mim, de mim 
 Dm7       G7 
Alguém se vai 
        C7M    E7  Am7 
Saudade vem e fica perto 
 F#° 
Saudade resto de amor 
   Dm6/F            E7/13- 
De amor que não deu certo 
 F#°          F° 
Samba triste 
          Am     Am/G 
Que antes eu não fiz 
F#°        F° 
Só porque 
        Em7/5-        A7/13- 
Eu sempre fui feliz, feliz 
 Dm7       G7 
Agora eu sei 
            C7M        E7  Am7 
Que toda a vez que o amor existe 
             A° G#°  Am       Am/G 
Há sempre um samba triste, meu bem 
           A° G#°  Am   Am/G 
Samba que vem de você, amor

sexta-feira, 12 de maio de 2006

Não vou pra Brasília

Billy Blanco
Não vou pra Brasília (samba, 1957) - Billy Blanco

Disco 78 rpm / Título da música: Não vou pra Brasília (trecho) / Billy Blanco (Compositor) / Os Cariocas (Intérprete) / Gravadora: Mocambo / Ano: 1957 / Álbum: 15.184-a / Lado A / Gênero musical: Samba.



Interpretação de Billy Blanco:


Tom: F 

(intro) F   F7    F7     F7  Gm7 
C7   F   Dm7   Gm7  C7  Am6  
D7  Gm7  E7  Am7  D7  C#7  
C7  F

            Gm7           C7
Eu não sou índio nem nada
            F        Dm7
Não tenho orelha furada
          Gm7
Nem uso argola
    C7         F Gm7 G#m7  Am7
Pendurada no nariz
    D7   Gm7          C7
Não uso tanga de pena
    Dm7            Dm7
E a minha pele é morena
           G7
Do sol da praia onde nasci
      C7
E me criei feliz
             Gm7          C7
Não vou, não vou pra Brasília
            F           Dm7
Nem eu nem minha família
           Gm7
Mesmo que seja
     C7              Am7   D7
Pra ficar cheio da grana
       Gm7        E7
A vida não se compara
        Am7        D7
Mesmo difícil, tão cara
           C#7
Quero ser pobre
      C7         F
Sem deixar Copacabana

Mocinho bonito

Isaura Garcia
Mocinho Bonito (samba, 1957) - Billy Blanco - Intérprete: Isaura Garcia

Disco 78 rpm / Título da música: Mocinho bonito / Blanco, Billy (Compositor) / Garcia, Isaura (Intérprete) / Paes, Luiz Arruda (Acompanhamento) / Coral (Acompanhamento) / Orquestra (Acompanhamento) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1956 / Nº Álbum 14129 / Gênero musical: Samba.


TOM: C
 
  C7M 
          Mocinho bonito 
              Dm7(9) 
Perfeito improviso 
              Em7(9) 
Do falso granfino 
             A7(b13) 
No corpo é atleta 
              Dm7(9) 
No crânio é menino 
            G7(13) 
E além do ABC 
               C7M  Ab7(13) Db7M 
Nada mais aprendeu 
    G7(13)   C7M 
Queimado de sol 
            Dm7(9) 
Cabelo assanhado 
             Em7(9) 
Com muito cuidado 
             A7(b13) 
Na pinta de conde 
                 Dm7(9) 
Se esconde um coitado 
             G7(13) 
Um pobre farsante 
                 Gm7  C7(9) 
Que a sorte esqueceu 
            F7M 
Contando vantagem 
             Gm7 
Que vive de renda 
            Am7 
E mora em palácio 
    Gm7       F7M 
Procura esquecer 
                Fm7 
O barraco do Estácio 
           Bb7(9) 
Lugar de origem 
             Eb7M(9) Ab7M Dm7(9) 
Que há pouco deixou 
  G7(13)   C7M           
Mocinho bonito 

               Dm7(9) 
Que é falso malandro 
         Em7(9) 
De Copacabana 
               A7(b13) 
O mais que consegue 
               Dm7(9) 
É vintão por semana 
               G7(13) 
Que a mana do peito 
              C(6/9) 
Jamais lhe negou

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Tereza da praia

Billy Blanco
Uma suposta rivalidade entre Dick Farney e Lúcio Alves - os modernos e galantes cantores da época - deu à Continental, gravadora de ambos, uma oportunidade extra de faturamento. A idéia era promover "a pacificação" dos dois, através de uma canção dialogada em que eles disputavam a mesma garota. Como dispunha também no elenco do então jovem compositor/arranjador Antônio Carlos Jobim e do letrista Billy Blanco (que haviam acabado de fazer a "Sinfonia do Rio de Janeiro"), encarregou-os de criar esta canção. Daí nasceu o samba pré-bossa nova "Tereza da Praia", uma conversa musical entre os próprios Dick e Lúcio, o que emprestou à encenação maior autenticidade.

Esta singular realização foi valorizada pelo charme e a categoria dos cantores - que passaram a impressão de compartilhar realmente do amor da volúvel Tereza -, completada por Tom e seu conjunto, o que beneficiou de fato a carreira dos quatro participantes do projeto.

Traduzindo o ambiente carioca dos anos cinquenta, o disco tornou-se um sucesso total, jamais sendo igualado por outras gravações da mesma canção. Sobre a coincidência de ser a então mulher de Tom Jobim homônima da personagem, esclarece Billy Blanco, em seu livro Tirando de Letra: "Lamento desapontar críticos, jornalistas e boateiros: Tereza da praia é figura absolutamente fictícia".

Tereza da praia (samba, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Intérpretes: Dick Farney e Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Tereza da praia / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Farney, Dick, 1921-1987 (Intérprete) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Conjunto (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16994 / Gênero musical: Samba canção.


Tom: C#m7

C#m7       F#7                D#m7
Lúcio Arranjei novo amor no Leblon
      G#7    C#m7     Em7    D7M 
Que corpo bonito, que pele morena
     G#7(b13)    C#m7 F#7       A7(9) F#7
Que amor de pequena, amar é tão bom!
  C#m7       F#7               D#m7 
O Dick! Ela tem um nariz levantado,
    G#7      C#m7      Em7     D7M
Os olhos verdinhos bastante puxados
    G#7(b13) C#m7      F#7      F#m7 B7(9)
Cabelo castanho e uma pinta do lado
     Em7   D7M         D7M D6 
É a minha Tereza da praia
     C#m7     F#7    B7M  B6
Se é tua é minha também
    Em7        A7      D7M D6
O verão passou todo comigo
     C#m7               F#7 G#7(b13)
O inverno pergunta com quem
       C#m7       F#7            D#m7 
Então vamos a Tereza na praia deixar
      G#7      C#m7     Em7    D7M     G#7(b13) 
Aos beijos do sol e abraços do mar Tereza
       C#m7     F#7     D#m7
É da praia, não é de ninguém
     G#7     C#m7          F#7     D#m7 D#m7
Não pode ser tua ... Nem minha também
G#7(b13)       C#7(9) C#m7
Tereza é da praia
E7M Eb7M  D7M C7M    B7M
Não é     de  nin...guém.


A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34

Teresa da praia

Billy Blanco
Uma suposta rivalidade entre Dick Farney e Lúcio Alves - os modernos e galantes cantores da época - deu à Continental, gravadora de ambos, uma oportunidade extra de faturamento. A idéia era promover "a pacificação" dos dois, através de uma canção dialogada em que eles disputavam a mesma garota. Como dispunha também no elenco do então jovem compositor/arranjador Antônio Carlos Jobim e do letrista Billy Blanco (que haviam acabado de fazer a "Sinfonia do Rio de Janeiro"), encarregou-os de criar esta canção. Daí nasceu o samba pré-bossa nova "Tereza da Praia", uma conversa musical entre os próprios Dick e Lúcio, o que emprestou à encenação maior autenticidade.

Esta singular realização foi valorizada pelo charme e a categoria dos cantores - que passaram a impressão de compartilhar realmente do amor da volúvel Tereza -, completada por Tom e seu conjunto, o que beneficiou de fato a carreira dos quatro participantes do projeto.

Traduzindo o ambiente carioca dos anos cinquenta, o disco tornou-se um sucesso total, jamais sendo igualado por outras gravações da mesma canção. Sobre a coincidência de ser a então mulher de Tom Jobim homônima da personagem, esclarece Billy Blanco, em seu livro Tirando de Letra: "Lamento desapontar críticos, jornalistas e boateiros: Tereza da praia é figura absolutamente fictícia".

Tereza da praia (samba, 1954) - Billy Blanco e Tom Jobim - Intérpretes: Dick Farney e Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Tereza da praia / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Farney, Dick, 1921-1987 (Intérprete) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Conjunto (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16994 / Gênero musical: Samba canção.


Tom: C#m7

C#m7       F#7                D#m7
Lúcio Arranjei novo amor no Leblon
      G#7    C#m7     Em7    D7M 
Que corpo bonito, que pele morena
     G#7(b13)    C#m7 F#7       A7(9) F#7
Que amor de pequena, amar é tão bom!
  C#m7       F#7               D#m7 
O Dick! Ela tem um nariz levantado,
    G#7      C#m7      Em7     D7M
Os olhos verdinhos bastante puxados
    G#7(b13) C#m7      F#7      F#m7 B7(9)
Cabelo castanho e uma pinta do lado
     Em7   D7M         D7M D6 
É a minha Tereza da praia
     C#m7     F#7    B7M  B6
Se é tua é minha também
    Em7        A7      D7M D6
O verão passou todo comigo
     C#m7               F#7 G#7(b13)
O inverno pergunta com quem
       C#m7       F#7            D#m7 
Então vamos a Tereza na praia deixar
      G#7      C#m7     Em7    D7M     G#7(b13) 
Aos beijos do sol e abraços do mar Tereza
       C#m7     F#7     D#m7
É da praia, não é de ninguém
     G#7     C#m7          F#7     D#m7 D#m7
Não pode ser tua ... Nem minha também
G#7(b13)       C#7(9) C#m7
Tereza é da praia
E7M Eb7M  D7M C7M    B7M
Não é     de  nin...guém.


A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34