Ronaldo Bastos (Ronaldo Bastos Ribeiro, Niterói-RJ, 21/1/1948—), compositor e produtor, começou a atuar profissionalmente a partir de 1967, mas seu gosto pela música se manifestou já aos dez anos de idade. Nos anos seguintes, matava aulas para ir à casa do compositor Heitor dos Prazeres. Com os colegas da escola criava marchinhas carnavalescas.
Conheceu Milton Nascimento, seu primeiro parceiro profissional, no final dos anos de 1960, no Teatro Jovem, no Rio de Janeiro, no espetáculo Rosa de Ouro. Juntos compuseram Três Pontas, depois vieram os clássicos Fé cega, faca amolada e Nada será como antes. Foi desta parceria com Milton Nascimento que se estabeleceu o Clube da Esquina.
Na década de 1970, formou-se em jornalismo pela UFRJ. Ainda nessa década, compôs com Milton Nascimento Cravo e canela, gravada por Caetano Veloso no disco Araçá azul. Na década de 1980, compôs com Lulu Santos Um certo alguém.
Entre outros, teve parceiros como Tom Jobim, Marina, Beto Guedes, Toninho Horta, Djavan, Caetano Veloso e João Donato. Renomado por suas versões, fez os versos em português de Lately (Stevie Wonder), com o nome de Nada mais, gravada com grande sucesso por Gal Costa, e de Till There Was You (John Lennon e Paul McCartney), com o nome de Quando te vi, gravada por Beto Guedes, bem como transcreveu para o inglês Nada será como antes (com Milton Nascimento), que se tornou Nothing Will Be As It Was e foi gravada por Sarah Vaughan no disco Brazilian Romance.
Como produtor, foi diversas vezes premiado pelos discos de Milton Nascimento, Beto Guedes, Nana Caymmi, Toninho Horta e outros. Entre seus trabalhos como produtor, destacam-se também Tubarões voadores, de Arrigo Barnabé, e Felino, de Luís Melodia.
Possui o selo Dubas Música, criado em 1994, em que produziu, entre outros, Clube da Esquina 2, de Milton Nascimento, e Amor de índio, de Beto Guedes.
Em 1994 e 1997, lançou, ao lado do violonista Celso Fonseca, os CDs Sorte e Paradiso, este considerado um dos melhores de 1997.
Obras
Cais (c/Milton Nascimento), 1972; Fé cega, faca amolada (c/Milton Nascimento), 1975; Lumiar (c/Beto Guedes), 1977; Nada será como antes (c/Milton Nascimento), 1972; Trem azul (c/Lô Borges), 1982; Zanga zangada (c/Edu Lobo), 1973.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.
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