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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Coração que implora

Coração que implora (valsa, 1918) - José Ribas e Eustórgio Wanderley

Disco selo: Phoenix R / Título da música: Coração que implora / Eustórgio Wanderley (Compositor) / José Ribas (Compositor) / Geraldo Magalhães (Intérprete) / Coro (Acomp.) / Nº do Álbum: 245 / Nº da Matriz: 1443 / Lançamento: 1913 / Gênero musical: Valsa / Coleção de Origem: IMS



Disco selo: Odeon R / Título da música: Coração que implora / José Ribas (Compositor) / Grupo O Passos no Choro (Intérprete) / Flauta, Cavaquinho e Violão (Acomp.) / Nº do Álbum: 121517 / Nº da Matriz: 145-a / Lançamento: 1919 / Gênero musical: Valsa / Coleção de Origem: IMS





Fonte: Instituto Moreira Salles.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Meu assobio

Eustórgio Wanderley (Recife, 5/9/1882 - Rio de Janeiro, 31/5/1962) foi um dos primeiros pernambucanos a participar, pelo selo da RCA – Victor, da discografia brasileira, através de suas cançonetas que fizeram muito sucesso, como A pianista, O almofadinha e A melindrosa.

Durante o tempo que morou no Rio escreveu no Correio da Manhã, em A Noite Ilustrada, no Jornal do Brasil e em O Malho.

Meu assobio (cançoneta, 1905) - Eustórgio Wanderley

Disco selo: Odeon Record / Título da música: Meu assovio / Eustórgio Wanderley (Compositor) / Geraldo Magalhães (Intérprete) / Nº do Álbum: 40384 / Lançamento: 1906 / Gênero musical: Cançoneta / Coleção de Origem: IMS, Nirez





sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

No bico da chaleira II

Durante 20 anos, de 1895 a 1915, o general José Gomes Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador, senador pelo Rio Grande do Sul, foi o homem forte do Legislativo e a eminência parda de muitos governos. Todos pensavam que um dia ele seria presidente da República, mas nunca chegou lá. Foi assassinado em 1915, por um desequilibrado mental.

Gaúcho, Machado não passava sem seu chimarrão. E bastava a cuia de mate esvaziar para os bajuladores correrem atrás de água quente. Era a "turma do pega na chaleira". Como o senador morava no alto do Cosme Velho, a música fala em "subir esta ladeira". E menciona também “Os Democratas”, uma das mais populares sociedades carnavalescas do Rio na época, que exibia em seu estandarte uma águia de prata.

A polca fez tanto sucesso no carnaval de 1909 que deu motivo para a peça de teatro-revista, de Raul Perderneiras e Ataliba Reis, intitulada Pega na chaleira. E mais: foram compostas duas outras músicas sobre o mesmo tema. A primeira, mais picante e maliciosa, de Eustórgio Wanderley, igualmente chamava-se No bico da chaleira; a segunda, Pega na chaleira, de Eduardo das Neves, fazia crítica genérica aos aduladores (“Neste século de progresso / Nesta terra interesseira / Tem feito grande sucesso / O tal “pega na chaleira”).

No bico da chaleira (polca, 1909)- Eustórgio Wanderley

Título: No bico da chaleira / Gênero musical: Humor / Intérpretes: Os Geraldos / Compositor: Eustórgio Vanderley / Gravadora Odeon / Número do Álbum: 108341 / Data de Gravação: 1907-1912 / Data de Lançamento: 1907-1912 / Lado único / Acervo Humberto Franceschi / Disco 78 rpm:


Menina eu quero só por brincadeira
Pegar no bico da sua chaleira
Ela está quente e se você segura
Fica com uma grande queimadura.

É moda agora e eu justifico
(Com que eu implico)
Pegar no bico de uma chaleira
Muita senhora nos engrossando
Leva pegando a vida inteira.

Se você vai apertar-me no bico
Não imagina como eu logo fico
Não, eu seguro assim desta maneira
Lá no biquinho da sua chaleira.

Agora é moda / Com o que eu implico
Pegar no bico / De uma chaleira
Moço da roda / É gente fina
Tem esta sina / A vida inteira.

Ai, se eu consigo pegar de bom jeito
Você vai ver como eu pego direito
Sem ser no bico / Quer pegar na asa?
Talvez consinta, passa lá em casa.

Vamos depressa tomar um chazinho
Enquanto esquenta mais que um tempinho
Ela também está como eu fico
Quando um chazinho toma-se no bico.



Fonte: Franklin Martins - Site Oficial - Conexão Política

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Eustórgio Wanderley

Eustórgio Wanderley nasceu no dia 5 de setembro de 1882, na cidade do Recife, PE, onde estudou e morou durante quase toda sua vida. Adulto, dedicou-se ao jornalismo, atuando no Diário da Manhã e no Jornal do Recife.

Dando vazão aos seus pendores musicais, foi parceiro de Nelson Ferreira em diversas valsas e canções, sendo um dos primeiros pernambucanos a participar, pelo selo da RCA – Victor, da discografia brasileira, através de suas cançonetas que fizeram muito sucesso, como A pianista, O almofadinha e A melindrosa.

Durante o tempo que morou no Rio escreveu no Correio da Manhã, em A Noite Ilustrada, no Jornal do Brasil e em O Malho.

Em 1909 compôs a versão mais e picante e maliciosa da polca No bico da chaleira (a primeira versão foi escrita por Juca Storoni também no mesmo ano), gravada na Casa Edison pelos Os Geraldos.

Poeta, teatrólogo, foi membro da Academia Pernambucana de Letras e do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco.

Quando residia no Recife, publicou em dois volumes, Tipos Populares do Recife Antigo (1953/54).

Faleceu no dia 31 de maio de 1962, no Rio de Janeiro.

Fonte: Dicionário de Folcloristas Brasileiros.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Lágrimas e risos

Bahiano (Manuel Pedro dos Santos, 1887-1944) 

Lágrimas e risos (valsa, 1913) - Eustórgio Wanderley e Adelmar Tavares - Interpretação: Bahiano

Disco selo: Odeon Record / Título da música: Lágrimas e risos / Adelmar Tavares (Compositor) / Eustórgio Vanderley (Compositor) / Bahiano (Intérprete) / Violão (Acomp.) / Nº do Álbum: 120271 / Nº da Matriz: 120271-2 / Gravação: 22/Setembro/1911 / Lançamento: 1913 / Gênero musical: Valsa / Coleção de Origem: IMS



A vida é toda feita assim
De riso e dor um mar sem fim
Alegre um dia o riso vem
E o pranto seguirá também

A criancinha assim que nasce
Conhece a dor, põe-se a chorar
No entanto o riso em sua face
Só muito após vem a aflorar

Sorrir, chorar e assim vai-se a vida a passar
Cantar, gemer, a mágoa vem junto ao prazer
É louco também quem nos diz, que se considera feliz
Que a sorte aos seus braços lhe atira, mentira, mentira
Pois breve ao invés de cantar
Chorar, chorar

Eu que cantando estou hoje aqui
Enquanto o público sorri
Quem sabe se em vez de cantar
Tenho vontade de chorar

Num circo, vê-se sobre a arena
Ri o palhaço a se perder
E em casa a filha assim pequena
Talvez deixasse-lhe a morrer

Sorrir, chorar e assim vai-se a vida a passar
Cantar, gemer, a mágoa vem junto ao prazer
Palhaço que ri sem cessar
Não deve não pode chorar
Pois quem é pago pra rir pra chalaça
Desgraça, desgraça
Se em pranto tens alma de par
Sorrir, cantar