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sábado, 1 de agosto de 2009

Isaías e seus Chorões

Grupo de choro formado por Isaías Bueno de Almeida (São Paulo, 1937 - bandolim), Israel Bueno de Almeida (São Paulo, 1943 - violão de 7 cordas), Waldomiro Marçola (violão), Dorival Malavasi (São Paulo, 1934 - cavaquinho), Clodoaldo Coelho da Silva (São Paulo, 1936 - pandeiro), Valdir Guidi (reco-reco, cacheta e ganzá), Vicente de Paula Salvia - Viché - piano), Roberto Sion (flauta) e Toninho Carrasqueira (flauta) em São Paulo.

Entre os integrantes também faziam parte dois filhos do clarinetista de orquestra Benedito Bueno de Almeida. Isaías começou a tocar bandolim com 10 anos de idade em 1947 e, logo depois, seu irmão Israel, quatro anos mais novo, iniciou-se no cavaquinho.

Em 1953, começaram a atuar em programas de calouros, chegando a formar um conjunto com o violonista Antonio Edgard Gianor, lendário modernizador de harmonias. Três anos depois, foi apresentado por Jacob do Bandolim na segunda "Noite dos Choristas" e, a partir daí, tornou-se o mais respeitado bandolinista de São Paulo.

Sempre disposto a improvisar, não teve para isso o apoio de Jacob do Bandolim. Ao contrário do irmão, totalmente apegado ao gênero "Choro", Israel passou depois para o violão, tocando bossa-nova, e para a guitarra, integrando conjuntos de iê-iê-iê.

Mais tarde, enveredou pelo jazz, estudou violão clássico e assimilou o violão de 7 cordas, fechando um ciclo que o trouxe de volta ao choro. Com o programa "O Choro das sextas-feiras" apresentado na TV Cultura a partir de 1973, no qual atuava ao lado do Conjunto Atlântico, Isaías passou a ser destaque nacional.

Em 1974, recebeu o Prêmio APCA de revelação do ano. O começo dos anos 70 marcou também o nascimento de Isaías e Seus Chorões, que contava, além de Israel, com gente também vinda de famílias de músicos, como o cavaquinista Dorival, filho do saxofonista Ernesto Malavasi, e o pandeirista Clodoaldo Coelho da Silva, cujo pai, Álvaro, chegou a atuar com o Bando da Lua.

O grupo participou de diversos programas sobre choro na TV Cultura de São Paulo, além de ter acompanhado artistas importantes no cenário da MPB: Paulinho da Viola, Arthur Moreira Lima e Altamiro Carrilho, entre outros.

Depois de gravar os discos "O fino do bandolim", com choros clássico e "O regional brasileiro na música dos Beatles", o grupo lançou, na virada dos 80, o LP "Pé na cadeira". O repertório resgatou músicas raras de pioneiros como Joaquim Callado, Carramona (Albertino Pimentel) e Nelson Alves.

Duas personalidades importantes do bandolim tocado em São Paulo figuram entre os autores: Amador Pinho, espécie de professor informal de Isaías, e Mario Moretti, bandolinista virtuoso ainda em atividade. O LP foi remasterizado para CD no ano de 1999 e lançado pela gravadora Kuarup.

Fontes: http://www.samba-choro.com.br/artistas/isaiaseseuschoroes; www.diconáriompb.com.br.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Os Carbonos


Os Carbonos - Grupo vocal e instrumental paulistano formado pelos sobrinhos dos Trigêmeos Vocalistas, os irmãos Mário Bruno Gonçalves Carezzato (São Paulo SP 1941-), teclados, e os gêmeos Raul e Humberto Carezzato Sobrinho (São Paulo SP 1946-), vocais e contrabaixo, além de Antônio Carlos de Abreu (São Paulo SP 1946-), bateria, e Ricardo Fernandes de Morais (São Paulo SP 1953-), guitarra-base.

Iniciaram a carreira com o nome The Witchcraft, depois, como Os Quentes, gravaram um compacto na Mocambo/Rozenblit. Em 1966, por sugestão da gravadora Beverly, o grupo se especializou em reproduzir fielmente os sucessos alheios, procedimento então inusitado no Brasil.

Com o nome Os Carbonos, o grupo foi um dos precursores do cover dos anos de 1980 e 1990. Lançaram cerca de 20 LPs e participaram das gravações de artistas como Paulo Sérgio, Nelson Ned, Wanderley Cardoso, Terry Winter, Morris Albert e a dupla João Mineiro e Marciano.

Como The Magnetic Sounds, gravaram discos e acompanharam os cantores Gilbert e Norma Aguiar na série de LPs Super erótica (1972-1973, New Records). Gravaram também com os nomes Andróides, The Mackenzie Group, Carbono 14 e outros, além de se apresentarem em bailes, principalmente no Norte-Nordeste.

No final da década de 1990, passaram a acompanhar o cantor Gilliard em discos e shows.
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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

domingo, 29 de outubro de 2006

Época de Ouro


Em 1964, quando Jacob do Bandolim (Jacob Pick Bittencourt) resolveu reunir em torno de si os melhores executantes dos conjuntos regionais das rádios e estúdios de gravação do Rio de Janeiro, não poderia ter sido mais feliz na escolha do nome do grupo.

Época de Ouro retrata não só o momento raro da música popular brasileira ao qual se refere o nome, como o faz da maneira mais brilhante, mais virtuosa que se poderia encontrar no gênero.

Eram famosos os ensaios no casarão de Jacarepaguá, o castelo de Jacob. O menino Paulinho da Viola acompanhava o pai, o senhorial violonista César Farias, carregando o violão para ter o privilégio de sentar-se silenciosamente a um canto e ouvir os deuses.

Sentados em semicírculo ("chorão" tem de ver as caras dos companheiros, tocar "namorando"), liderados pelo bandolim, lá estavam, além do seis cordas de César, o solene sete-cordas de Horondino Silva, o Dino, o outro "seis" de Carlinhos, o estupendo cavaquinho de Jonas e o pandeiro cantabile de Gilberto.

Passava-se uma vez a melodia, luzes acesas. A segunda era no escuro. Terminada, o vozeirão de Jacob corrigia cada raro erro, que não escapava nenhum a seu ouvido. O mestre só se contentava com a perfeição. Os crescendos e diminuendos maravilhosos em Noites cariocas, por exemplo, são frutos de muito ensaio e burilamento.

Damásio entrou no lugar de Carlinhos. Jorge assumiu o pandeiro de Gilberto. Jacob morreu e seu aluno Deo Rian empunhou o bandolim, e o Época de Ouro continuou a cintilar belezas sonoras.

Qualquer apresentação do grupo sempre foi garantia de música brasileira de primeiríssima qualidade. Mantida por sua formação atual, de que fazem parte os originais Dino e César, mais o também antigo Jorge no pandeiro, Ronaldo no bandolim, Jorge Filho, cavaquinho, e Toni no segundo violão de seis cordas.

Arley Pereira /ENSAIO / 23/5/1997

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Garotos da Lua

Garotos da Lua – Grupo vocal inspirado no estilo de grupos vocais americanos, que já teve em sua formação Jonas Silva, Acyr Bastos Mello, Milton Silva, Alvinho Sena, Toninho Botelho e João Gilberto.

Estreou em disco em 1946, gravando na Continental a rumba Caravana, versão de Ernâni Reis para a composição Caravan, do músico americano Duke Ellington e In the Mood, de J. Garland, em versão para samba de autoria de Inaldo Vilarim.

Em 1947, gravaram pela Star o samba Se ela reclamar, de Nestor de Holanda e Geraldo Medeiros, e a marcha Cê-cê, de G. Queiroz e Marrins, com versão de Carvalhinho. São de 1950 as gravações, pela Todamérica, da marcha Recruta biruta, de Antônio Almeida, Nássara e Alberto Ribeiro, e do samba Bateria, sentido, de Erasmo Silva.

Em 1951, lançaram o bolero Quando você recordar, de Valter Souza e Milton Silva, e os sambas Amar é bom, de Zé Kéti e Jorge Abdala, e Anjo cruel, de Wilson Batista e Alberto Rego. Em 1953, foram gravados na Sinter, os sambas O direito de chorar e Não interessa, de Russo do Pandeiro e Aristeu Queiroz.

Em 1954, gravaram os sambas Oh, sol, de Ari Macedo e Ari dos Santos, e Não adianta, de Raimundo Olavo e Rogério Nascimento, e ainda a valsa O homem do trapézio, de O'Kee e R. Sinatra, com versão de Haroldo Barbosa, e o samba Feitiço da Vila, de Noel Rosa e Vadico.

São de 1956 as gravações do samba Não diga não, de Tito Madi e Georges Henri, e do beguine Vou tentar esquecer, de Edgardo Luiz. Em 1957, o vocal gravou na RCA Victor o calipso Matilda, de H. Thomas, com versão de Júlio Nagib, e o samba Ginga das palmas, de Carioca.