Patrício Teixeira |
Igual a tantas outras, esta é apenas mais uma história de venda de samba, que ficou no disse-me-disse, sem comprovação. A verdade, porém, é que "Não Tenho Lágrimas" (também chamado de "Quero Chorar") permaneceu e tornou-se um clássico. Gravado despretensiosamente no original pelo cantor e professor de violão Patrício Teixeira, possui extensa discografia que inclui intérpretes internacionais como Xavier Cugat e Nat "King" Cole. Nat o gravou em 1959 no elepê A Mis Amigos, com o título de "Come to Mardi Gras", graças à beleza de sua melodia.
Teoricamente, os últimos quatro compassos do estribilho ("Só porque não sei chorar / eu vivo triste a sofrer" ) parecem um rabicho colado ao tema principal. Na prática, a despeito de aumentarem para vinte os tradicionais 16 compassos, esses últimos quatro compassos são um fecho "tipo breque" de tal originalidade que dispensariam até a segunda parte, menos criativa.
Não tenho lágrimas (samba, 1937) - Max Bulhões e Mílton de Oliveira - Intérprete: Patrício Teixeira
Disco 78 rpm / Título da música: Não tenho lágrimas / Max Bulhões, 1903-1977 (Compositor) / Milton de Oliveira, 1919-1986 (Compositor) / Patrício Teixeira (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 13/05/1937 / Lançamento: 08/1937 / Nº do Álbum: 34193 / Nº da Matriz: 80403-1 / Gênero musical: Samba
G D7 G Quero chorar...não tenho lágrimas/ Que me rolem na face D7 B7 Em Pra me proteger / Se eu chorasse / Talvez desabafasse A7 D A7 D7 O que sinto no peito / Eu não posso dizer G Só porque não sei chorar / Eu vivo triste a sofrer D7 G Estou certo que o riso não tem nenhum valor B7 Em A lágrima sentida é o retrato de uma dor C D7 G O destino assim quis / De mim te separar E7 A7 D7 G Quero chorar não posso / Vivo a implorar
Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Um clássico de nossa música, cantado pelo grande Nat King Cole.
ResponderExcluirLembrei dessa riquíssima letra nesses tempos de Pandemia.