Armandinho (Armando Neves), instrumentista e compositor, nasceu em Campinas-SP (28/11/1902) e faleceu em São Paulo-SP (12/10/1976). Freqüentava na infância a casa do professor de violino Antônio Paula de Sousa, e já tocava violão, de ouvido, pois nunca aprendeu a ler e escrever uma nota musical. Quem transcrevia suas composições para o papel era o seu professor.
Foi jogador de futebol até 1919, depois boiadeiro pelo interior de São Paulo. Aos 21 anos transferiu-se para São Paulo, estudando violão com os irmãos José e Joaquim Matoso e em 1926 com Larosa Sobrinho, com quem ingressou na Rádio educadora Paulista (hoje Gazeta), organizando o primeiro Conjunto Regional de São Paulo. No final do ano seguinte, entrou para o conjunto Os Turunas Paulistas, de Canhoto, considerado o melhor violonista da época.
Com a morte de Canhoto, em 1928, ingressou na então inaugurada Rádio Record, organizando o primeiro regional dessa emissora, do qual seria chefe durante 30 anos. Em 1930 tocou para o violonista paraguaio Agustín Barrios e, nesse mesmo ano, gravou dois discos para a Parlophon, com Larosa Sobrinho.
Especializado em acompanhamento ao violão, fez somente uma gravação de solo, num disco 78 rpm, de propriedade particular, com o selo Decelith, em 1938. Funcionário público da Secretaria de Estado e Saúde Pública aposentou-se em 1955.
Suas composições foram gravadas por Garoto, José Menezes, Aimoré, Antônio Rago e Geraldo Ribeiro, entre outros. Seu choro Mafuá foi gravado por José Meneses na Sinter, em 1957. Essa mesma música foi gravada por Aimoré em janeiro de 1966. Em abril de 1966, Antônio Rago gravou Maxixe. Em 1970, Geraldo Ribeiro incluiu algumas músicas suas no LP Geraldo Ribeiro, na Fermata.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora / PubliFolha.
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