Mostrando postagens com marcador pedro de sa pereira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pedro de sa pereira. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pedro de Sá Pereira

Comidas, Meu Santo!,  1925
Pedro de Sá Pereira, compositor e maestro, (25/1/1892, Porto Alegre, RS - 1955), teve suas primeiras composições gravadas em 1915, com as valsas Nas asas do amor e Sorrir dormindo, registradas na Odeon pelo grupo O Passos no Choro. Em 1922, fez as músicas para a revista Nós pelas costas, de J. Praxedes, apresentada no Teatro Recreio e que marcou a estréia da cantora e atriz Araci Cortes.

Em 1925, as canções Caiuby (Canção da cabocla bonita) e Meu Brasil, terra natal foram gravadas na Odeon por Vicente Celestino. No mesmo ano, fez os arranjos para o fox-trot Cabeleira a la garçone gravado por Zaíra de Oliveira. Ainda em 1925, o cantor Artur Castro Budd gravou na Odeon a modinha Luar do Brasil e a canção Arte e bom gosto, e Sílvio Vieira a canção Ai xixi.

Em 1926, fez com o maestro Júlio Cristóbal as músicas para a revista Prestes a chegar, de Luiz Peixoto e Marques Porto, que alcançou grande sucesso. Segundo um anuário publicado nesse mesmo ano, tinha "grande habilidade para compor e compilar músicas para revistas, as quais ficam facilmente gravadas no ouvido do público".

No mesmo ano, o cantor Roberto Vilmar gravou na Odeon a canção Leão da noite, e o cantor Fernando lançou com sucesso o samba Entra no cordão. Ainda em 1926, Fernando gravou o maxixe Sandália de couro, com Marques Porto e Ari Pavão, e a canção Ruínas de um sonho, além da modinha Chuá, chuá, que se tornaria o maior sucesso do maestro e um clássico do cancioneiro popular brasileiro.

Em 1927, teve a marcha Os canoeiros do norte gravada na Odeon por Francisco Alves. No mesmo ano, Patrício Teixeira gravou a canção Luar do Brasil, também na Odeon. Ainda nesse ano, a canção Chuá, chuá recebeu letra de Zeca Ivo e foi regravada na Odeon por Francisco Alves.

Em 1928, Francisco Alves gravou a canção Cangote cheiroso, o maxixe Cuscus, a valsa Quanto sofri, a toada-canção Canção da noite e a a modinha Leão da noite (Flor de sangue). Teve no mesmo ano o fox-canção A flor de ingá, e o fox-trot Sempre a rir gravados por Dimas Alonso, também na Odeon. No mesmo ano, fez com Luiz Peixoto a canção Casinha da colina, seu outro grande sucesso, gravada na Odeon por Vicente Celestino. Também em 1928 teve mais quatro composições gravadas na Parlophon: a canção Oração da viola, por Euristenes Pires, a canção Coração gaúcho e a melodia Voz da floresta, por João Celestino, e a canção Pobre viola, por Paulo Rodrigues.

Em março de 1929, a Odeon lançou disco que tinha Francisco Alves interpretando o samba Água de coco, que fez sucesso na época de seu lançamento. No mesmo ano, o cantor Oscar Gonçalves gravou a valsa-canção O amor assim começa, e a cantora Aracy Cortes lançou o samba Quindins de iaiá, parceria com C. M. Bittencourt, além de Produto nacional e a canção Vamos juntar os trapinhos?. Teve ainda o samba-canção Por que foi?, com Luiz Iglésias, lançado pela atriz Margarida Max que também o apresentou em teatro de revistas. Também em 1929, o cantor João Celestino gravou na Parlophon as canções Amor de tropeiro e Feitiços de morena, e Sílvio Salema a canção Tristezas de rolinha, ainda na Parlophon. Fez com Ary Barroso e Júlio Cristóbal as músicas para a revista Laranja da China, de Olegário Mariano, estrelada por Araci Cortes no Teatro Recreio.

Em 1930, fez com Marques Porto e Luiz Peixoto o samba Meu Senhor do Bonfim gravado pela cantora Araci Cortes. Ainda no mesmo ano, as canções Minha Santa Terezinha e Cabocla cheirosa (Irassucê), parcerias com Alfredo Breda, foram lançadas por Araci Cortes, e os sambas Cuscus e Cangote cheiroso, foram regravadas na Brunswick pela cantora Luiza Fonseca. Também em 1930, o samba Falsa jura foi gravado por Januário de Oliveira, e o samba-canção Vou pra Bahia, com Correia da Silva, foi lançado pela cantora Helsie Houston, os dois na Columbia, além da canção Saudades do meu sertão, lançada por Julinha Dias na Parlophon.

Em 1931, teve nova música gravada por Araci Cortes na Odeon, o samba Abana! Baiana!, com A. Carvalho. No mesmo ano, Sílvio Vieira gravou na Victor a canção Minha favela, parceria com Marques Porto. Em 1932, a canção Meu Brasil, parceria com o poeta Olegário Mariano foi gravada na Columbia por Vicente Celestino. Em 1933, a marcha O beicinho da crioula, com João Rossi, foi gravada por Luiz Barbosa. 

Em 1950, a canção Casinha da colina foi regravada na Odeon por Carioca e Sua Orquestra em ritmo de choro com vocal de Jamelão. No ano seguinte, Chuá, chuá e Casinha da colina foram regravadas em ritmo de baião por Mário Gennari Filho em interpretação solo de acordeom. 

Em 1952, o baião Nega suspira foi gravado em solo de flauta por Dante Santoro. No ano seguinte, Augusto Calheiros regravou Chuá, chuá. Em 1954, a canção Meu Brasil, com Olegário Mariano foi gravada por Vicente Celestino na RCA Victor. Em 1957, suas canções Chuá-chuá, com Ari Pavão, e Casinha da colina, com Luiz Peixoto, foram regravadas no LP Paulo Tapajós recorda gravado por Paulo Tapajós na Continental. Em 1962, Chuá, chuá foi regravada no LP Os velhinhos transviados, de Zé Menezes.

Em 1969, Chuá, chuá foi regravada pela dupla Tonico e Tinoco, e em 1976, por Rosinha de Valença no LP Cheiro de mato. Em 1981, Nalva Aguiar regravou Casinha da colina em LP lançado pela CBS. Em 1990, a dupla Pena Branca e Xavantino regravou Chuá, chuá. Em 2000, teve as composições Chuá, chuá, com Ari Pavão, Paulista de Macaé, Polícia já deu lá em casa e Meu Senhor do Bonfim, com Luiz Peixoto, interpretadas em show pelo conjunto Lira Carioca, especializado em música popular das primeiras décadas do século XX. Dois anos depois, essas músicas foram relançadas no CD "Notáveis desconhecidos" gravado pelo conjunto Lira Carioca.

Foi um dos principais nomes do teatro de revistas na década de 1920 e seu nome ficou eternizado na música popular brasileira com a canção "Chuá, chuá".

Obra

A flor de ingá, Abana! baiana! (c/ A. Carvalho), Água de coco, Ai xixi, Amor de tropeiro, Arte e bom gosto, Cabocla cheirosa (Irassucê) (c/ Alfredo Breda), Caiuby (Canção da cabocla bonita), Canção da noite, Cangote cheiroso, Casinha na colina (c/ Luiz Peixoto), Chuá, chuá (c/ Ary Pavão), Coração gaúcho, Cuscus, Entra no cordão, Esquecer-te nunca, Falsa jura, Feitiços de morena, Folgazão depois de velho (c/ Nagib Hankach), Leão da noite (Flor de sangue), Luar do Brasil, Meu Brasil (c/ Olegário Mariano), Meu Brasil, terra natal, Meu Senhor do Bonfim (c/ Marques Porto e Luiz Peixoto), Minha favela (c/ Marques Porto), Minha Santa Terezinha (c/ Alfredo Breda), Nas asas do amor, Nega suspira, O amor assim começa, O beicinho da crioula (c/ João Rossi), Oração da viola, Os canoeiros do norte, Pobre viola, Por que foi? (c/ Luiz Iglésias), Produto nacional, Quanto sofri, Quindins de iaiá (c/ C. M. Bittencourt), Rodolfo Valentino, Ruínas de um sonho, Sandália de couro (c/ Marques Porto e Ary Pavão), Saudades do meu sertão, Sempre a rir, Sorrir dormindo, Tristezas de rolinha, Vamos juntar os trapinhos?, Vou pra Bahia (c/ Correia da Silva), Voz da floresta.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB; Wikipédia.

domingo, 19 de setembro de 2010

Sandália de couro

Ari Pavão
Sandália de couro (maxixe, 1925) - Pedro de Sá Pereira, Ari Pavão e Marques Porto - Intérprete: Fernando

"Sandália de couro" é outro maxixe que integra a revista "Comidas, meu Santo!...", de autoria dos compositores Pedro de Sá Pereira, Ari Pavão e Marques Porto, também interpretado pelo cantor Fernando.

Disco selo: Odeon R / Título da música: Sandália de couro / Ari Pavão (Compositor) / Marques Porto (Compositor) / Pedro de Sá Pereira (Compositor) / Intérprete: Fernando / Coro do Jazz Band Sul Americano Romeu Silva (Acomp.) / Nº do Álbum: 122940 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Maxixe / Coleções: IMS, Nirez



A sorte quem dá é Deus
Pois não sejas linguarudo
A sorte quem dá é Deus
Pois não sejas linguarudo

Tua vida é muito triste
Por ver defeitinho em tudo
Tua vida é muito triste
Por ver defeitinho em tudo

Na Bahia tem ... (o quê, meu bem?)
Sandálias de couro ...


Fontes: Gazeta de Notícias, de 14/02/1925; Revista O Malho, de 20/06/1925; Instituto Moreira Salles.

Suspira, nega, suspira

Comidas, Meu Santo! de Marques Porto e Pavão, encenada no Teatro Recreio, Rio de Janeiro - 1925

Suspira nega, suspira (canção-maxixe, 1925) - Pedro de Sá Pereira - Interpretação: Fernando

O maxixe Suspira nega, Suspira, cantado por Fernando, foi composto por Pedro de Sá Pereira para a revista Comidas, meu Santo!... de Marques Porto e Ari Pavão. O sucesso no palco o projetou para as ruas, onde ganhou o gosto dos foliões.

Disco selo: Odeon R / Título da música: Suspira nega, suspira / Pedro de Sá Pereira (Compositor) / Fernando (Intérprete) / Coro (Acomp.) / Nº do Álbum: 122919 / Lançamento 1925 / Gênero musical: Maxixe / Coleções: IMS, Nirez


A sua letra aludia às maravilhas da vida moderna:

A última descoberta / Que fez sucesso, que fez furor
Que põe todo mundo alerta / Para solver os casos de amor
Já tem qualquer marmanjo / Sem que tal caso lhe impressione
Cuidando do seu arranjo / Diz à pequena no autofone:


Suspira, nega, suspira / Vai por meu conselho
Suspira, nega, suspira / Ai, suspira
Bem na boca do aparelho

Não tenha palpitações / Quem tem marido moço e brejeiro
E ponha as instalações / Mesmo debaixo do travesseiro
E destarte a qualquer hora / Caso o malandro custe a chegar
Botando o fone pra fora / Forçosamente tem que escutar:

Suspira, nega, suspira / Vai por meu conselho
Suspira, nega, suspira / Ai, suspira
Bem na boca do aparelho

Caiuby (Canção da cabocla bonita)

Vicente Celestino
Caiuby (Canção da Cabocla Bonita) (canção, 1923) - Pedro de Sá Pereira - Interpretação: Vicente Celestino

Disco selo: Odeon R / Título da música: Caiuby (Canção da Cabocla Bonita) / Pedro de Sá Pereira (Compositor) / Vicente Celestino (Intérprete) / Nº do Álbum: 122749 / Lançamento: 1924 / Gênero musical: Canção / Coleções: IMS, Nirez




quarta-feira, 5 de março de 2008

Meu Brasil

Olegário Mariano
Meu Brasil (canção, 1932) - Pedro de Sá Pereira e Olegário Mariano - Intérprete: Vicente Celestino

Disco 78 rpm / Título da música: Meu Brasil / Olegário Mariano, 1889-1958 (Compositor) / Pedro de Sá Pereira, 1892-1955 (Compositor) / Vicente Celestino (Intérprete) / Orquestra de Concertos Columbia (Acomp.) / Gravadora: Columbia / Data de lançamento: Abril/1932 / Nº do Álbum: 22105-b / Nº da Matriz: 381198-1 / Gênero musical: Canção patriótica / Coleções: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi


A minha terra,
Tesouros mil, no seio encerra
E linda e pura
Como no mundo não existe igual
Tanta fartura
A natureza, o céu a reflorir
Tem a ventura
Tem o condão de seduzir
Tem o condão de seduzir


A minha terra
Tesouros mil no seio encerra
Mulher amada
Abençoada por seu povo
No Mundo Novo
Não há quem tenha tal fulgor
Tanta riqueza
Tanto encanto e tanto amor

Diante de ti, Brasil
Meu céu azul, de anil
Não há no mundo alguém
Que não te queira bem
A natureza jogou em ti em luz
Tanta beleza
Que ninguém pode admirar
Sem se ajoelhar

Diante de ti, Brasil
Meu céu azul, de anil
Não há no mundo alguém
Que não te queira bem
A natureza jogou em ti sem ver
Tanta beleza
Que ninguém pode entender
Meu Brasil de um céu de anil



Fontes: Instituto Moreira Salles; Discografia Brasileira - IMS.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

A casinha da colina

Aracy Cortes - 1924
A canção "A casinha da colina", em fins de 1926, apareceu no teatro de revista do Rio de Janeiro cantada pela vedete Araci Cortes, com versos do revistógrafo Luiz Peixoto, sobre arranjo musical do maestro Pedro de Sá Pereira.

A letra muito extensa dessa canção (nada menos de 42 versos distribuídos por quatro estrofes) fora publicada em 1926 no Almanaque de modinhas, trazendo uma indicação significativa: "Versos de Luiz Peixoto - Música arranjo de Pedro de Sá Pereira".

Arranjo, apenas, porque na realidade, a música de "A casinha da colina" era a mesma da canção mexicana de Othon e Llera intitulada "La casita", gravada pela primeira vez para a Victor norte-americana na interpretação de Alcides Briceño (disco Victor nr. 73.943), e relançada em 1928 pela Brunswick, na voz de Gaston Flores, conservando o número da gravação original mexicana ou americana - Brunswick nr. 40.114-A.

Disco 10" / Título da música: La Casita (Canción / Our little home) / Manuel José Othon (Compositor) / Felipe Llera (Compositor) / Alcides Briceño (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Victor / Data da gravação: 18/06/1923, Nova York, NY / Nº Álbum 73943 / Matriz nº B-28092/3 / Lado indefinido / Gênero musical: Canção:



A casinha da colina (1926) - Versos de Luiz Peixoto e arranjo de Pedro de Sá Pereira

Disco 76 rpm / Título da música: A casinha (Casinha da colina) / Sílvio Vieira (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1927 / Nº Álbum 123116 / Lado indefinido / Gênero musical: Canção.


------------------------E
Você sabe de onde eu venho / Duma casinha que eu tenho
-------------------------B7
Fica dentro de um pomar / É uma casa pequenina

----------------------------------------------E-- B7-- E
Lá no alto da colina / De onde se ouve longe o mar
----------------------------------------------E7
Entre as palmeiras bizarras / Cantam todas as cigarras
-------------------------A------------ Am------------- E
Sob o por, de ouro, do sol / Do beiral vê-se o horizonte
---------------------------B7 -----------------------( E B7 E B7 )
No jardim canta uma fonte / E há na fonte um rouxinol

--------------E
Do jasmineiro tão branco / Tomba de leve no banco
---------------------------B7
A flor que ninguém colheu / No canteiro há uma rosinha
-----------------------------------------------E
No aprisco uma ovelhinha / E em casa, meu cão e eu.
--------------------------------------------E7
Junto à minha cabeceira / Minha santa padroeira
-----------------------A----------------- Am --------E
Que está sempre no altar / Cuida de mim, se adoeço
---------------------------B7 --------------------( E B7 E B7 )
Vela por mim se adormeço / E me acorda devagar . . . .

------E
Quando eu desço pela estrada / E olho a casa abandonada
-------------------------B7
Sinto ao vê-la, não sei o que . . . / Anda em tudo uma tristeza
-----------------------------------------------E
Como é triste a natureza / Com saudade de você.
-------------------------------------------------E7
Se você é minha amiguinha / Venha ver minha casinha
---------------------A-------------- Am---------- E
Minha santa e meu pomar / Meu cavalo é ligeiro
--------------------------B7----------------------- ( E B7 E B7)
É uma légua só de outeiro / Chega a tempo de voltar

E------------------------------------- E7
Mas, se acaso anoitecer / Tudo pode acontecer
-------------------A ---------------Am--------- E
Que será de mim depois / A casinha pequenina
---------------------B7----------------------- ( E B7 E )
Lá no alto da colina / Chega bem para nós dois . . . 




Fontes: A Música Popular No Romance Brasileiro, Volume 3 - Por José Ramos Tinhorão - Editora 34; The Library of Congress - National Jukebox - La Casita.

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Paulista de Macaé

Frederico Rocha
O presidente eleito em 1926, Washington Luís, embora tivesse feito carreira política em São Paulo, nascera no Estado do Rio, na cidade de Macaé. Daí o título da música. Depois de quatro anos de estado de sítio sob Artur Bernardes, o novo governo foi recebido pelo povo com alívio e otimismo. Mesmo assim, há preocupação com a desvalorização do cruzeiro.

Três explicações: a) o Palácio do Catete também era chamado de Palácio das Águias; b) o Caju é um dos mais importantes cemitérios do Rio; c) Jahú é o nome do avião que realizou a primeira travessia aérea do Oceano Atlântico, entre a África e o Brasil, em 1927.

Há outra versão dessa mesma música, em que se faz elogios a Washington Luís e críticas a Artur Bernardes, que foi cantada na peça de teatro-revista “Prestes a chegar”, de Marques Porto e Luiz Peixoto. Diz ela: “Paulista de Macaé/ O homem de fato é/ E no Palácio das Águias, olé/ Com o povo ele pôs o pé/ Se a rua piso/ Com o sorriso/ Democrático/ Té me chamam de simpático/ E chego a encabular/ Isso porque vivo/ Tranquilo e não me aflijo/ E em vez de Ilha do Rijo/ Busco o seio popular”. Na ilha do Rijo, na Baía de Guanabara, funcionavam instalações da Marinha.

Paulista de Macaé (marcha, 1926) - Pedro de Sá Pereira - Intérprete: Frederico Rocha

Disco selo: Odeon R / Título da música: Paulista de Macahé / Pedro de Sá Pereira, 1892-1955 (Compositor) / Frederico Rocha (Intérprete) / Orquestra ( Acomp.) / Nº do Álbum: 123252 / Nº da Matriz: 1034 / Lançamento: 1927 / Gênero musical: Toada popular / Coleções: IMS, Nirez



Nosso dinheiro, o cruzeiro, / Vai subindo,
Enquanto o câmbio vai caindo, / Dando ao povo o que falar.

E a oposição, / Que não perde a ocasião,
De respeito perde o jeito / E diz que a coisa vai quebrar.

Paulista de Macaé, / O homem de fato é.
E no Palácio das Águias, olé / Com o povo ele pôs o pé.

E a Prefeitura, / Sinecura desta terra,
Contra o qual o povo berra, / Faça chuva ou faça sol,

Tem um paulista / Pra que assista na cidade
Essa grande novidade / Que se chama futebol

E na Central / Que tanto morre altercaçando
E o povo vai camurçando / Direitinho pro Caju.

Se queres favor / Que mais arderam no concurso
Pelo ar vou viajar / Quando chegar o Jahú




Fonte: Franklin Martins - Site Oficial.

Chuá, chuá

O bonito e original guarda-roupa da revista "Comidas, Meu Santo!" de Marques Porto e Ari Pavão, encenada no Teatro Recreio, do Rio de Janeiro, em 1925.

"Deixa a cidade formosa morena / linda pequena / e volta ao sertão... Estes versos sintetizam o tema de "Chuá, Chuá" - o eterno confronto cidade/sertão -, tema que se repete em vários outros clássicos do repertório nacional. Destaca-se, porém, nesta canção um estribilho forte ("E a fonte cantá / chuá, chuá / e a água a corrê / chuê, chuê..."), fácil de cantar em terças, residindo aí, talvez, o motivo maior de sua popularidade.

Chuá, Chuá foi composto para a revista Comidas, meu Santo, encenada com sucesso no Teatro Recreio, no Rio de Janeiro, de junho a setembro de 1925.

Participantes dessa revista, os autores Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão sempre tiveram seus nomes ligados ao meio teatral, o primeiro como maestro e compositor o segundo como libretista.

Chuá, chuá (canção, 1925) - Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão - Intérprete: Fernando

Disco selo: Odeon R / Título: Chuá Chuá (Modinha da revista "Comidas meu Santo") / Pedro de Sá Pereira, 1892-1955 (Compositor) / Fernando (Intérprete) / Jazz Band Sul Americano Romeu Silva (Acomp.) / Coro (Acomp.) / Nº do Álbum: 122944 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Canção / Coleções: IMS, Nirez


--------------E --------Db7---- Gbm ------B7------- Gbm--- B7------ E
Deixa a cidade formosa morena /--- Volta pro ameno e doce sertão
------------Abm7----- Db7---- Gbm -----B7-------- Gbm---- B7------- E
Beber a água da fonte que canta /--- Que se levanta do meio do chão
-----------------------Db7------ Gbm ------B7 --------Gbm --B7- Bm7-- E7
Se tu nasceste cabocla cheirosa /----- Buscando o gozo do seio da terra
---------------A------ D------ Abm --------Db7----- Gbm---- B7------ E
Volta pra vida serena da roça /----- Daquela palhoça do velho sertão

---------------------Db7 ----Gbm -----B7------- Gbm---- B7------ E
A lua branca de cor prateada /---- Faz a jornada no alto dos céus
--------------Abm7------ Db7------ Gbm--- B7 ------Gbm----- B7-------- E
Como se fosse uma pomba altaneira / ---Da cachoeira fazendo escarcéus
-----------------------------Db7----- Gbm ----B7----- Gbm ----B7 -Bm7- E7
Quando essa lua lá na altura distante /---- Lira ofegante no poente a cair
-------------------A ---------D -------Abm7 ---------Db7------ Gbm --------B7----- E
Dá-me essa trova que o pinho descerra / Que eu volto pra serra, que eu quero partir

-----------------Gbm7 --B7 ----Gbm7----- B7--------- E------------- Bm7
E a fonte a cantar: chuá . . .chuá / E as águas a correr: chuá . . .chuê . . .
------E7 ----------A---------- -D ------Abm7 -------Db7 ------Gbm7 ----B7-------- E
Parece que alguém que cheio de mágoa / Deixasse quem há de dizer que a saudade
--------Abm7 --Gbm----- B7------ E
No meio das águas rolando também (bis)



História do Samba - Fascículos - Editora Globo - 1997.

Chuá, chuá

O bonito e original guarda-roupa da revista "Comidas, Meu Santo!" de Marques
Porto e Ari Pavão, encenada no Teatro Recreio, do Rio de Janeiro, em 1925.

"Deixa a cidade formosa morena / linda pequena / e volta ao sertão... Estes versos sintetizam o tema de "Chuá, Chuá" - o eterno confronto cidade/sertão -, tema que se repete em vários outros clássicos do repertório nacional.

Destaca-se, porém, nesta canção um estribilho forte ("E a fonte cantá / chuá, chuá / e a água a corrê / chuê, chuê..."), fácil de cantar em terças, residindo aí, talvez, o motivo maior de sua popularidade.

Chuá, Chuá foi composto para a revista Comidas, meu Santo, encenada com sucesso no Teatro Recreio, no Rio de Janeiro, de junho a setembro de 1925.

Participantes dessa revista, os autores Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão sempre tiveram seus nomes ligados ao meio teatral, o primeiro como maestro e compositor o segundo como libretista.

Chuá, chuá (canção, 1925) - Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão

Disco 76 rpm / Título: Chuá, chuá / Autoria: Pereira, Pedro de Sá, 1892-1955 (Compositor) / Fernando (Intérprete) / Coro (Acompanhante) / Jazz Band Sul û Americano Romeu Silva (Acompanhante) / Sá Pereira (Compositor) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1921-1926 / Nº Álbum 122944


--------------E --------Db7---- Gbm ------B7------- Gbm--- B7------ E
Deixa a cidade formosa morena /--- Volta pro ameno e doce sertão
------------Abm7----- Db7---- Gbm -----B7-------- Gbm---- B7------- E
Beber a água da fonte que canta /--- Que se levanta do meio do chão
-----------------------Db7------ Gbm ------B7 --------Gbm --B7- Bm7-- E7
Se tu nasceste cabocla cheirosa /----- Buscando o gozo do seio da terra
---------------A------ D------ Abm --------Db7----- Gbm---- B7------ E
Volta pra vida serena da roça /----- Daquela palhoça do velho sertão

---------------------Db7 ----Gbm -----B7------- Gbm---- B7------ E
A lua branca de cor prateada /---- Faz a jornada no alto dos céus
--------------Abm7------ Db7------ Gbm--- B7 ------Gbm----- B7-------- E
Como se fosse uma pomba altaneira / ---Da cachoeira fazendo escarcéus
-----------------------------Db7----- Gbm ----B7----- Gbm ----B7 -Bm7- E7
Quando essa lua lá na altura distante /---- Lira ofegante no poente a cair
-------------------A ---------D -------Abm7 ---------Db7------ Gbm --------B7----- E
Dá-me essa trova que o pinho descerra / Que eu volto pra serra, que eu quero partir

-----------------Gbm7 --B7 ----Gbm7----- B7--------- E------------- Bm7
E a fonte a cantar: chuá . . .chuá / E as águas a correr: chuá . . .chuê . . .
------E7 ----------A---------- -D ------Abm7 -------Db7 ------Gbm7 ----B7-------- E
Parece que alguém que cheio de mágoa / Deixasse quem há de dizer que a saudade
--------Abm7 --Gbm----- B7------ E
No meio das águas rolando também (bis)