segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Serrinha


Serrinha (Antenor Serra), cantor e compositor, nasceu em Botucatu SP no dia 26 de Junho de 1917, e faleceu em 19 de Agosto de 1978. Aprendeu a tocar viola com Lopinho, famoso violeiro da região. Aos 15 anos já fazia serenatas e animava as festas de seu bairro. Em 1935 foi trabalhar na antiga estrada de ferro sorocabana.


Transferiu-se para São Paulo SP a pedido de seu tio, que também trabalhava na estrada de ferro, mas que se apresentava em rádios e shows. Aí se hospedou em uma das pensões no bairro de Santa Cecília, tendo como companheiro de quarto Marino Rabelo, o Caboclinho com quem formaria dupla. Tempos depois começou cantando emboladas na Rádio Cosmos, fazendo a segunda voz para Raul Torres.

No final dos anos de 1930, antes de formar definitivamente a dupla gravou ao lado de Caboclinho uma primeira música, Cavalo Zaino. Em 1937 lançou pela Odeon em parceria de Nhá Zefa as músicas A coisa mió do mundo e Coração dos meus penares ambas de sua autoria. No mesmo ano em dupla com Raul Torres gravou na Victor a moda de viola Cigana e em seguida Boiada cuiabana que se transformou em grande sucesso da dupla Tonico e Tinoco.

Ainda em 1937 formou um trio com Raul Torres e Caboclinho exclusivamente para fazer a primeira gravação de Saudades de Matão (Francana). Em 1938 a dupla foi contratada pela Rádio Record de São Paulo, lançando em disco no ano seguinte, as toadas Do lado que o vento vai e Meu cavalo zaino.

Em seguida formou o conjunto sertanejo Torres, Serrinha e Rieli, que atuou por cinco anos na Rádio Record e lançou inúmeras canções, entre as quais Chora morena, chora, Caboclo magoado, Caipira namorador, Zé turuna e Mula baia, todas pela RCA Victor. Na mesma época, na Odeon, gravou com Raul Torres Mourão de porteira, Campo Grande, Sexta – feira 13 e O rei mandou me chamar, entre outras.

Em 1943 fizeram na Continental as últimas gravações como dupla: A Copa do mundo, Meus padecimentos, Moda do viaduto e Quero vê . . . quero oiá todas de sua autoria. Nesse mesmo ano rompeu parceria com Raul Torres e formou dupla com Marino Rabelo, a dupla Serrinha e Caboclinho. A dupla se consagrou logo de início, obtendo o primeiro lugar no programa A hora da peneira na rádio Excelsior. Com o prêmio gravou um disco na RCA – Victor do Rio de Janeiro.

Depois a dupla passou a se apresentar acompanhada do acordeonista Riellinho, ganhando o apelido de “O trio mais querido do Brasil”. Entre 1944 e 1961 , a dupla apresentou um programa na Rádio Tupi. Um dos maiores sucessos da dupla foi Bom Jesus de Pirapora.

Em 1954 Serrinha e Caboclinho gravaram na Continental o tango brejeiro Abandonado. Ainda neste ano, com a morte prematura de Caboclinho, Serrinha e Riellinho passaram a se apresentar com o Zé do Rancho, até Serrinha se aposentar em 1968.


Fonte: Revivendo Músicas - Biografias.

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