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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Meia-volta (Ana Cristina)


Meia-Volta (Ana Cristina) (1969) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Intérprete: Claudette Soares

LP Claudette / Título da música: Meia-Volta (Ana Cristina) / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Claudette Soares (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1969 / Nº Álbum: R 765.077 L / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Canção / MPB.



Pelo olhar de Ana Cristina
já passaram tantas dores
que seus olhos de menina
já nem sonham mais
Mas seu jeito de tristinha
pode logo se acabar
se souber dar meia-volta
pra tristeza terminar

Vira, volta, vira a vida,
pelas voltas da alegria
E quem sabe Ana Cristina
pode então cantar

la la la la la la

Só quem der a meia-volta,
volta e meia vai canta

la la la la la la...

Mas seu jeito de tristinha
pode logo se acabar
se souber dar meia-volta
pra tristeza terminar

Vira, volta, vira a vida,
pelas voltas da alegria
E quem sabe Ana Cristina
pode então cantar

la la la la la la

Só quem der a meia-volta,
volta e meia vai canta

la la la la la la...

Juliana


Juliana (1969) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Interpretação: Antônio Adolfo e A Brazuca

LP IV Festival Internacional Da Canção / Título da música: Juliana / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Antônio Adolfo (Intérprete) / A Brazuca (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1969 / Nº Álbum: MOFB 3599 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: MPB / Festivais.



Num fim de tarde, meio de dezembro
Ainda me lembro e posso até contar
O sol caia dentro do horizonte
Juliana viu o amor chegar

A lua nova perto da ribeira
Trançava esteiras sobre os araças
Entrando em relva seu corpo moreno
Juliana viu o amor chegar

Botão de rosa perfumosa e linda
tão menina ainda a desabrochar
Pelos canteiros do amor primeiro
foi chegada a hora do seu despertar

E a poesia então fez moradia
na roseira vida que se abria em par
Entre suspiros junto à ribeira
Juliana viu o amor chegar

E Juliana então se fez mulher
E Juliana viu o amor chegar

Botão de rosa perfumosa e linda
tão menina ainda a desabrochar
Pelos canteiros do amor primeiro
foi chegada a hora do seu despertar

E a poesia então fez moradia
na roseira vida que se abria em par
Entre suspiros junto à ribeira
Juliana viu o amor chegar

E Juliana então se fez mulher
E Juliana viu o amor chegar
E Juliana então se fez mulher
E Juliana viu o amor chegar

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

BR-3

Toni Tornado

LP V Festival Internacional Da Canção - Vol. 1 / Título da música: BR-3 / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Toni Tornado (Intérprete) / Trio Ternura (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano:1970 / Nº Álbum: MOFB 3657 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Canção / Festivais.


Tom: F

Intro.: F7M   Eb7M   Ab7M   Em  F  Gm  F7M   Eb7M   Ab7M

 Em7  F      Gm    F/A                  F               Eb7M
A|-    gen - te      corre, e agente corre na Br3,  na Br3
                   F7M                                Eb7M
E a gente morre, e a gente morre na Br3, na Br3
                 Ab7M               Ab6      Em7  F#m7   Gm7
Há um foguete rasgando o céu, cruzan - do o espaço
                             
E um Jesus Cristo feito        
F7M      Gm7   Am            Bb7M   F7M    Gm7   Gm
em    Aço, crucificado outra        ve_e__ez

 Em7  F      Gm    F/A                  F               Eb7M
A|-    gen - te      corre, e a gente corre na Br3,  na Br3
                   F7M                                Eb7M
E a gente morre, e a gente morre na Br3, na Br3
                 Ab7M               Ab6      Em7  F#m7   Gm7
Há um     Sonho, Viagem multi___co___lori___da
                         F  
Às vezes ponto de par -   
 Gm7   Am                Bb7M   F7M    Gm7   Gm
tida, às vezes porto de um      talve__e_ez

 Em7  F      Gm    F/A                  F               Eb7M
A|-    gen - te      corre, e agente corre na Br3,  na Br3
                   F7M                                Eb7M
E a gente morre, e a gente morre na Br3, na Br3
           Ab7M               Ab6      Em7  F#m7    Gm7
Há um crime no longo asfalto des -   sa es - trada
                      F7M  Gm7   Am  
E uma notícia fa –   bri -   cada 
                    Bb7M   F7M         Gm7   Gm
pro novo Herói de    ca - da       mê_ê__ês

Final:

Enquanto Trio Ternura canta:

Eb7M                      E7M     
Na Br3, na Br Trê__ê______ês         
 F7M     Eb7M                    F7M
Na Br3, na Br Trê________ês

Tony Tornado canta:

Por isso eu corro, por isso eu corro, corro ...
e giro do centro e vou por dentro;
E o Mundo inteiro se move... 
por isso eu corro, corro...

domingo, 21 de outubro de 2007

Tibério Gaspar


Tibério Gaspar Rodrigues Pereira, compositor, produtor musical e violonista, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 11/9/1943 e faleceu na mesma cidade em 15/2/2017. Ingressou na Faculdade de Engenharia, mas abandonou o curso para dedicar-se à música.


Iniciou sua carreira profissional em 1967, trabalhando em parceria com Antônio Adolfo. As primeiras composições da dupla foram Caminhada, finalista do II Festival Internacional da Canção (FIC), Tema triste e Rosa branca. Ainda nesse ano, teve registrado pela primeira vez seu trabalho de compositor, com a gravação da canção Caminhada, por Agostinho dos Santos.

Em 1968, sua canção Sá Marina (com Antonio Adolfo) foi gravada, com enorme sucesso, por Wilson Simonal. Também nesse ano, trabalhou na produção e direção musical do evento Música Nossa (Teatro Santa Rosa, RJ), ao lado de Roberto Menescal, Mário Telles, Ugo Marotta e Paulo Sérgio Valle. No ano seguinte, participou do IV Festival Internacional da Canção com Juliana (com Antonio Adolfo), defendida pelo conjunto A Brasuca e classificada em 2º lugar no evento.

Em 1970, representou o Brasil na Olimpíada da Canção de Atenas (Grécia), com Teletema (com Antonio Adolfo), defendida por Evinha e classificada em 2º lugar. Nesse mesmo ano, venceu o V Festival Internacional da Canção com BR-3 (com Antonio Adolfo), defendida por Toni Tornado e Trio Ternura.

Participou, como compositor, de trilhas sonoras para o cinema, com destaque para os filmes O matador profissional, Balada dos infiéis, Ascenção e queda de um paquera, Memórias de um gigolô, O enterro da cafetina, Romualdo e Juliana e Beth Balanço. Ainda como compositor, teve músicas incluídas em trilhas sonoras de novelas da TV Globo, como O cafona, Véu de noiva, Assim na terra como no céu, Verão vermelho e Irmãos Coragem.

Classificou canções em vários festivais, como II Canta Rio-Sul, Festival de Alegre, Festival de São Silvério, Festival de São Simão, Festival de Pinheiros, Festival de Boa Esperança, XV Festival Antense da Canção, Festival de Ilha Solteira, Festival de Piraí, Festival de Juiz de Fora, Festival de Diamantina, Festival de Itumbiara e Festival de Montanha, além dos já citados.

Participou da produção de discos de artistas como Antonio Adolfo & A Brazuca, Ruy Maurity, Toni Tornado, Cristina Conrado e Eudes, entre outros, além de ter assinado, para a Prefeitura de Sapucaia, a produção do CD do XV Festival Antense da Canção.

Trabalhou também na área publicitária, tendo ocupado, em 1977 e 1978, o cargo de diretor geral da Aquarius Produções, responsável pela produção de inúmeras peças publicitárias para todo o Brasil. Compôs jingles para clientes como Leite Gogó, Sérgio Dourado, Caixa Econômica Federal, Adidas, Caderneta de Poupança Letra, Caderneta de Poupança Delfim, Carrocerias Randon, Sudantex, Lanjal e Coca-Cola, entre outros.

Criou e produziu, em 1986, o jingle institucional de fim de ano da Rede Manchete de Televisão. Como produtor de televisão, atuou, com Lúcio Alves, no III Festival Universitário (TV Tupi) e no programa Som Livre Exportação (TV Globo), no qual participou também como apresentador, ao lado de Elis Regina, Rita Lee, Susana de Moraes e Ivan Lins.

Trabalhou na produção e direção de shows de artistas como Ruy Maurity e Belchior (Teatro Carioca), Antonio Adolfo & A Brazuca (Teatro Casa Grande), Johnny Alf (Teatro de Bolso), Tony Tornado (Teatro Copacabana Palace), Maria Alcina (Teatro Copacabana Palace), Nonato Buzar (Hotel Intercontinental), Leonardo Ribeiro (Vinicius Piano Bar), Cristina Conrado (People e Mistura Fina), além de ter dirigido a cantora Elza Soares no show Passaporte (Teatro Rival).

Como intérprete de suas canções, lançou, em 2002, o CD Tibério canta Gaspar. Em 2005, representou o Brasil no Festival Internacional de Viña del Mar com sua canção Matilde (com Guto Araújo), interpretada pela cantora Cristina Conrado.

No ano de 2015 lançou o CD "Caminhada", no qual interpretou de sua autoria as faixas A voz da América(c/ Nonato Buzar), Caminhada (c/ Antônio Adolfo), Companheiro (c/ Naire Siqueira), Coração maluco, Dança mineira (c/ Aécio Flávio), Dono do mundo (c/ Antônio Adolfo), Luz na escuridão, O melhor amigo, Será que eu pus um grilo na sua cabeça? (c/ Guilherme Lamounier), Sideral (c/ Durval Ferreira e Valdir Granthon), Vê ser vê (c/ Rubão Sabino) e Vitória do bem, somente de sua autoria.


Fonte: Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.

Antônio Adolfo


Antônio Adolfo Maurity Sabóia, compositor, instrumentista e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 10/2/1947. Aos sete anos começou a estudar violino e teoria musical no Conservatório de Música Lorenzo Fernandez. Entre os 11 e os 14 anos estudou em colégio interno, retomando, após esse período, o aprendizado musical com Ayrton Vallim.


Quando estudava no Colégio São Fernando, integrou como pianista, um conjunto que se apresentava em festinhas; nessa época passou a dedicar-se inteiramente ao piano e, em 1963, integrando o conjunto Samba Cinco, começou a freqüentar o Beco das Garrafas e a participar de sessões de jazz e bossa nova.

Em janeiro de 1964, convidado por Carlos Lyra para fazer parte do elenco musical da peça Pobre menina rica (Vinícius de Moraes e Carlos Lyra), para a encenação do Teatro de Bolso, formou o Trio 3-D, que se manteve até 1968, chegando a gravar quatro LPs. É desse ano sua primeira composição, o Tema 3-D.

Em 1967 conheceu Tibério Gaspar, seu parceiro mais constante. As primeiras composições da dupla foram Caminhada (finalista do II FIC, da TV Globo, Rio de Janeiro, em 1967), Tema triste e Rosa branca. Em 1968 obtiveram sucesso com Sá Marina, interpretada por Wilson Simonal. No mesmo ano, no III FIC, concorreu com Visão, também em parceria com Tibério Gaspar.

Em 1969 foi à Europa, como pianista da cantora Elis Regina, e, de volta ao Brasil, no mesmo ano fez ainda músicas para novelas da TV Globo e participou do IV FIC (1969) com a música Juliana (com Tibério Gaspar), que obteve o segundo lugar, música interpretada pelo conjunto A Brazuca, organizado por ele, com o qual, além de muitas apresentações na televisão, excursionou ao Peru e gravou dois LPs na Odeon.

Em 1970, inscreveu Teletema (com Tibério Gaspar) no festival de Atenas, Grécia, que, interpretada por Evinha, obteve a segunda colocação. Ainda em 1970 venceram a fase nacional do V FIC com BR-3, cantada por Toni Tornado.

Quando A Brazuca se desfez em 1971, foi para os EUA, contratado pela Jerry Shayne Music lnc. Em março de 1972 retornou ao Brasil, passando a compor sozinho e a interpretar as suas músicas, lançando pela Philips o LP Antônio Adolfo. Em setembro desse ano viajou para os EUA, para fazer um curso com David Baker, na Indiana University of Music.

De volta ao Brasil, passou a trabalhar como músico, arranjador e professor do Centro Musical Antônio Adolfo, no Rio de Janeiro. Também organiza cursos e oficinas em universidades dos E.U.A. e Europa. Publicou no Brasil diversos livros de iniciação musical e lançou, internacionalmente, o vídeo didático Secrets of Brazilian Music e o livro e CD Brazilian Music Workshop. Gravou discos no Brasil e no mercado internacional.

Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp pela composição instrumental Cristalina. Tem trabalhado na releitura de pioneiros da música popular brasileira, como João Pernambuco, Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, trabalho exemplificado no CD Chiquinha com jazz, de 1997.

Em 2001, relançou em CD o disco "Viralata", numa parceria com a gravadora Kuarup. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Mistura Fina (RJ). Em 2005, fez show no Songbook Café (RJ), ao lado de Carlos Lyra. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Carnaval piano blues". Em parceria com sua filha, a cantora Carol Saboya, lançou, em 2006, o CD "Ao vivo live", registro da apresentação realizada no ano anterior, em Miami. Mais uma vez em parceria com Carol Saboya, lançou, em 2010, o CD “Lá e cá - Here and there”. O disco, registrado como se fosse uma gravação ao vivo, contou com a participação dos músicos Jorge Helder (contrabaixo), Rafael Barata (bateria), Leo Amuedo (guitarra) e Serginho do Trombone (trombone).

Lançou, em 2011, o CD "Chora Baião", contendo suas composições Chicote, Chorosa blues e a faixa-título, além de A ostra e o vento, Gota d’água de Chico Buarque, além de outras. Com a participação de Leo Amuedo (guitarra), Jorge Helder (baixo), Rafael Barata (bateria), Marcos Suzano (percussão) e Carol Saboya (vocais), o CD “Chora baião” foi contemplado com o Latin Jazz Awards, nas categorias Melhor CD, Melhor CD de Brazilian Jazz, Melhor Pianista (o próprio Antônio Adolfo), Melhor Baixista (Jorge Helder) e Melhor Capa (Bruno Liberati, Felipe Taborda e Lygia Santiago).

Em 2013, lançou o CD “Finas misturas”, combinando diferentes estilos musicais brasileiros com o jazz. Ainda nesse ano, foi premiado, juntamente com Carol Saboya, na 16ª edição do Brazilian International Press Awards/Estados Unidos, na categoria Melhor Show de Artista Local, pelo espetáculo realizado no South Florida Jazz, em 10 de Março de 2012. Também, nesse ano, apresentou-se no espaço Miranda (RJ), em show de lançamento do CD “Finas misturas”, pelo projeto “Instrumental MPB”.

Em 2014, lançou pela gravadora Deck, o disco “O piano de Antônio Adolfo”. O trabalho abre o projeto “O piano de...”, uma série dedicada a pianistas. As nove músicas do CD contam com regravações de duas composições, Teletema e Chora baião e com sete outras composições consagradas de nomes como Jacob do Bandolim (Doce de coco) e Aldir Blan (Catavento e girassol).

Em 2017, lançou, no Brasil e nos Estados Unidos, o disco “Hybrido – From Rio to Wayne Shorter”, em tributo ao saxofonista norte-americano Wayne Shorter.

Antônio Adolfo é irmão do compositor e cantor Ruy Maurity e pai da cantora Carol Saboya.

Obras até 1998

BR-3 (c/Tibério Gaspar), 1970; Caminhada (c/Tibério Gaspar), 1967; Emaú, 1995; Glória, Glorinha (c/Tibério Gaspar), 1970; Juliana (c/Tibério Gaspar), 1969; Meia-volta (c/Tibério Gaspar), 1969; Quem viu Helô (c/Tibério Gaspar), 1970; Rosa branca (c/Tibério Gaspar), 1967; Sá Marina (c/Tibério Gaspar), 1968; Teletema (c/Tibério Gaspar), 1970; Visão (c/Tibério Gaspar), 1968; Zabumbaia, 1995.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB (atualização).

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Teletema

Antônio Adolfo
Teletema (1970) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Interpretação: Regininha

LP Véu De Noiva - Trilha Sonora da Novela da Rede Globo / Título da música: Teletema / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Regininha (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1969 / Nº Álbum: R 765.102 L / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Canção.


A              A7+            D/A
Rumo, estrada turva, sou despedida
Dm/A               F#m7
Por entre lenços brancos de partida
B7            E4          G
Em cada curva sem ter você vou mais só
C              C7+             F/C
Corro rompendo laços, abraços, beijos
Fm/C             Am7
Em cada passo é você quem vejo
D7             F/G       E4/7
No tele-espaço pousado em cores no além


Brando, corpo celeste, meta metade

Meu santuário, minha eternidade

Iluminando o meu caminho e fim

Dando a incerteza tão passageira

Nós viveremos uma vida inteira

Eternamente, somente os dois mais ninguém


A4  A    D7+   D
Eu vou de sol a sol
B4/7           B7/6
Desfeito em cor, refeito em som
B5+/7    D/E      Bb9
Perfeito em tanto amor

quinta-feira, 8 de março de 2007

Sá Marina

Wilson Simonal
Já nos tempos de adolescente o pianista Antônio Adolfo tocava no Beco das Garrafas, integrando o conjunto Samba Cinco ou participando de sessões de jazz e de bossa nova. Em 1967, quando liderava o Trio 3-D e tinha quatro elepês gravados, iniciou uma parceria com o letrista Tibério Gaspar, vivendo a dupla nos quatro anos seguintes uma fase de grande sucesso, com participações assíduas em festivais e trilhas sonoras de novelas.

São dessa época composições como “Meia-Volta”, “Juliana”, “Teletema”, “BR-3” e a popularísssima “Sá Marina”: “Descendo a rua da ladeira / só quem viu pode contar / cheirando a flor de laranjeira / Sá Marina, eh! vem pra dançar...”.

Lançada em 1967 pelo conjunto O Grupo, a canção estourou com Wilson Simonal no começo do ano seguinte, permanecendo por dezenove semanas nos primeiros lugares das paradas de sucesso. Uma toada-moderna, segundo o próprio Adolfo, “Sá Marina” é produto de uma tendência muito em moda na época, que procurava juntar influências harmônicas da bossa nova a estruturas tradicionais da música brasileira, no caso a toada.

Pode ser incluída naquela vertente de “Andança” e “Viola Enluarada”, canções filiadas, como foi dito, ao estilo Milton Nascimento, apresentando, porém, “Sá Marina” características mais dançantes, com seu ritmo bem marcado e ligeiramente aproximado do iê-iê-iê (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Sá Marina (1968) - Antônio Adolfo e Tibério Gaspar - Intérprete: Wilson Simonal

LP Alegria, Alegria Vol. 2 ou Quem Não Tem Swing Morre Com A Boca Cheia De Formiga / Título da música: Sá Marina / Antônio Adolfo (Compositor) / Tibério Gaspar (Compositor) / Wilson Simonal (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1968 / Nº Álbum: MOFB 3547 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: MPB.

tom: C

C7+            C#°          Dm7
Descendo a rua da ladeira
G                C7+  Am7   
Só quem viu, que pode contar
  Dm7
Cheirando a flor de laranjeira
  G                 C7+    
Sá Marina vem pra cantar
    C#°          Dm7
De saia branca costumeira
G                   C7+  Am7   
Gira o sol, que parou pra olhar
  Dm7
Com seu jeitinho tão faceiro
 G               C    Gb7(b5)
Fez o povo inteiro cantar
F7+               G
Roda pela vida afora
C7+            Am7
E põe pra fora essa alegria
Dm7                    G             Bb   C
Dança que amanhece o dia pra se dançar
F7+                     G
Gira, que essa gente aflita
    C7+            Am
Se agita e segue no seu passo
Dm7                   G          Ab7(b5) Ab7+(b5) G4 C7+
Mostra toda essa poesia no olhar
  C#°          Dm7
Deixando versos na partida
 G               C7+  Am7   
E só cantigas pra se cantar
  Dm7
Naquela tarde de domingo
 G               C7+
Fez o povo inteiro cantar
Am7    Dm7      G        C7+
E fez o povo inteiro cantar
Am7    Dm7     G        Ab7(b5)  Ab7+(b5)  G4   C7+
E fez o povo inteiro cantar.