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sábado, 15 de outubro de 2022

Amor perfeito

Desfile do frevo “Vassourinhas” na Avenida Presidente Vargas, 1952 (Foto: Arquivo / Agência O Globo)

Amor perfeito (samba, 1951) - José Batista e Paulo Tapajós - Intérprete: Nelson Gonçalves

Disco 78 rpm / Título da música: Amor perfeito / Paulo Tapajós (Compositor) / José Batista (Compositor) / Nelson Gonçalves (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: RCA Victor / Nº Álbum: 80-0822 / Lançamento: Outubro/1951 / Lado: B / Gênero musical: Samba / Carnaval.


Amor perfeito / Eu encontrei afinal
Não tem defeito / E no mundo
Não existe outro igual

Amor perfeito / Eu encontrei afinal
Não tem defeito / E no mundo
Não existe outro igual

Depois de tanto tempo procurar
Eu encontrei o verdadeiro amor
Que encheu de alegria meu peito
E que me fez sonhador
Graças a Deus
Encontrei o amor perfeito
Graças a Deus!

Amor perfeito / Eu encontrei afinal
Não tem defeito / E no mundo
Não existe outro igual

Amor perfeito / Eu encontrei afinal
Não tem defeito / E no mundo
Não existe outro igual

Depois de tanto tempo procurar
Eu encontrei o verdadeiro amor
Que encheu de alegria meu peito
E que me fez sonhador
Graças a Deus
Encontrei o amor perfeito
Graças a Deus!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Haroldo Tapajós

Haroldo Tapajós - 1938
Haroldo Tapajós Gomes, cantor e compositor, nasceu em 19/11/1915 no Rio de Janeiro e faleceu em 18/4/1994 na mesma cidade. Filho de Manoel Tapajós Gomes, crítico de arte e poeta, e de Alice Sabino Maia, Haroldo formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro.

Integrou com o irmão Paulo, na década de 1930, a dupla Irmãos Tapajós e foi parceiro de Vinícius de Moraes na primeira canção gravada do poeta, Loura ou morena.

Em 1932, estreou em disco com o irmão, na Columbia, interpretando de sua autoria e Vinicius de Moraes o fox-canção Loura ou morena. No outro lado do disco, seu irmão Paulo interpretou o fox-blue Doce ilusão, também de sua parceria com Vinicius de Moraes.

Em 1934, gravou com o irmão pela Victor o fox-trote Um sorriso...uma lágrima..., de Júlio de Oliveira e Alberto Ribeiro e a valsa Canção para alguém, de sua autoria e Vinicius de Moraes. Também na década de 1930, gravou com o irmão outras composições suas em parceria com Vinicius de Moraes, como o fox-canção Namorado da lua e o fox-trote O nosso amor de criança.

Em 1940, gravou o último disco com o irmão interpretando a marcha Decadência de pierrô, de Lamartine Babo e Alcir Pires Vermelho e o samba Eu chorei, de Alvaiade e Alcides Lopes.

Em 1945, já afastado da música, entrou para o Itamaraty, tornando-se redator do Ministério das Relações Exteriores e iniciando carreira diplomática.

Fonte: Revivendo Músicas

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Paulinho Tapajós

Paulo Tapajós Gomes Filho, compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ, em 17/8/1945. Filho do músico Paulo Tapajós, com quem teve as primeiras noções musicais, começou a compor na década de 60, participando de festivais.

Seu maior sucesso, Andança (com Edmundo Souto e Danilo Caymmi) ficou em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1968, defendida por Beth Carvalho e os Golden Boys. No ano seguinte o primeiro lugar foi de sua música Cantiga por Luciana (com Edmundo Souto), na interpretação de Evinha. Outro sucesso em parceria com Danilo Caymmi foi Canto pra dizer-te adeus.

Mesmo com os sucessos musicais, formou-se em arquitetura em 1971. Trabalhou com trilhas para televisão (como a da novela Irmãos Coragem) e fez a produção musical do Fantástico entre 1977 e 1980.

Também foi produtor de discos de Jorge Ben Jor, Vinícius de Moraes e Toquinho, MPB-4, Fagner, Sivuca, Gonzaguinha e outros. Seu primeiro disco foi em parceria com a irmã Dorinha Tapajós, em 1972, pela gravadora Forma, Paulinho e Dorinha. Dois anos depois veio o primeiro lançamento individual, Paulinho Tapajós (RGE/Fermata).

Suas mais de 200 composições foram registradas por artistas como Clara Nunes, Alcione, Joyce, Ivan Lins, Chico Buarque, Milton Nascimento e muitos outros. Na década de 90 lançou dois CDs pela gravadora CID: Coração Poeta (1996) e Reencontro (1998).

Sua atuação como escritor também é destacada. Já lançou mais de dez livros infantis e a coletânea de letras de músicas De Versos (1986).

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha; Rio de Janeiro - Cariocas.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Trio Surdina


O Trio Surdina surgiu em 1952, produzido por Paulo Tapajós, então diretor artístico da Rádio Nacional. Formado por Fafá Lemos (violino e solos de assobio), Chiquinho (acordeom) e ele próprio (violão), o trio gravou dois LPs de 10 polegadas, a convite de Nilo Sérgio, pela Musidisc.

Realizadas no próprio estúdio da Rádio Nacional, nessas gravações foram incluídos mais dois elementos no grupo, o contrabaixista Vidal e o ritmista Bicalho.

Lançado em 1953, o primeiro LP, Trio Surdina, trazia, entre outras, suas músicas O relógio da vovó (com Fafá Lemos e Chiquinho do Acordeom) e Duas contas (Garoto), e ainda Na madrugada (Nilo Sérgio).


Fonte: Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. Popular. São Paulo, Art Editora, 1977. 305p.

Trio Melodia

Na foto: Paulo Tapajós, Albertinho Fortuna e Nuno Roland.

O conjunto vocal Trio Melodia foi formado na Rádio Nacional do Rio de Janeiro RJ em 1943, a fim de suprir as necessidades do programa Um Milhão de Melodias. Era constituído por Paulo Tapajós, chefe de departamento da emissora e ex-integrante do duo Irmãos Tapajós, e pelos cantores Nuno Roland e Albertinho Fortuna, que continuaram suas carreiras paralelamente.

O trio gravou apenas na Continental e estreou em disco em 1945, com a toada De papo pro á (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano) e o samba Pregões cariocas (João de Barro).

Nuno Roland e Albertinho Fortuna também cantaram solos nas gravações do conjunto, caso de Nuno Roland no grande sucesso Lancha nova, marcha de João de Barro e Antônio Almeida, no Carnaval de 1950.

Entre os sucessos do trio, destacou-se o rojão Catirina (Jararaca), no mesmo ano. Até 1955 gravaram, em 78 rpm, 37 discos com 62 músicas.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Paulo Tapajós

Paulo Tapajós (Paulo Tapajós Gomes), cantor, compositor e radialista, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 20/10/1913 e faleceu em 29/12/1990. Estudou desenho na Escola Nacional de Belas Artes e música com o maestro Lorenzo Fernandez, além de aprender piano com Maria Siqueira e canto com Cecília Rudge e Riva Pasternak. Estudando violão sozinho, chegou a lecionar o instrumento por vários anos, abandonando mais tarde o desenho para se dedicar exclusivamente à música.

Em 1927, formou com os irmãos Haroldo e Osvaldo o trio vocal Irmãos Tapajós, que se apresentava em festas de amigos e que, no ano seguinte, estreou na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Ainda em 1928 escreveu sua primeira composição, editando-a pela Casa Vieira Machado.

Com a saída de Osvaldo em 1932, formou uma dupla com o irmão Haroldo, gravando Loura ou morena (Haroldo Tapajós e Vinícius de Moraes), de 1928. A dupla gravou, também na Odeon, a marcha Decadência de pierrô (Lamartine Babo e Alcir Pires Vermelho) e o samba Eu chorei (Alvaiade e Alcides Lopes), além de Noite azul (Carlos Armando Pascoalini e Rogério Cardoso).

Em 1933, compôs com Vinícius de Morais o fox-canção Canção da noite. Em 1942, Haroldo abandonou a dupla e as atividades artísticas; prosseguiu então, individualmente, como cantor, diretor e produtor de programas, contratado pela Rádio Nacional. Transferindo-se para a Rádio Tupi, em 1946, como diretor artístico, voltou à Rádio Nacional dois anos depois, sendo produtor da emissora durante a sua fase de ouro. Com Nuno Roland e Albertinho Fortuna, formou o Trio Melodia e criou o conjunto de serenatas Turma do Sereno.

Em 1951 compôs o samba Morreu o Anacleto (com Dunga). Em 1956 gravou na Sinter o LP Luar do Sertão, interpretando músicas de Catulo da Paixão Cearense. Participou das primeiras dublagens de desenhos de Walt Disney, planejando ainda emissoras de rádio em diversas cidades, além de pesquisar e estudar a música popular brasileira.

Em 1966, fez parte da comissão executiva do I FIC, da TV-Rio, Rio de Janeiro, permanecendo como diretor artístico até maio de 1970. Participou, em 1971, do LP lançado pela RCA, Os saraus de Jacó - Jacó do Bandolim recebe o modinheiro Paulo Tapajós, que aproveitou fitas do famoso bandolinista, com seu conjunto Época de Ouro.

Em 1972 escreveu o capítulo sobre a música popular brasileira no livro Brasil, uma história dinâmica, obra didática muito elogiada pela UNESCO. Durante a década de 1980 participou de vários encontros e festivais de música como a X e a XII Califórnia da Canção Gaúcha (Carazinho RS), o I Acorde, Seminário de Defesa da Música Brasileira (Tramandaí RS), o I Seminário dos Festivais de Música Gaúcha (Guaíba RS), o Festival Comunicasom de Goiânia GO, o Sercapo - Festival da Canção Popular de Cascavel PR, e os III e IV Encontros de Pesquisadores de Música Popular Brasileira, no Rio de Janeiro.

Em 1990 participou do I Ciclo de Debates sobre Rádio e Televisão, promovido pela Futevê-M.E.C., no Rio de Janeiro. Pai dos compositores e cantores Paulinho e Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós (os dois últimos já falecidos), Paulo Tapajós produziu, dirigiu e apresentou, ao longo de vários anos e até o dia de sua morte, o programa radiofônico Domingo Musical, do Projeto Minerva.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

U poeta do sertão


Outra versão de Caboca di Caxangá - a toada “U poeta du Sertão” - foi gravada em 1927 por Patrício Teixeira e novamente em 1936 por Paraguassu. Ela foi dedicada à memória do companheiro nordestino (Catulo veio do Maranhão) e homem de teatro Arthur Azevedo, que morreu em 1907. A gravação de Paulo Tapajós de 1957 foi relançada no CD da Revivendo "Catulo da Paixão Cearense nas vozes de Paulo Tapajós e Vicente Celestino".

Poeta Do Sertão (toada) - Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco - Interpretação: Paulo Tapajós

LP Catullo O Poeta Do Sertão - Na Interpretação De Paulo Tapajós / Título da música: Poeta Do Sertão / João Pernambuco (Compositor) /Catulo da Paixão Cearense (Compositor) / Paulo Tapajós (Intérprete) / Gravadora: Sinter / Ano: 1957 / Nº Álbum: SLP 1709 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Toada.



Si chora o pinho
Im desafio gemedô
Não hai poeta cumo os fio
Du sertão sem sê doutô
Us óio quente
Da caboca faz a gente
Sê poeta di repente
Que a puisia vem do amor

Não há poeta, não há
Cumo os fio do Ceará!

Dotô fromado, home aletrado
Lá da Côrte
Se quisé mexê comigo
Muito intoncê tem qui vê
Us livro da intiligença
I dá sabença
Mas porém u mato virge
Tem puisia como quê!

Poeta eu sô sem sê dotô
Sou sertanejo
Eu sô fio lá dus brejo
Du sertão do Aracati
As minha trova
Nasce d’arma sem trabaio
Cumo nasce na coresma
Nu seu gaio a frô de Abri



Fonte: As Crônicas Bovinas, parte 17

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Ao luar


Ao Luar (modinha, 1880) - Catulo da Paixão Cearense - Intérprete: Paulo Tapajós

LP Luar Do Sertão - Paulo Tapajós Com Orquestra E Coro Interpretando Catullo Da Paixão Cearense / Título da música: Ao Luar / Gravadora: Sinter / Ano: 1959 / Nº Álbum: SLP 1770 / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Modinha.



Vê que amenidade,
que serenidade
tem a noite, em meio,
quando, em brando enleio,
vem lenir o seio
de algum trovador!
O luar albente
que do bardo a mente
no silêncio exalta,
chora a tua falta
rutilante estrela
de eteral candor!

Minha lira geme
no concento extreme
que a Saudade inspira!
Vem ouvir a lira,
que, sem ti, delira
nesta solidão!
Vem ouvir meu canto
no fluir do pranto,
com que a dor rorejo!
Lacinante harpejo,
que das fibras tanjo
deste coração!
nosso amor fanado,
quando, eu, a teu lado,
mais que aventurado
por te amar vivi!
Quero a fronte tua
ver à luz da lua
resplandente e bela!
Descerra a janela
que eu durmo as noites,
só pensando em ti!

Dá-me um teu conforto,
que este afeto é morto
que me consagravas...
quando protestavas,
quando me juravas
eviterno amor!
Vem um só momento
dar ao pensamento
radiosa imagem
depois, na miragem,
deixa, eu tua ausência,
cruciar-me a dor!

De saudade o dardo
vem ferir do bardo
o coração silente!
Esta dor latente
só na campa algente
poderá findar!
Mas se ainda o peito
palpitar no leito
de eternal abrigo,
hei de só, contigo,
sob a lousa, em sono
funeral, sonhar. 

quarta-feira, 19 de abril de 2006

De papo pro Á

Joubert de Carvalho
Em 1931, os românticos Joubert de Carvalho e Olegário Mariano realizaram uma incursão na área sertaneja com o cateretê "De Papo pro Á". A composição expõe com muita graça a "filosofia" de um caipira esperto que leva a vida pescando e "tocando viola de papo pro á".

Curiosamente, este cateretê vem pelos anos afora sendo cantado com um erro na letra. O fato foi descoberto nos anos cinqüenta pelo pesquisador Paulo Tapajós, que estranhava os versos: "Se compro na feira feijão, rapadura / pra que trabalhar?". Quem compra geralmente trabalha... Foi o próprio Olegário quem lhe esclareceu: "o verso correto é 'se ganho na feira feijão, rapadura'. Acontece que, na primeira gravação, Gastão Formenti cantou 'se compro', cristalizando-se o erro a partir desse disco".

De Papo Pro Á (cateretê, 1931) - Joubert de Carvalho e Olegário Mariano

Disco 78 rpm / Título da música: De Papo Pro Á / Joubert de Carvalho (Compositor) / Olegário Mariano (Compositor) / Gastão Formenti (Intérprete) / Orquestra Típica (Acomp.) / Gravadora: Victor / Nº do Álbum: 33469 / Nº da Matriz: 65226-2 / Gravação: 28/08/1931 / Lançamento: Out/1931 / Gênero musical: Rumba (classificação musical contestável...)



Título da música: De Papo Pro Á / Joubert de Carvalho (Compositor) / Olegário Mariano (Compositor) / Paulo Tapajós (Intérprete) / LP "Luar do Sertão - Músicas de Catulo e Joubert", Fontana, 1972)


E
Não quero outra vida
                       B7
Pescando no rio de Gereré
Tem peixe bom
Tem siri patola
            E
De dá com o pé
             B7
Quando no terreiro
Faz noite de luá
E vem a saudade
Me atormentá
Eu me vingo dela
Tocando viola
            E B7 E B7 E
De papo pro á

Se compro na feira
Feijão, rapadura,
              B7
Pra que trabaiá
Eu gosto do rancho
O homem não deve
        E
Se amofiná

(refrão)


Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

quarta-feira, 22 de março de 2006

Caboca de Caxangá

Catulo da Paixão Cearense: Um sertanejo do Sertão

Em entrevista a Joel Silveira, nos idos de 1940, Catulo da Paixão Cearense declarou-se "um sertanejo do sertão", ressaltando o mérito de saber descrevê-lo muito bem, apesar de não conhecê-lo. Parte desse mérito ele deveria creditar ao violonista João Pernambuco (João Teixeira Guimarães), com quem conviveu por diversos anos e que lhe forneceu, além de alguns temas musicais, um variado vocabulário sertanejo que usaria em seus versos. Um exemplo dessa colaboração é a composição "Caboca de Caxangá", que entrou para a história assinada apenas pelo poeta.

Inspirado numa toada que João lhe mostrara e que teria melodia do violonista, composta sobre versos populares, Catulo escreveu extensa letra, impregnada de nomes de árvores (taquara, oiticica, imbiruçu...), animais (urutau, coivara, jaçanã...), localidades (Jatobá, Cariri, Caxangá, Jaboatão...) e gírias do sertão nordestino, daí nascendo em 1913 a embolada Caboca de Caxangá, classificada no disco como batuque sertanejo. E nasceu para o sucesso, que se estenderia ao carnaval de 1914, para desgosto de Catulo, que achava depreciativo o uso da composição pelos foliões.

A seguir algumas gravações da melodia acima:

Cabocla de Caxangá (batuque, 1913) - Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco - Intérpretes: Júlia Martins, Eduardo das Neves e Bahiano

Disco selo: Odeon Record / Título da música: Cabocla de Caxangá / Catulo da Paixão Cearense (Compositor) / João Pernambuco (Compositor) / Eduardo das Neves (Intérprete) / Bahiano (Intérprete) / Júlia Martins (Intérprete) / Grupo da Casa Edison (Acomp.) / Nº do Álbum: 120521 / Nº da Matriz: 120521 / Gravação: 2/Janeiro/1913 / Lançamento: 1913 / Gênero musical: Batuque Sertanejo / Coleção de Origem: IMS, Nirez



Interpretação de Paulo Tapajós em 1972:

LP No Tempo Dos Bons Tempos - Luar Do Sertão - Músicas de Catullo e Joubert / Título da música: Cabocla de Caxangá / João Pernambuco (Compositor) / Catulo da Paixão Cearense / Paulo Tapajós (Intérprete) / Gravadora: Fontana/Philips / Álbum: 6488 014 / Ano: 1972 / Tracklist: A6 / Gênero musical: Embolada / Batuque sertanejo / Obs.: Extraidos dos LPs de 10 polegadas gravados na Sinter em 1956: SLP 1052 e SLP 1082



E------------------- C7------------------ Fm
Laurindo Punga, Chico Dunga, Zé Vicente
-------------------------B7----------------------E
E esta gente tão valente / Do sertão de Jatobá,
-----------------------C7----------- Fm
E o danado do afamado Zeca Lima,
--------------------------B7-------------------------E
Tudo chora numa prima, / E tudo quer te traquejá.

---------------------B7------------------------E
Caboca di Caxangá, / Minha caboca, vem cá.

------------E---------- C7-------------- Fm
Queria ver se essa gente também sente
-----------------------------B7
Tanto amor, como eu senti,
----------------------------E
Quando eu te vi em Cariri!
-----------------------C7----------- Fm
Atravessava um regato no quartau
-----------------------B7------------------------- E
E escutava lá no mato / O canto triste do urutau.

------------------------B7---------------------------E
Caboca, demônio mau, / Sou triste como o urutau!

E------------------- C7---------------------- Fm
Há muito tempo, lá nas moita das taquara,
-----------------------------B7--------------------------E
Junto ao monte das coivara, / Eu não te vejo tu passá!
------------------C7-------------- Fm
Todo os dia, inté a boca da noite,
------------------------B7----------------------E
Eu te canto uma toada / Lá debaixo do indaiá.

-------------------------B7----------------------E
Vem cá, caboca, vem cá, / Rainha di Caxangá.

E------------------ C7------------------ Fm
Na noite santa do Natal na encruzilhada,
--------------------------B7--------------------------E
Eu te esperei e descantei / Inté o romper da manhã!
--------------------------C7------------ Fm
Quando eu saía do arraiá, o sol nascia
-------------------------B7-------------------E
E lá na grota já se ouvia / Pipiando a jaçanã.

------------------------B7--------------------------E
Caboca, flor da manhã / Sou triste como a acauã!


Fontes: A Canção no Tempo – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Volume 1 - Editora 34; Álbum: Luar do Sertão - Músicas de Catullo e Joubert (1972).

sexta-feira, 17 de março de 2006

Terna saudade (Por um beijo)

Anacleto de Medeiros
Muita música instrumental de sucesso recebeu letra de Catulo da Paixão Cearense, que assim se fez parceiro de grandes compositores de sua geração. Entre estes está Anacleto de Medeiros, autor da valsa "Terna Saudade", que o poeta transformou na pomposa canção "Por um Beijo": "Ó ri, meu doce amor / sofri lágrimas de flor / teu sorriso inspira a lira / que afinei por teu falar..."

Embora o melhor de "Terna Saudade" seja a melodia, seu autor é citado pelo jornalista Guimarães Martins, no livro Modinhas, como "colaborador de Catulo na parte musical". Herdeiro dos direitos do poeta, Martins procurava sempre minimizar o trabalho de seus parceiros, tachando-os de meros colaboradores.

Terna saudade (Por um beijo) (valsa, 1905) - Anacleto de Medeiros e Catulo da Paixão Cearense - Interpretação: Paulo Tapajós

LP Luar do Sertão - Paulo Tapajós Com Orquestra E Coro Interpretando Catullo Da Paixão Cearense (Vinyl) / Título da música: Terna Saudade (Por Um Beijo) / Anacleto de Medeiros (Compositor) / Catulo da Paixão Cearense (Compositor) / Gravadora: Sinter / Nº do Álbum: SLP 1770 / Ano: 1959 / Tracklist: A4 / Gênero musical: Valsa



Ó ri, meu doce amor, / Sorri lágrima da flor
Teu sorriso inspira / A lira que afinei por teu falar
E quer de amor vibrar / Ao sol de teu olhar
Ri meu doce amor / Sorri, pérola da flor
Abre em teu lábio um sorriso / Onde um coração diviso,
De algum anjo que desceu do azul.

Num teu sorriso / Luz de poesia
Vem dar a melodia / E musicar os versos meus
Que eu mostrarei a Deus, / Como eu te amo,
Alma dileta / E sem eu ser poeta
Irei fazer o eterno / Te aclamar nos céus.

Irei estrelas lá no céu roubar / Trarei da lua, um raio de luar
Depois dos céus eu descerei ao mar / E a pérola mais bela irei buscar
Sem recear as iras do Senhor, irei, / Roubar os cofres do Senhor
Trarei a essência do divino amor / Se tu, velada no mais vasto véu,
Concederes-me a vitória / A suprema gloria, / De um só beijo teu !



A Canção no Tempo - Vol.2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34