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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Nosso ranchinho

De Chocolat 1938
Nosso ranchinho (toada, 1925) - Donga e De Chocolat - Intérprete: Fernando

Disco selo: Odeon R / Título da música: Nosso ranchinho / Donga, 1890-1974 (Compositor) / De Chocolat (Compositor) / Fernando (Intérprete) / Jazz Band Sul Americano Romeu Silva (Acomp.) / Coro (Acomp.) / Nº do Álbum: 122832 / Lançamento: 1925 / Gênero: Samba / Coleção: IMS


Nosso ranchinho assim
Tava bão
Gente de fora entrou
Trapaiô (refrão x2)


Estava esperando um bonde
Contente pra í te vê
Fui falá com tua mãe
Foi um desmancha prazê (refrão)

Por isso gato sabido
Veve só pelos teiado
Faz os rancho nas altura
Pra não sê atrapaiado (refrão)

Se Deus me desse um podê
O mundo eu modificava
No meio de dois unido
Um terceiro não entrava (refrão)

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Na aldeia

Sílvio Caldas
Na aldeia (samba, 1934) - Sílvio Caldas, Carusinho e De Chocolat - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Na aldeia / Sílvio Caldas (Compositor) / Caruzinho (Compositor) / De Chocolat (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / João Martins [Direção], Diabos do Céu (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 18/07/1933 / Lançamento: 12/1933 / Nº do Álbum: 33727 / Nº da Matriz: 65806-1 / Gênero musical: Samba


Na aldeia
Na aldeia
Quero ver o teu vestido
Arrastando-se na areia.

Morena, meu doce encanto
Pra matar minha saudade
Que te ver bem distante
Do bulício da cidade

Alegrando nossa aldeia
Quero te ver como dantes
Com o teu vestido de renda
Arrastando-se na areia.

Quero te ver bem faceira
Na porta da capelinha
Escrevendo o nosso amor
Com a ponta da sombrinha

Quero que a vida nos seja
De venturas, sempre cheia
Com o teu vestido de renda
Arrastando-se na areia.



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Falando ao teu retrato

De Chocolat
Falando Ao Teu Retrato (valsa-canção, 1935) - Meira e De Chocolat - Intérprete: Augusto Calheiros

Disco 78 rpm / Título da música: Falando Ao Teu Retrato / De Chocolat (Compositor) / Meira (Jaime Florence) (Compositor) / Augusto Calheiros (Intérprete) / Gravadora: Odeon, 1935 / Nº Álbum: 11.221-A / Lado B / Gênero musical: Valsa-canção.



Na ilusão de um novo amor
Deixaste o nosso lar
Enquanto eu, louco sonhador
Busquei-te sem cessar

Voltando ao lar abandonado
Apaixonado, eu juro, sem querer chorei
E ao ver o teu retrato amado
Num desvario louco
Tudo lhe falei

Contei-lhe então que tu partiste
Me deixando triste na desilusão
E o retrato amigo
Disse a chorar comigo
Que tu não tens mais coração

Formoso, o teu retrato insiste
Em me fazer mais triste
Nesta solidão
Dizendo que o meu peito
Em dor vive desfeito
Porque não tens mais coração

De Chocolat

De Chocolat
De Chocolat (João Cândido Ferreira), cantor, compositor e revistógrafo, nasceu em Salvador/BA em 18/5/1887 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 27/12/56. Cançonetista do início do século, nos primeiros anos de carreira apresentava-se em casa de chope, cabarés e teatrinhos de variedade do Rio de Janeiro, sob o pseudônimo de Jocanfer.

Em fins de 1909, o cinematógrafo Santana, localizado na rua do mesmo nome, em seu programa de filmes e variedades, anunciava Jocanfer como sucesso do Éden Cosmopolita, de Buenos Aires, Argentina. No mesmo ano, transferiu-se para o cine-teatro da Rua Visconde do Rio Branco e, em 1910, apresentou-se com Lilia Móntez, célebre cantora espanhola, no Chope Palácio Popular, mais conhecido como ABC, passando depois a atuar no Teatrinho do Passeio Público, do Rio de Janeiro, fazendo dueto com o cançonetista Boneco.

Excursionou pela França, Portugal, Espanha e outros países europeus. Em Paris, França, atuou em cabarés e cafés-cantantes, e como era mulato recebeu o apelido de Monsieur De Chocolat, depois abreviado para De Chocolat. Após vários meses na Europa, retornou ao Brasil, passando a apresentar-se sob o novo pseudônimo, sendo convidado em 1920 para atuar no cabaré High-Life, de Porto Alegre RS. Voltou para o Rio de Janeiro, cumprindo temporadas nos cines-teatros Íris e Central, com bastante sucesso.

Em 1926 formou a Companhia Negra de Revistas, a primeira do gênero no Brasil, convidando Jaime Silva, o único branco, para empresário. Estrearam no Teatro Rialto com a revista Tudo preto, no dia 31 de julho do mesmo ano. Dividindo a direção com Alexandre Montenegro, foi também um dos intérpretes, com Jandira Aimoré (mulher de Pixinguinha), Rosa Negra, Osvaldo Viana, Dalva Espíndola, Mingote, Guilherme Flores. A orquestra, cujos componentes também eram negros, foi regida por Pixinguinha, com música de Sebastião Cirino.

Apresentaram-se depois em Minas Gerais e São Paulo, com grande sucesso. Retornando ao Rio de Janeiro em 1927, a companhia passou a apresentar-se no Teatro república, com a revista Café torrado (Rubem Gil e João d’Aqui). No ano seguinte compôs, em parceria com Donga, a canção Meu Brasil, gravada por Alfredo Albuquerque na Odeon, mesma etiqueta em que foi lançado seu maxixe Baianinha, interpretado por Laís Arede.

Ainda na Odeon, foi gravado em 1929, por Francisco Alves, seu samba Mulata; três anos depois, pela Victor, sua versão do fox-trot Boa noite, querida, lançado por Castro Barbosa. Em 1932 ainda, Harry Murarim gravou sua versão de Guarde a última valsa para mim, na Victor, sendo lançados no mesmo ano, pela Columbia, mais duas músicas suas, Olhos passionais (com Gastão Bueno Silva), interpretada por Moacir Bueno da Rocha em disco Columbia, e a valsa A ventura de um beijo (com Guilherme Pereira), gravada por Jorge Fernandes na Victor.

Foi ainda autor da burleta Porque bebes tanto assim?, com oito quadros; Ritmos do Brasil, show de parceria com Maurício Santhos, com fez a revista Bazar de brinquedos, lançando depois a revista Deixa o velho trabalhar, escrita com Roberto Ruiz.

Continuando a compor, fez Na aldeia (com Carusinho e Sílvio Caldas), gravada pelo último na Victor em 1934, lançando no mesmo ano a marcha Nego também é gente (com Ary Barroso), interpretada em disco Odeon por Francisco Alves.

Em 1935 seu samba-canção Meu branco (com Benedito Lacerda), foi gravado na Odeon por Aurora Miranda, e Augusto Calheiros lançou em disco, no mesmo ano, também pela Odeon, Falando ao teu retrato (com Meira). Dois anos mais tarde, ainda pela Odeon, foi lançada a canção Felicidade (com J. C. Rondon), interpretada por Gastão Formenti. Sua última composição de sucesso foi Não tem perdão (com Sílvio Caldas), que a gravou na Victor em 1940.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.