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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Os Carbonos


Os Carbonos - Grupo vocal e instrumental paulistano formado pelos sobrinhos dos Trigêmeos Vocalistas, os irmãos Mário Bruno Gonçalves Carezzato (São Paulo SP 1941-), teclados, e os gêmeos Raul e Humberto Carezzato Sobrinho (São Paulo SP 1946-), vocais e contrabaixo, além de Antônio Carlos de Abreu (São Paulo SP 1946-), bateria, e Ricardo Fernandes de Morais (São Paulo SP 1953-), guitarra-base.

Iniciaram a carreira com o nome The Witchcraft, depois, como Os Quentes, gravaram um compacto na Mocambo/Rozenblit. Em 1966, por sugestão da gravadora Beverly, o grupo se especializou em reproduzir fielmente os sucessos alheios, procedimento então inusitado no Brasil.

Com o nome Os Carbonos, o grupo foi um dos precursores do cover dos anos de 1980 e 1990. Lançaram cerca de 20 LPs e participaram das gravações de artistas como Paulo Sérgio, Nelson Ned, Wanderley Cardoso, Terry Winter, Morris Albert e a dupla João Mineiro e Marciano.

Como The Magnetic Sounds, gravaram discos e acompanharam os cantores Gilbert e Norma Aguiar na série de LPs Super erótica (1972-1973, New Records). Gravaram também com os nomes Andróides, The Mackenzie Group, Carbono 14 e outros, além de se apresentarem em bailes, principalmente no Norte-Nordeste.

No final da década de 1990, passaram a acompanhar o cantor Gilliard em discos e shows.
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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

domingo, 29 de outubro de 2006

Época de Ouro


Em 1964, quando Jacob do Bandolim (Jacob Pick Bittencourt) resolveu reunir em torno de si os melhores executantes dos conjuntos regionais das rádios e estúdios de gravação do Rio de Janeiro, não poderia ter sido mais feliz na escolha do nome do grupo.

Época de Ouro retrata não só o momento raro da música popular brasileira ao qual se refere o nome, como o faz da maneira mais brilhante, mais virtuosa que se poderia encontrar no gênero.

Eram famosos os ensaios no casarão de Jacarepaguá, o castelo de Jacob. O menino Paulinho da Viola acompanhava o pai, o senhorial violonista César Farias, carregando o violão para ter o privilégio de sentar-se silenciosamente a um canto e ouvir os deuses.

Sentados em semicírculo ("chorão" tem de ver as caras dos companheiros, tocar "namorando"), liderados pelo bandolim, lá estavam, além do seis cordas de César, o solene sete-cordas de Horondino Silva, o Dino, o outro "seis" de Carlinhos, o estupendo cavaquinho de Jonas e o pandeiro cantabile de Gilberto.

Passava-se uma vez a melodia, luzes acesas. A segunda era no escuro. Terminada, o vozeirão de Jacob corrigia cada raro erro, que não escapava nenhum a seu ouvido. O mestre só se contentava com a perfeição. Os crescendos e diminuendos maravilhosos em Noites cariocas, por exemplo, são frutos de muito ensaio e burilamento.

Damásio entrou no lugar de Carlinhos. Jorge assumiu o pandeiro de Gilberto. Jacob morreu e seu aluno Deo Rian empunhou o bandolim, e o Época de Ouro continuou a cintilar belezas sonoras.

Qualquer apresentação do grupo sempre foi garantia de música brasileira de primeiríssima qualidade. Mantida por sua formação atual, de que fazem parte os originais Dino e César, mais o também antigo Jorge no pandeiro, Ronaldo no bandolim, Jorge Filho, cavaquinho, e Toni no segundo violão de seis cordas.

Arley Pereira /ENSAIO / 23/5/1997