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Sua fama transpôs as fronteiras do estado de São Paulo e espalhou-se por todo o país em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando sempre à meia-noite, transmitia com entusiasmo as idéias do movimento.
Em 1933, chegava ao Rio de Janeiro para assinar contrato na Rádio Mayrink Veiga, como locutor e diretor artístico. Deu novo ritmo à programação da emissora, dividindo-a em horários definidos e especializados, e um epíteto consagrador a cada artista do seu elenco, como “pequena notável”, para Carmen Miranda; “o cantor que dispensa adjetivos”, para Carlos Galhardo; e “o cantor das mil e uma fãs”, para Ciro Monteiro.
Despertou o gosto dos ouvintes para a crônica vibrante, o editorial e o comentário e difundiu programas literário-musicais de fim de noite, estimulando a cultura e colocando a Mayrink Veiga na preferência dos ouvintes.
Locutor mais imitado do rádio brasileiro, em 1948 transferiu-se para a Rádio Nacional, onde apresentou com grande sucesso o programa Seu criado, obrigado, ao lado de Dayse Lúcidi, durante dez anos, e a Crônica da cidade, por 20 anos.
Marido da atriz Renata Fronzi, César Ladeira participou ainda de alguns filmes brasileiros e criou a Empresa Brasileira de Comédias Musicais, produzindo o Café Concerto, espetáculo de luxo encenado nas boates cariocas Casablanca e Acapulco. Em 1967, apresentava-se em teatros de comédia na extinta TV Tupi do Rio.
Fontes: Nomes que Fizeram a História do Rádio; VIP - 1 de dezembro.
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