sábado, 27 de outubro de 2007

Monarco

Monarco (Hildemar Diniz), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 17/8/1933. Criado no subúrbio de Osvaldo Cruz, onde o pai trabalhava como marceneiro, estudou apenas até o terceiro ano primário. Quando criança conheceu Paulo da Portela e, desde cedo, freqüentou rodas de sambistas, compondo aos 11 anos seus primeiros sambas para os blocos do subúrbio.

Sua primeira música gravada foi Vida de rainha (com Alvaiade), por Risadinha. A segunda música foi O lenço (com Chico Santana), na gravadora Sinter. Integrante da ala dos compositores do G.R.E.S. da Portela desde 1950, tem composições gravadas por Paulinho da Viola (O lenço e Passado de glória), Clara Nunes (Vai amor, com Walter Rosa), Martinho da Vila (Tudo menos amor, com Walter Rosa), Roberto Ribeiro (Proposta amorosa) e Beth Carvalho (Fim de sofrimento), entre outros.

Toca cavaquinho e instrumentos de percussão. Como integrante da Velha Guarda da Portela, apresentou-se em shows no Teatro Opinião, do Rio de Janeiro, e no teatro da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo SP.

Mesmo sendo o mais jovem integrante da Velha Guarda da Portela, depois da morte de Manacéia foi escolhido para ser o chefe do grupo. Desempenha as funções de diretor de harmonia da escola de samba da Portela. Após a morte de seus parceiros da Velha Guarda (Alcides, Chico Santana, Manacéia), seus parceiros mais constantes são Ratinho (Alcino Correia) e seu filho, Mauro Diniz.

Gravou seu primeiro LP como cantor em 1974, na Continental. O segundo LP, em 1980, foi gravado na Eldorado: Monarco com participação da Velha Guarda da Portela, reeditado em CD pela mesma gravadora. Em 1991 seu primeiro CD — Monarco, a voz do samba, produzido por Henrique Cazes — foi lançado no Japão.

Em 1994-1995 foi lançado no Brasil, pela Kuarup, o CD A voz do samba, no qual saudava portelenses históricos, destacando- se o samba-enredo que compôs para a escola Unidos do Jacarezinho, em homenagem a Geraldo Pereira. Esse disco lhe rendeu um prêmio Sharp de melhor cantor na categoria samba. No mesmo ano, apresentou-se em São Paulo, no bar Vou Vivendo.

Outras composições de destaque são Amor de malandro (com Alcides Lopes), Coração em desalinho (com Zeca Pagodinho), Falsa alegria (com Ratinho), 1995, Vou procurar esquecer (com Ratinho), 1996, Presença incerta (com Ratinho), 1997.

Obras: Falsa alegria (c/Ratinho), 1995; O lenço (c/Chico Santana), 1970; Passado de glória, samba, 1970; Presença incerta (c/Ratinho), 1997; Tudo menos amor (c/Walter Rosa), 1974; Vai amor (c/Walter Rosa), 1975; Vou procurar esquecer (c/Ratinho), 1996.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha.

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