José Maria de Abreu, compositor, instrumentista e regente, nasceu em Jacareí SP, em 12/11/1911, e faleceu no Rio de Janeiro em 15/11/1966. Iniciou-se na música com o pai, o maestro Juvenal Roberto de Abreu, que lhe ensinou os rudimentos musicais no violão, piano, trompete e violino.
Em 1917, mudou-se com a família para São Paulo SP, e em 1921 para Itapetininga SP. Em 1922 era o primeiro trompete da banda da escola, tendo nessa época composto sua primeira música, o Hino do grupo escolar.
Em 1926 começou a trabalhar na orquestra do Cine Íris, de Itapetininga, tocando trompete, violino e, logo depois, piano. No ano seguinte ingressou na Escola de Farmácia de Itapetininga, abandonando-a logo em seguida para substituir o maestro da companhia de revistas de Otília Amorim, Sebastião Arruda e Abílio Meneses. Ainda em 1927 atuou como maestro no Teatro Boa Vista, em São Paulo, onde passou a viver em 1928, trabalhando como pianista nas casas Sotero e Di Franco. Nesse mesmo ano apareceu uma de suas primeiras músicas gravadas - Recordando (com Salvador de Morais) -, valsa interpretada por Francisco Alves.
Por ocasião da revolução de 1932, compôs o hino Vencer ou morrer, com versos de Ari Kerner. Quando se transferiu para o Rio de Janeiro, em 1933, inscreveu Promessa (com Ari Kerner) num concurso de músicas juninas promovido pelo jornal A Noite, obtendo o primeiro lugar. Logo depois a canção foi gravada por Gastão Formenti.
De 1933 a 1938 atuou como pianista contratado da Rádio Mayrink Veiga e em 1934 escreveu a opereta Sonho Azul, com libreto de Ciro Ribeiro e Raul Sena. Ainda nesse ano tornou-se parceiro de Francisco Matoso, com quem fez alguns dos maiores clássicos do gênero romântico da década de 1930.
Seu primeiro êxito foi também a primeira música da dupla, Boa noite, amor, valsa gravada em 1936 por Francisco Alves, que mais tarde passou a ser prefixo do cantor na Rádio Nacional. Dessa parceria surgiriam ainda outros sucessos, como o samba-canção Fui feliz (1936), a canção Cancioneiro (1936) e as valsas Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim (1940) e Horas iguais (1937).
Em 1938 ingressou na Rádio Clube (hoje Mundial) como pianista, tendo feito, nessa época, várias versões de música popular estrangeira. Com a morte de Francisco Matoso em 1941, tornou-se parceiro de Jair Amorim em 1942, com quem, durante dez anos, compôs seus sucessos mais conhecidos, como Um cantinho e você (1948), Ponto final (1949), Alguém como tu (1952) e Sempre teu. Grande melodista, seu slogan era "Rei da Valsa".
Algumas músicas
Obras
Ainda uma vez (c/Francisco Matoso), fox-canção, 1938; Alguém (c/Francisco Matoso), valsa, 1938; Alguém como tu (c/Jair Amorim), samba, 1952; Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim (c/Francisco Matoso), valsa, 1940; Boa noite, amor (c/Francisco Matoso), valsa, 1936; Brigamos outra vez (c/Jair Amorim), fox-canção, 1946; Cancioneiro (c/Francisco Matoso), canção, 1936; Um cantinho e você (c/Jair Amorim), samba, 1948; Eu, você e mais ninguém (c/Saint-Clair Sena), fox-trot, 1942; Horas iguais (c/Francisco Matoso), valsa, 1937; Italiana (c/Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago), valsa, 1936; Mais uma valsa, mais uma saudade (c/Lamartine Babo), valsa, 1937; Naná (c/Jair Amorim), fox-trot, 1946; Não me pergunte (c/Jair Amorim), samba, 1949; Pegando fogo (c/Francisco Matoso), marcha, 1939; Solidão (com Francisco Matoso), samba-canção, 1937; Torre de marfim (c/0svaldo Santiago e Paulo Barbosa), valsa, 1938; Uma valsa azul (c/Lamartine Babo), valsa, 1944; Valsa da formatura (c/Lamartine Babo), valsa, 1952; Vingança (c/Francisco Matoso), canção regional, 1936; Você de mim não tem dó, toada, 1949.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.
A minha família dizia que um primo do meu avô estaria no bando da lua. O nome do meu avô era Ewald Soares de Abreu. Diziam que este primo tinha o apelido de Zequinha???
ResponderExcluirpitagoras682000@yahoo.com.br
Ewald Soares de Abreu (1907-1979) era filho de Alfredo Ribeiro de Abreu e Elza Rumann Soares (da família Câncio Pereira Soares) do RJ
ExcluirJoão Almiro - Lisboa - Portugal
Ewald Soares de Abreu (1907-1979) era filho de Alfredo Ribeiro de Abreu e Elza Rumann Soares (da família Câncio Pereira Soares) do RJ
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