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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Amor

Antenógenes Silva
Amor (tango, 1962) - Antenógenes Silva e Ernâni Campos - Intérpretes: Rinaldo Calheiros e Silvana

Disco 78 rpm / Título da música: Amor / Silva, Antenógenes (Compositor) / Campos, Ernâni (Compositor) / Calheiros, Rinaldo (Intérprete) / Silvana (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Copacabana, 1961-1962 / Nº Álbum 6364 / Gênero musical: Tango.



Amor
Tratamento de bem querer
Feliz
De quem consegue amar alguém
Ama
Que o amor é um hino

Vive
Que amar é viver
E não esquece
Que o coração também fenece
Pois não vicejado da flor
Sem o orvalho do amor...

Sofri
Mas mesmo assim eu fui feliz
Chorei
E bendisse a minha dor
Hoje
Que não sinto e nem choro
Sofro
Por viver sem amor

E na saudade
É que encontro o lenitivo
De não chorar aquela dor
De não sofrer por amor

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Saudades de Iguape

Saudades de Iguape (valsa, 1913) - Música: João Batista do Nascimento - Letra: Waldemiro Fortes - Interpretação: Grupo dos Irmãos Batista

Disco selo: Odeon Record / Título da música: Saudades de Iguape / João Batista do Nascimento (Compositor) / Grupo dos Irmãos Batista / Nº do Álbum: 120513 / Gravação: 31/Dezembro/1912 / Lançamento: 1913 / Gênero musical: Valsa-choro / Coleção de Origem: IMS, Nirez



Interpretação de Antenógenes Silva em 1938:

Disco 78 rpm / Título da música: Saudades de Iguape / João Batista do Nascimento (Compositor) / Antenógenes Silva [Acordeon] (Intérprete) / Orquestra Copacabana / Gravadora: Odeon / Nº do Álbum: 11633-a / Nº da Matriz: 5880-1 / Gravação: 7/Julho/1938 / Lançamento: Agosto/1938 / Gênero musical: Valsa / Coleção de Origem: IMS, Nirez



Adeus, Iguape, / Adeus, terra querida,
És por todos chamada / A princesa dourada
Do Litoral Sul do Estado,
A mais bela e gentil,
A própria natureza te ornou / De graças mil.


Teu solo privilegiado pela natureza
Guarda em teu seio a maior riqueza
Bem-aventurado solo sem igual
Em todo o litoral, / És bela, tens os teus encantos
Cheios de alegria, / Reina em ti a doce paz,
Reina a alegria, / Ó Iguape amado, solo abençoado.

Adeus, Iguape, / Vou partir,
Adeus, adeus, / Profundos soluços e saudades
Levo de ti, terra amada, / Meu coração soluça e chora
Ao te deixar, / As saudades que levo de ti
Para sempre na campa há de findar.

Adeus, Iguape, / Adeus, terra querida,
És também conhecida / Terra do Bom Jesus,
Berço de vida e luz raiante, / Espalhando fulgores,
O teu porvir brilhante / Há de brotar igual às flores.



terça-feira, 4 de abril de 2006

Antenógenes Silva


Antenógenes Silva (Antenógenes Honório da Silva), instrumentista e compositor nasceu em Uberaba MG, em 30/10/1906. Filho de serralheiro e respeitado sanfoneiro de oito baixos, fez os primeiros estudos em sua cidade natal, chegando apenas ao segundo ano do grupo escolar. Aprendeu a tocar os oito baixos e aos 14 anos compôs a primeira música, com o nome da namorada.


Em 1927 mudou-se para Ribeirão Preto SP, e iniciou carreira artística; em 1928 estava em São Paulo SP, onde começou a tocar no Bar Excelsior e na Rádio Educadora Paulista. Em 1929 gravou dois discos na Victor paulistana, com o choro Gostei de tua caída e a valsa Norma, ambas de sua autoria.

Em 1933 mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, assinando contrato com a Victor. Tornou-se nacionalmente conhecido e fez tournée em Buenos Aires, Argentina.

Em 1934 passou a gravar na Odeon. Como acordeonista, acompanhou vários artistas, nacionais e internacionais, e foi o primeiro a tocar música lírica no Teatro Municipal. Aprendeu harmonia, solfejo e orquestração, e teve aulas com Guerra Peixe. Prosseguiu os estudos interrompidos na infância e, em 1949, formou-se em química industrial.

Em 1957, na Alemanha, no festival de gaitas Honner, ganhou o primeiro prêmio tocando sanfona de oito baixos, sendo reconhecido como um dos melhores do mundo.

Entre seus maiores sucessos estão as valsas Saudades de Matão (Jorge Galati e Raul Torres, com seu arranjo), em 1938, e Ave Maria (Erothides de Campos), com voz de Augusto Calheiros, em 1939. E, entre suas composições, destacam-se Pisando corações (com Ernani Campos), gravada com Augusto Calheiros, em 1936; as valsas Uma grande dor não se esquece (com Ernani Campos) e Santa Teresinha, gravada com Gilberto Alves, em 1943; Mês de Maria, em 1947, gravada com Alcides Gerardi; e muitas outras.

Conhecido como O Mago do Acordeom, gravou, de 1929 a 1963, cerca de 162 discos em 78 rpm, com 324 músicas, e vários LPs. Manteve por muitos anos, no Rio de Janeiro, uma escola de acordeom para profissionais, com cursos de teoria, solfejo e harmonia.

Obras

Adeus mãezinha (com José Duduca de Morais), valsa, 1944; Bebê chorão (com Irani de Oliveira), marcha, 1941; O Carnaval é rei, s.d.; Uma grande dor não se esquece (com Ernâni Campos), valsa, 1940; Mês de Maria, valsa, 1947; Pisando corações (com Ernâni Campos), valsa, 1936; Santa Teresinha, valsa, 1944; Saudades de Matão (com Jorge Gallati e Raul Torres), valsa, 1937.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 1998, SP.

terça-feira, 21 de março de 2006

Saudades de Matão

Raul Torres
Até 1920, quando Saudades de Matão já se tornara bem conhecida, pouco se sabia sobre sua autoria, sendo por alguns considerada tema popular. Então, através da revista A Lua, de São Paulo, Jorge Galati foi identificado como autor da composição (na foto: Raul Torres que fez a letra da valsa).

Nascido na província de Catanzaro (Itália) cm 1885, ele chegou ao Brasil cinco anos depois, quando a família transferiu-se da Europa para São Carlos do Pinhal (SP). Daí em diante, até sua morte em 1969, viveria em diversas cidades paulistas sempre levado por suas atividades musicais.

Assim, após estudar música em São José do Rio Pardo, já exercia com apenas 19 anos a função de mestre da Banda Ítalo-Brasileira de Araraquara. Foi aí, em 1904, que compôs a celebre valsa, originalmente intitulada Francana e que depois, à sua revelia, passou a chamar-se Saudades de Matão. A troca do título aconteceu por volta de 1912, sendo responsável pela mudança Pedro Perches de Aguiar, na época músico em Taquaritinga.

Em 1949, quando Saudades de Matão transformada em sucesso nacional já rendia bons dividendos artísticos e pecuniários, o mesmo Perches resolveu reivindicar sua autoria, estabelecendo-se grande polêmica na imprensa e no rádio.

O assunto mereceu de Almirante rigorosa pesquisa, havendo em seu arquivo variada documentação a favor de Jorge Galati. Há, por exemplo, uma declaração, registrada em cartório, do Sr. Pio Corrêa de Almeida Morais, prefeito de Araraquara em 1904, que afirma ter ouvido muitas vezes naquele ano Galati interpretar a valsa Francana.

Mas, segundo Galati, apareceram ainda no decorrer do tempo outros pretendentes à autoria da valsa, como Antonio Carreri, José Carlos Piedade, Protásio Tomás de Carvalho, José Stabile e Antenógenes Silva, sendo que este último registrou um arranjo sobre o tema popularizada como peça instrumental, Saudades de Matão recebeu letra de Raul Torres em 1938.

Saudades de Matão (valsa, 1904) - Jorge Galati, Antenógenes Silva e Raul Torres - Interpretação: Carlos Galhardo

Disco 78 rpm / Título da música: Saudade de Matão / Jorge Galati (Compositor) / Raul Torres (Compositor) / Carlos Galhardo (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Victor / Nº do Álbum: 34732-a / Nº da Matriz: 52127 / Gravação: 14/Fevereiro/1941 / Lançamento: Abril/1941 / Gênero musical: Valsa



-------------G--------------- D7--------------------------G
Neste mundo eu choro a dor / Por uma paixão sem fim
--------------------------D7------------------------------- G
Ninguém conhece a razão / Porque eu choro tanto assim
-------------------------D7-------------------- G
Quando lá no céu surgir / Uma peregrina flor
G7-------------------- C--------------------- D7---------------------- G
Pois todos devem saber / Que a sorte me tirou foi uma grande dor
---------D7--------- G---------- D7----------------------- G
Lá no céu junto a Deus / Em silêncio minh’alma descansa
--------D7------------- G
E na terra, todos cantam
---------C----------------- D7---------------------G ----- G7
Eu lamento minha desventura nesta grande dor
C---- G7------- C------------------------ G7
Ninguém me diz / Que sofreu tanto assim
------------------------------------------C------------------ C7
Esta dor que me consome / Não posso viver / Quero morrer
---------------------------------F
Vou partir prá bem longe daqui
------------------------C----- G7------- C
Já que a sorte não quis / Me fazer feliz.



Fonte: A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34

quarta-feira, 15 de março de 2006

Antenógenes Silva


Antenógenes Silva (Antenógenes Honório da Silva), instrumentista e compositor nasceu em Uberaba MG, em 30/10/1906. Filho de serralheiro e respeitado sanfoneiro de oito baixos, fez os primeiros estudos em sua cidade natal, chegando apenas ao segundo ano do grupo escolar. Aprendeu a tocar os oito baixos e aos 14 anos compôs a primeira música, com o nome da namorada.


Em 1927 mudou-se para Ribeirão Preto SP, e iniciou carreira artística; em 1928 estava em São Paulo SP, onde começou a tocar no Bar Excelsior e na Rádio Educadora Paulista. Em 1929 gravou dois discos na Victor paulistana, com o choro Gostei de tua caída e a valsa Norma, ambas de sua autoria.

Em 1933 mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, assinando contrato com a Victor. Tornou-se nacionalmente conhecido e fez tournée em Buenos Aires, Argentina.

Em 1934 passou a gravar na Odeon. Como acordeonista, acompanhou vários artistas, nacionais e internacionais, e foi o primeiro a tocar música lírica no Teatro Municipal. Aprendeu harmonia, solfejo e orquestração, e teve aulas com Guerra Peixe. Prosseguiu os estudos interrompidos na infância e, em 1949, formou-se em química industrial.

Em 1957, na Alemanha, no festival de gaitas Honner, ganhou o primeiro prêmio tocando sanfona de oito baixos, sendo reconhecido como um dos melhores do mundo.

Entre seus maiores sucessos estão as valsas Saudades de Matão (Jorge Galati e Raul Torres, com seu arranjo), em 1938, e Ave Maria (Erothides de Campos), com voz de Augusto Calheiros, em 1939. E, entre suas composições, destacam-se Pisando corações (com Ernani Campos), gravada com Augusto Calheiros, em 1936; as valsas Uma grande dor não se esquece (com Ernani Campos) e Santa Teresinha, gravada com Gilberto Alves, em 1943; Mês de Maria, em 1947, gravada com Alcides Gerardi; e muitas outras.

Conhecido como O Mago do Acordeom, gravou, de 1929 a 1963, cerca de 162 discos em 78 rpm, com 324 músicas, e vários LPs. Manteve por muitos anos, no Rio de Janeiro, uma escola de acordeom para profissionais, com cursos de teoria, solfejo e harmonia.

Obras

Adeus mãezinha (com José Duduca de Morais), valsa, 1944; Bebê chorão (com Irani de Oliveira), marcha, 1941; O Carnaval é rei, s.d.; Uma grande dor não se esquece (com Ernâni Campos), valsa, 1940; Mês de Maria, valsa, 1947; Pisando corações (com Ernâni Campos), valsa, 1936; Santa Teresinha, valsa, 1944; Saudades de Matão (com Jorge Gallati e Raul Torres), valsa, 1937.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 1998, SP.