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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Valsa verde

Capiba
Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (Surubim PE 28/10/1904 - Recife PE 31/12/1997), filho de um mestre de banda, viveu e respirou música desde a infância. Começou a trabalhar como pianista, ainda garoto em Campina Grande-PB. Depois de uns poucos anos em João Pessoa, onde completou o curso médio, e também trabalhou como músico.

Foi morar no Recife em 1930, quando passou num concurso para o Banco do Brasil, emprego que lhe daria segurança econômica para dar vazão ao seu enorme talento como compositor.

Em 1931 teve seu nome reconhecido como compositor, e músico da Jazz Band Acadêmica, na capital pernambucana, com Valsa verde (feita em parceria com Ferreira dos Santos).

Valsa verde (valsa, 1932) - Capiba (música) e Ferreira dos Santos (letra) - Interpretação: Sílvio Salema

Disco 78 rpm / Título da música: Valsa verde / Lourenço da Fonseca Barbosa "Capiba" (Compositor) / Ferreira dos Santos (Compositor) / Sílvio Salema (Intérprete) / Orquestra Guanabara (Acomp.) / Gravadora: Parlophon / Gravação: 1932 / Lançamento: 1932 / Nº do Álbum: 13392 / Nº da Matriz: 131359 / Gênero musical: Valsa / Coleção de origem: Nirez D



Interpretação de Paulinho da Viola e acompanhamento de Raphael Rabello


Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Pelos meus olhos tristes
Nunca percebia
Não sei quem és e te recordo
E te desejo tanto
Pra ilusão de minha vida...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Que o meu sonho de amor
De verde iluminou
Depois o anseio
Que em mim ficou...

E a minha vida desde então
Se transformou pela ilusão
Do teu olhar
Foste a quimera que fugiu
Deixando em mim como perfume
De um amor cruel
Que no meu tristonho coração
Fez palpitar a canção verde
Dessa ilusão que eu quis compor
Pensando em ti, pensando em ti
No meu amor, sim
No nosso amor...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Pelos meus olhos tristes
Nunca percebia
Não sei quem és
E te recordo
E te desejo tanto
Para a ilusão de minha vida...

Não sei bem quem és
Mas sei que entraste em meu olhar
Como na sombra entra uma réstia
De excelsa luz
Que o meu sonho de amor
De verde iluminou
Depois o anseio
Que em mim ficou...



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Sílvio Salema

O cantor e musicólogo Sílvio Salema (Sílvio Salema Garção Ribeiro), nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 30/10/1901 e faleceu na mesma cidade em 29/10/1976. Iniciou carreira como cantor em 1928, gravando na Parlophon a canção Benzinho do coração (Ari Kerner), e o tango Quando me beijas (Pedro Cabral), além do fado-tango Guitarrada (Eduardo Souto).

No ano seguinte gravou na Parlophon o tango Por um beijo do tempo (Pedro Cabral), a valsa Olhar de fogo (Plínio Brito), Modinha brasileira (De Chocolat) e, na Victor, o samba Virou boba (Sinhô), a valsa-canção Voz solitária (João Martins), o samba Rosa, meu amor (Rogério Guimarães e Dudu Filho) e a toada Quando as frô pega nascê (Josué de Barros e Rogério Guimarães).

Em 1930 gravou, na Victor, a marcha Eu sou é ulio (Freitinhas) e a valsa Inconstante (Edmundo Henriques). Gravou, em 1932, Onde está o meu amor (Capiba e J. Coelho Filho) e Valsa verde (Capiba e Ferreira dos Santos).

Dedicado à música brasileira nos aspectos popular, coral e sobretudo folclórico, tornou-se estudioso e pesquisador, chegando a escrever uma tese sobre a origem do samba, arquivada na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

Destacou-se também como professor, ensaiador e regente de canto orfeônico, tendo ao lado de Heitor Villa-Lobos incentivado o canto orfeônico escolar. Foi também autor de canções escolares como Carneirinho de algodão (com Villa-Lobos) e Soldadinhos (com Narbal Fontes).


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.