Banda da Casa Edison - Inícios do séc. XX |
Diariamente, o Morro da Graça no bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro era frequentado por dezenas de pessoas - senadores, deputados, juízes, empresários ou, simplesmente, candidatos a cargos públicos ou mandatos eletivos. A razão da romaria era que no alto do morro morava o general senador José Gomes Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador, que dominou a política nacional no início do século.
Pois foi para satirizar o comportamento desses bajuladores que o maestro Costa Júnior (Juca Storoni) fez a animada polca "No Bico da Chaleira", sucesso do carnaval de 1909: "Iaiá me deixe subir nessa ladeira / eu sou do grupo que pega na chaleira...". E tamanha foi a popularidade da composição que acabou por consagrar o uso dos termos "chaleira" e "chaleirar" como sinônimos de bajulador e bajular. Isso porque, dizia-se na época, o pessoal que subia a ladeira da Graça disputava acirradamente o privilégio de segurar a chaleira que supria de água quente o chimarrão do chefe.
Com a morte de Pinheiro Machado, assassinado por um débil mental em 1915, deram seu nome à Rua Guanabara, onde começava a subida para sua casa, na qual passou a funcionar o Colégio Sacre Coeur e tempos depois uma empresa construtora.
No bico da chaleira (polca, 1909) - Juca Storoni (Costa Júnior) - Interpretação: Banda da Casa Edison
Disco 78 rpm / Título da música: No bico da chaleira / Juca Storoni (Compositor) / Banda da Casa Edison (Intérprete) / Gravadora: Odeon Record / Nº do Álbum: 108086 / Nº da matriz: xR619 / Data de Gravação: 1908 / Lançamento: 1908 / Lado único / Gênero musical: Polca / Obs.: Na gravação anuncia "marcha carnavalesca"
Iaiá / Me deixa subir esta ladeira
Eu sou do bloco / Mas não pego na chaleira
Na casa do Seu Tomaz / Quem grita
É que manda mais
Que vem de lá / Bela Iaiá
Ó abre alas / Que eu quero passar
Sou Democrata / Águia de Prata
Vem cá mulata / Que me faz chorar
Neste mesmo ano, Eustórgio Wanderley compôs uma versão mais picante e maliciosa desta polca: No bico da chaleira - versão II, gravada na Casa Edison pelos Os Geraldos.
Fonte: A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34
Pois foi para satirizar o comportamento desses bajuladores que o maestro Costa Júnior (Juca Storoni) fez a animada polca "No Bico da Chaleira", sucesso do carnaval de 1909: "Iaiá me deixe subir nessa ladeira / eu sou do grupo que pega na chaleira...". E tamanha foi a popularidade da composição que acabou por consagrar o uso dos termos "chaleira" e "chaleirar" como sinônimos de bajulador e bajular. Isso porque, dizia-se na época, o pessoal que subia a ladeira da Graça disputava acirradamente o privilégio de segurar a chaleira que supria de água quente o chimarrão do chefe.
Com a morte de Pinheiro Machado, assassinado por um débil mental em 1915, deram seu nome à Rua Guanabara, onde começava a subida para sua casa, na qual passou a funcionar o Colégio Sacre Coeur e tempos depois uma empresa construtora.
No bico da chaleira (polca, 1909) - Juca Storoni (Costa Júnior) - Interpretação: Banda da Casa Edison
Disco 78 rpm / Título da música: No bico da chaleira / Juca Storoni (Compositor) / Banda da Casa Edison (Intérprete) / Gravadora: Odeon Record / Nº do Álbum: 108086 / Nº da matriz: xR619 / Data de Gravação: 1908 / Lançamento: 1908 / Lado único / Gênero musical: Polca / Obs.: Na gravação anuncia "marcha carnavalesca"
Iaiá / Me deixa subir esta ladeira
Eu sou do bloco / Mas não pego na chaleira
Na casa do Seu Tomaz / Quem grita
É que manda mais
Que vem de lá / Bela Iaiá
Ó abre alas / Que eu quero passar
Sou Democrata / Águia de Prata
Vem cá mulata / Que me faz chorar
Neste mesmo ano, Eustórgio Wanderley compôs uma versão mais picante e maliciosa desta polca: No bico da chaleira - versão II, gravada na Casa Edison pelos Os Geraldos.
Fonte: A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34
Nenhum comentário:
Postar um comentário