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sábado, 17 de abril de 2010

Inhana

Inhana (Ana Eufrosina da Silva Santos), cantora, nasceu em Araras, SP (28/03/1923) e faleceu em São Paulo, SP (11/06/1981). Começou sua carreira atuando como solista em um conjunto formado com seus irmãos.

Em 1941 conheceu a dupla Chopp e Cascatinha. Nesse mesmo ano se casou com Cascatinha, formando-se então o Trio Esmeralda, adotando a partir dessa época o nome artístico de Inhana.

Seguiram para o Rio de Janeiro, onde conseguiram fazer um certo sucesso, recebendo vários prêmios nas apresentações em programas de rádio, como o de César Ladeira na Rádio Mayrink Veiga, Manoel Marcelos e Papel Carbono, os dois na Rádio Nacional.

Em 1942 Chopp deixou o grupo, prosseguindo a dupla Cascatinha e Inhana, ingressando a dupla no elenco do Circo Estrela D'Alva, fazendo excurções pelos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Devolta à São Paulo passaram a atuar no Circo Imperial, onde permaneceram por cinco anos.

Em 1947 cantaram pela primeira vez em rádio como dupla, na Bauru Rádio Clube. Em 1950 Cascatinha e Inhana foram contratados pela Rádio Record, onde ficaram por doze anos. Gravaram o primeiro disco em 1951 na gravadora Todamérica, registrando as músicas La paloma (Iradier - Pedro Almeida) e Fronteiriça (José Fortuna).

Em 1952 a dupla gravou os dois maiores sucessos de sua carreira, as guarânias Meu primeiro amor (Lejania) (H. Gimenez - versão: José Fortuna - Pinheirinho Jr.) e Índia (J. A. Flores - M. O. Guerrero - versão: José Fortuna), que a despeito de serem versões de música estrangeira podem ainda assim ser consideradas dois grandes clássicos da MPB, seja pelas gravações de imenso sucesso de Cascatinha e Inhana assim como suas regravações, feitas por grandes nomes como Maria Bethânia e Gal Costa.

Em 1953 a dupla gravou Mulher rendeira (motivo folclórico - arranjos: João de Barro). Em 1955 a dupla participou do filme Carnaval em Lá Maior, de Ademar Gonzaga. Nesse mesmo ano fizeram sucesso com a música Despertar do sertão (Pádua Muniz - Elpídio dos Santos). Outro grande sucesso foi Colcha de retalhos (Raul Torres), gravada em 1959.

Chamados de "Os Sabiás do Sertão", a dupla Cascatinha e Inhana é ainda hoje a mais importante dupla sertaneja da história da MPB, apesar do imenso sucesso popular de duplas surgidas à partir da década de 70. Permaneceram ativos e gravando regularmente até a morte de Inhana, em 1981.

Na década de 90 a gravadora Revivendo lançou uma série de CDs reunindo diversas gravações de Cascatinha & Inhana. Cascatinha ainda lançou um disco solo em 1982, e faleceu em 1986.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Ave Maria do sertão

Cascatinha-Inhana
Ave Maria do Sertão (toada, 1952) - Pádua Muniz e Conde - Interpretação: Cascatinha e Inhana

Disco 78 rpm / Título da música: Ave Maria do Sertão / Conde (Compositor) / Muniz, Pádua (Compositor) / Cascatinha (Intérprete) / Inhana (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Todamérica, 1952 / Nº Álbum: TA 5202 / Gênero musical: Canção / Toada.


Tom: G

    E             B7/9  E
Quando a tarde declina
            E
Veste a campina
     E/G#     F#m
Seu manto de prata
          B7
Tudo é beleza,
   B7/F#    B7
Sorri a natureza
    B7/F#    E
No verde da mata.

             Bm
Regressa da roça
           E7
Pra sua palhoça
            A   A#°
De pés no chão,
                E   C#m
E a cabocla bonita
               C7+
Roga a paz infinita
    B7     E   B7
Em sua oração

E  E/G#  F#m  B7  B7/F#  B7 E  F#m B7
Ave    Maria  do meu    sertão
E  E/G#   F#m  B7  B7/F#  B7    E B7 D E7
Dai paz e amor pro   meu   coração

            A
Acordes divinos
           A/C#
Tangem os sinos
        Bm
Na capelinha.
            E7
Violas, violões,
  E7/B     E7
Soluçam paixões
 E7/B   A
Numa tendinha.

             Em
Regressa da roça
           A7
Pra sua palhoça
            D   D#° A/E
De pés no chão,
        F#°      A   F#m
E a cabocla bonita
               F7+
Roga a paz infinita
    E7     A  E7
Em sua oração

A C#m   Bm  E7 E7/B E7 A  E7
Ave   Maria do meu sertão
 A  C#m  Bm     E7  E7/B   E7  A  E G7
Dai paz e amor pro   meu   coração

C Em    Dm  G7  G7/D  G7 C   G7
Ave   Maria do meu   sertão
 C   Em  Dm   G7  G7/D   G7  C
Dai paz e amor pro   meu   coração

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Tema novo


Tema novo - João Pacífico - Intérprete: Irmãs Galvão

LP Sinfonia Nacional / Título da música: Tema Novo / João Pacífico (Compositor) / Irmãs Galvão (Intérprete) / Gravadora: Califórnia / Ano: 1977 / Álbum: CL 4132 / Lado B / Faixa 4 / Gênero musical: Regional / Sertanejo.



Quis fazer um tema novo
E pensei bastante
Antes de escrever
Eu não quis falar de amor
Nem saudade, dor
E nada de sofrer
Em lugar de nostalgia
Quis dar alegria
Ao meu coração
Comecei tudo sorrindo
E que tema lindo
Para uma canção
Mas nesta segunda parte
Talvez por pura emoção
Fiz um acorde muito triste
Sem querer no violão
Transformou todo o meu tema
Acabei magoando meu coração
Ele é muito delicado
Em histórias de amor
Por incrível que pareça
Eu não pude mais
Eu não queria assim
Eu queria paz
Vejam só que ironia
Que amargura de um compositor
Tive que gravar chorando
E o tema terminei na dor

Colcha de retalhos

Cascatinha-Inhana
Colcha de retalhos - Raul Torres - Interpretação: Cascatinha e Inhana

Disco 78 rpm / Título da música: Colcha De Retalhos / Raul Torres (Compositor) / Cascatinha e Inhana (Intérprete) / Gravadora: Todamérica / Ano: 1959 / Álbum: TA-5.803 / Lado B / Gênero musical: Regional / Sertanejo.


Tom: E

E
Aquela colcha de retalhos que tu fizeste
                                   B7
Juntando pedaço em pedaço foi costurada
Serviu para nosso abrigo em nossa pobreza
   E               B7                   E    E7
Aquela colcha de retalhos está bem guardada
  A
Agora na vida rica que estas vivendo
                               E
Terás como agasalho colcha de cetim
                                        B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
                                         E    B7
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim
    E
Eu sei que hoje não te lembras dos dias amargos
                                     B7
Que junto de mim fizeste um lindo trabalho
E nessa sua vida elegre tens o que queres
    E                  B7                  E     E7
Eu sei que esqueceste agora a colcha de retalhos
  A
Agora na vida rica que estas vivendo
                               E
Terás como agasalho colcha de cetim
                                        B7
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
                                         E  B7  E
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim

Meu primeiro amor (Lejania)


Meu primeiro amor (Lejania) (1952) - Hermínio Gimenez - Versão de José Fortuna e Pinheirinho Júnior - Interpretação de Cascatinha e Inhana

Disco 78 rpm / Título da música: Meu Primeiro Amor (Lejania) / Hermínio Gimenez (Compositor) / José Fortuna (Compositor) / Pinheirinho Júnior (Compositor) / Cascatinha e Inhana (Intérprete) / Gravadora: Todamérica / Ano: 1952 / Álbum: TA-5179 / Lado B.

LP 10' Cascatinha e Inhana Cantando Pra Você / Título da música: Meu Primeiro Amor (Lejania) / Hermínio Gimenez (Compositor) / José Fortuna (Compositor) / Pinheirinho Júnior (Compositor) / Cascatinha e Inhana (Intérprete) / Gravadora: Todamérica / Ano: 1955 / Álbum: LPP-TA-6 / Lado A / Faixa 4 / Obs.: Gravação 78 rpm do álbum TA-5179 de 1952.


Am
Saudade, palavra triste
            E7
Quando se perde um grande amor

Na estrada longa da vida
                         Am
Eu vou chorando a minha dor

Igual uma borboleta
           E7
Vagando triste por sobre a flor
     F7
Seu nome, sempre em meus lábios
                        E7
Irei chamando por onde for
A7
Você nem sequer se lembra
                         Dm
De ouvir a voz desse sofredor
                      Am
Que implora por seu carinho
         E7              A  E7
Só um pouquinho do seu amor
               A
Meu primeiro amor

Tão cedo acabou
                             E7
Só a dor deixou nesse peito meu

Meu primeiro amor

Foi como uma flor
                          A
Que desabrochou e logo morreu

Nessa solidão
                           A7
Sem ter alegria o que me alivia
                  D
São meus tristes ais

São prantos de dor
                A
Que dos olhos caem

É porque bem sei
                E7
Quem eu tanto amei
             A
Não verei jamais

Uirapuru

Uirapuru (toada, 1963) - Jacobina e Murilo Latini - Intérprete: Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano

LP Os Anjos Cantam - Vol. 2 - Nilo Amaro E Seus Cantores De Ébano / Título da música: Uirapuru / Jacobina (Compositor) / Murillo Latini (Compositor) / Nilo Amaro (Intérprete) / Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1963 / Álbum: MOFB 3355 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Toada.


Tom: E

  Refrão: 
     E           A 
Uirapuru, Uirapuru, 
      B7                        E 
Seresteiro, cantador do meu sertão, 
      E7            A 
Uirapuru, ô, Uirapuru, 
          B7                        E 
Tens no canto as mágoas do meu coração. 
 
                       E7            A 
A mata inteira, fica muda ao teu cantar, 
         B7                     E 
Tudo se cala, para ouvir tua canção, 
                        E7        A 
Que vai ao céu, numa sentida melodia, 
       B7                         E 
Vai a Deus, em forma triste de oração. 
 
Refrão 
 
            E             E7         A 
Se Deus ouvisse o que te sai do coração, 
       B7                       E 
Entenderia, que é de dor tua canção, 
                        E7         A 
E dos seus olhos tanto pranto rolaria, 
       B7                     E 
Que daria pra salvar o meu sertão. 
 
       E7        A 
Uirapuru, Uirapuru, 
      B7                       E 
Seresteiro, cantador do meu sertão, 
       E7           A 
Uirapuru, ô, Uirapuru, 
         B7                         E 
Tens no canto as mágoas do meu coração. 

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Índia

Cascatinha e Inhana
Índia (guarânia, 1952) - Jose A. Flores e Manoel Ortiz Guerreiro - Versão de José Fortuna - Interpretação de Cascatinha e Inhana

Disco 78 rpm / Título da música: Índia / Flores, José Assuncion (Compositor) / Fortuna, José (Compositor) / Guerreiro, M. Ortiz (Compositor) / Cascatinha (Intérprete) / Inhana (Intérprete) / Conjunto Típico (Acompanhante) / Salinas (Acompanhante) / Assuncion, J (Compositor) / Imprenta [S.l.]: Todamérica, 1952 / Nº Álbum 5179 / Gênero musical: Guarânia.


Intro.: Gm F A7 D (2x)

Dm  
 Índia, seus cabelos nos ombros caídos  
                         Gm          Dm  
 Negros como a noite que não tem luar  
 Seus lábios de rosa, para mim, sorrindo  
                     Gm           Dm  
 E a doce meiguice desse seu olhar  
     Gm              F  
 Índia da pele morena  
 A7  D BIS A7  
 Sua boca pequena eu quero beijar  
 D                        Em A7           D  
 Índia, sangue tupi, tem  o cheiro da flor  
                      Em  
 Vem, eu quero lhe dar   
 A7                    D  
 Todo o meu grande amor  
 
                             Dm  
 Quando eu for embora para bem distante  
                    Gm             Dm  
 E chegar a hora de dizer-lhe adeus  
 Fique nos meus braços só mais um instante  
                         Gm             Dm  
 Deixa os meus lábios se unirem aos seus  
 Gm                    F  
 Índia, levarei saudade   
 A7 D BIS A7  
 Da felicidade que você me deu  
 D                       Em  A7       D  
 Índia, a sua imagem sempre comigo vai  
                             A7             D  Bb7  
 Dentro do meu coração, flor do meu Paraguai  

terça-feira, 11 de abril de 2006

Cascatinha e Inhana

Cascatinha e Inhana - Dupla sertaneja formada por Francisco dos Santos, o Cascatinha (Araraquara SP 20/4/1919-São José do Rio Preto SP 14/3/1996) e Ana Eufrosina da Silva Santos, a Inhana (Araras SP 28/3/1923-São Paulo SP 11/6/1981).


Aos 18 anos, Francisco cantava ao violão modinhas, canções e valsas românticas, e tocava bateria. Com a chegada do Circo Nova Iorque a sua cidade, formou dupla com Chopp, artista do circo, usando o pseudônimo de Cascatinha, marca de cerveja, para combinar com o do parceiro.

A dupla tornou-se conhecida em pouco tempo, transformando-se, em 1941, no Trio Esmeralda, quando Francisco se casou com Ana, chegando então a ganhar, no Rio de Janeiro RJ, prêmios no programa César Ladeira, da Rádio Mayrink Veiga, e nos programas de Manuel Barcelos e Papel Carbono, de Renato Murce, da Rádio Nacional.

Em 1942 Chopp separou-se do casal, enquanto a dupla restante ingressava no Circo Estrela-Dalva, excursionando entre o Rio de Janeiro e São Paulo, e passando depois por vários circos e parques de diversões, como o Imperial, onde atuaram durante cinco anos. Em São Paulo, em 1947, atuou na Rádio América.

Em 1950, a dupla foi contratada pela Rádio Record, onde permaneceu 12 anos, estreando em disco na Todamérica em 1951, com Fronteiriça, de Zé Fortuna, compositor preferido de Cascatinha. Nessa época a dupla fez tanto sucesso com as composições de Elpídio Santos Despertar do sertão e Ave Maria do sertão (ambas de parceria com Pádua Moniz), que Cascatinha foi nomeado diretor-artístico da gravadora.

Na Todamérica, em 1952, a dupla lançou um 78 rpm que trazia Índia (Maria Ortiz Guerrero e José Asunción Flores, versão de José Fortuna) e Meu primeiro amor (versão de José Fortuna para Lejanias, de Hermínio Giménez), batendo todos os recordes de vendagem.

Em 1955 participaram do filme de Ademar Gonzaga Carnaval em lá maior, interpretando Meu primeiro amor. Em 1966 a dupla gravou o LP Vinte e cinco anos (RCA-Camden), lançado em 1967, alcançando sucesso com Vinte e cinco anos (Nonô Basílio), O menino do circo (Eli Camargo), Flor do cafezal (Carlos Paraná) e A estrela que surgiu (Zacarias Mourão e Mário Albanesi).

Pela Chantecler lançou, em 1970, o LP Dueto de amor, incluindo os sucessos Amor eterno (Alfredo Borba e Edson Borges), Se tu voltasses (Cascatinha e Carijó), Como te quero (Alberto Conde e Nilza Nunes) e Castigo (Marciano Marques de Oliveira). Dois anos depois gravou com êxito, pela Continental, Olhos tristonhos (Dora Moreno).

No Teatro Alfredo Mesquita, de São Paulo, em 1978, levaram o espetáculo Índia, de grande repercussão, no qual contaram sua trajetória artística. Durante toda a carreira, a dupla percorreu vários Estados brasileiros, atuando em circos, emissoras de rádio e televisão, além de gravar mais de 30 discos. Em 1995 a gravadora Revivendo lançou, em dois CDs, uma coletânea de seus maiores sucessos.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.