Ascendino Lisboa, cantor e compositor, nasceu em Rio Tinto/PB e faleceu em 23/6/1975. Atuou entre fins da década de 1920 e fins da década de 1930. Gravou seu primeiro disco pela Victor em 1929 com acompanhamento da orquestra Victor cantando os sambas Dou tudo, de André Filho e Tapeação, de João Martins.
No mesmo ano, gravou na Parlophon com acompanhamento da Simão Nacional Orquestra os sambas Antes só, de Nílton Bastos e Sabes por que, de Aprígio de Carvalho.Em 1933, gravou pela Victor os sambas Canta bem-te-vi, de Guilherme Pereira e Agora é tarde, de André Filho, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu. Em seguida, gravou em dueto com Raul Torres as modas-de-viola Boi amarelinho, de Raul Torres, e Pro mode namoração, de sua autoria.
Nesse ano, ingressou na Columbia e gravou os sambas Falta de consciência, de Ary Barroso e Zombando da vida, de Ary Barroso e M. L. de Azevedo com acompanhamento de I . Kolman e sua orquestra do Lido do Rio de Janeiro. No ano seguinte gravou a canção Quando a noite vem, de sua autoria.
Em 1935, formou uma orquestra da qual fez parte o regente e instrumentista Aristides Zacarias e viajou ao Rio Grande do Sul para inaugurar o Cassino Farroupilha, de Porto Alegre, apresentando-se nas comemorações do Centenário Farroupilha e na Rádio Farroupilha.
Foi contratado pela Odeon em 1936 e gravou com acompanhamento de Antenógenes Silva ao acordeom as marchas Minha linda Guanabara e Boneca não tem coração, de Antenógenes Silva e Ernâni Campos. No ano seguinte, lançou de Bonfiglio de Oliveira e Valfrido Silva a marcha Margarida e o maxixe O teu sapateado com acompanhamento da Orquestra Odeon. Gravou oito discos pelas gravadoras Odeon, Columbia, Parlophon e Victor.
Em 1997, sua interpretação do maxixe O teu sapateado, de Bonfiglio de Oliveira e Valfrido Silva foi relançada pelo selo Revivendo no CD Bomfiglio de Oliveira - Compositor e Trompetista de Ouro. Outra gravação sua relançada pelo mesmo selo foi a da canção Quando a noite vem, de sua autoria.
Em 2003, sua interpretação do samba Zombando da vida, de Ary Barroso e M.L. Azevedo foi relançada no primeiro volume da série de seis CDs lançados pelo selo Revivendo em homenagem ao centeário de nascimento do compositor mineiro.
Em 2004, teve sua interpretação da moda-de-viola Boi amarelinho, de Raul Torres gravada em dueto com o autor relançada pelo selo Revivendo no CD Raul Torres e seus parceiros. Nesse ano, o governador da Paraíba asssinou o termo de lançamento do início das obras para a construção de uma praça com seu nome no município de Rio Tinto, onde nasceu.
Fonte: Adaptação do Dicionário Cravo Albin da MPB - Ascendino Lisboa
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