Os compositores Luís Reis e Luís Antônio são os autores do samba “Bloco de Sujo”, cuja letra expressa as manifestações populares típicas do carnaval de rua, onde o improviso e a desorganização são a tônica: o grupo de foliões com fantasias improvisadas, ou mesmo de roupa comum, reúnem-se ao som de instrumentos também improvisados e desfilam pelas ruas da cidade, cantando e dançando.
As Gatas gravaram esse samba, em 1969, após terem vencido o Concurso de Músicas de Carnaval, no ano anterior, na TV Tupi, promovido pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som.
Bloco de Sujo (samba/carnaval, 1969) - Luís Reis e Luís Antônio - Intérprete: As Gatas
LP Samba Incrementado - Raul Moreno / As Gatas / Título: Bloco de Sujo / Luís Reis (Compositor) / Luís Antônio (Compositor) / Gravadora: Enir Discos / Ano: 1969 / Nº Álbum: E-9.012 / Lado B / Faixa 6 / Gênero musical: Batuque /Carnaval.
Olha o bloco de sujo / Que não tem fantasia
Mas que traz alegria / Para o povo sambar
Olha o bloco de sujo / Vai batendo na lata
Alegria barata / Carnaval é pular.
Olha o bloco de sujo / Que não tem fantasia
Mas que traz alegria / Para o povo sambar
Olha o bloco de sujo / Vai batendo na lata
Alegria barata / Carnaval é pular.
Plác, plac, plac / Bate a lata
Plac, plac, plac / Bate a lata
Plac, plac, plac / Se não tem tamborim! Plac, plac, plac / Bate a lata
Plac, plac, plac / Bate a lata
Plac, plac, plac / Carnaval é assim!
Noel Rosa de Oliveira e Elza Soares puxando o samba / Agência O Globo / 17.02.1969
"O carnaval de 1969 não começou bem para o Salgueiro. A escolha de um enredo sobre a Bahia deixou toda a comunidade cismada: afinal, cantar tema baiano no desfile não dava sorte, dizia a lenda. Outro ponto que deixava a turma desconfiada era a falta de dinheiro. A escola enfrentava dificuldades, mas os carnavalescos Arlindo Rodrigues e Fernando Pamplona acharam a saída para a penúria: eles eram os responsáveis pela decoração do baile de carnaval do Copacabana Palace e, não à toa, fizeram as peças em vermelho e branco.
O baile era no sábado, e o Salgueiro só desfilaria domingo... Não foi surpresa ver muitos daqueles adereços da festa do Copa na Avenida, ornando o desfile do Salgueiro.
Além da criatividade de seus carnavalescos (que a partir deste ano contaram com a ajuda de Maria Augusta), o Salgueiro tinha um belo samba (de Bala e Manoel Rosa), cantado na Avenida por Elza Soares; uma bateria afiada (comandada por Gavilan e, vejam só, Almir Guineto); e o ótimo casal de mestre-sala e porta-bandeira Élcio PV e Estandília. A escola ainda tinha outro trunfo: organizada por Laíla, era a única das grandes que passava rápido pela Avenida. A estratégia era não cansar o público e deixar um gostinho de "quero mais".
O resultado não poderia ser outro: Salgueiro campeão do carnaval, deixando uma imagem para a história: a da Iemanjá feita por Arlindo Rodrigues. Toda cheia de espelhos, a alegoria aproveitou o sol da manhã para refletir os raios e, assim, criar uma cena inesquecível" (Fonte: Extra Globo).
"Bahia de todos os deuses" foi o samba-enredo que deu o título do Carnaval do Rio de Janeiro para o Salgueiro no ano de 1969. Seus compositores foram Bala e Manuel Rosa. Foi reeditado pela Tradição em 2006 e mais tarde seria reeditado pela Viradouro em 2009, mas pelo fato do regulamento daquele ano proibir as reedições, não pode ser apresentado. Foi interpretado originalmente pelos cantores Jair Rodrigues e Elza Soares.
Bahia de Todos Os Deuses (samba-enredo/carnaval, 1969 ) - Bala e Manoel Rosa - Intérprete: Elza Soares
LP Elza, Carnaval & Samba / Título da música: Bahia de Todos Os Deuses (Salgueiro - Samba-Enredo 1969) / Bala (Compositor) / Manoel Rosa (Compositor) / Elza Soares (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1969 / Nº Álbum: MOFB 3589 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba-enredo / Carnaval.
Tom : E
E7M C#7.9
Bahia, os meus olhos estão brilhando
B7-9
Meu coração palpitando
Bb7-9 E7M
De tanta felicidade,
C#7.9 F#m7
És a rainha da beleza universal,
B7.9 E7M
Minha queria Bahia,
F#m7
Muito antes do Império
C7-9 E7M
Foi a primeira Capital
F#m7
Preto-velho Benedito já dizia:
B7-9 Bb7-9 E7M
Felicidade também mora na Bahia.
F#m7
Sua história, sua glória
Seu nome é tradição,
B7-9 B7/#9
Bahia do velho mercado
E7M
Subida da Conceição,
F#m7
És tão rica em minerais
C7-9
Tem cacau, tem carnaúba,
Bb7-9 E7M
Famoso jacarandá,
F#m7
Terra abençoada pelos deuses
B7-9 E7M
E o petróleo a jorrar,
B7-9
Nega baiana,
E7M
Tabuleiro de quindim,
F#m7
Todo dia ela está
B7-9 E7M
Na igreja do Bonfim,
F#m7
Na ladeira tem,
B7-9 E7M
Tem capoeira
Zunzunzunzun,
F#m7
Zunzunzunzun,
B7-9 E7M
Capoeira mata um - Bis
B7-9
Bahia, Bahia
Letra:
Bahia, os meus olhos estão brilhando,
Meu coração palpitando
De tanta felicidade.
És a rainha da beleza universal,
Minha querida Bahia,
Muito antes do Império
Foste a primeira capital.
Preto Velho Benedito já dizia
Felicidade também mora na Bahia,
Tua história, tua glória
Teu nome é tradição,
Bahia do velho mercado
Subida da Conceição.
És tão rica em minerais,
Tens cacau, tens carnaúba,
Famoso jacarandá,
Terra abençoada pelos deuses,
E o petróleo a jorrar
Nega baiana,
Tabuleiro de quindim,
Todo dia ela está
Na igreja do Bonfim, oi
Na ladeira tem, tem capoeira,
Zum, zum, zum,
Zum, zum, zum,
Capoeira mata um !
LP Carnaval Rio 1969 / Título da música: Avenida Iluminada / Brasinha (Compositor) / Newton Teixeira (Compositor) / Zé Keti (Intérprete) / Gravadora: RCA Camden / Ano: 1968 / Nº Álbum: CALB 5202 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Marcha-rancho / Carnaval.
Tom: GG7D7
Eu vinha pela madrugada,
G
pela avenida toda iluminada,
Am
Amanhã, os ranchos vão passar,
D7G
e o meu amor, vai desfilar,
Am
Já vejo o meu amor sorrindo,
B7G
ganhando aplausos, da multidão,
CG
Sem saber que estão rolando,
D7GG7
as lágrimas, do meu coração,
CG
Sem saber que estão rolando,
D7GG7
As lágrimas, do meu coração.
CG
Lá rá ra rá rá Lá rá ra rá rá
D7G
Lá rá ra rá Lá rá ra rá rá
Letra:
Eu vinha pela madrugada,
Pela avenida toda iluminada,
Amanhã, os ranchos vão passar,
E o meu amor, vai desfilar,
Já vejo o meu amor sorrindo,
Ganhando aplausos, da multidão,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração.
Eu vinha pela madrugada,
Pela avenida toda iluminada,
Amanhã, os ranchos vão passar,
E o meu amor, vai desfilar,
Já vejo o meu amor sorrindo,
Ganhando aplausos, da multidão,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração,
Sem saber que estão rolando,
As lágrimas, do meu coração....
LP Verde Que Te Quero Rosa / Título da música: Tempos Idos / Cartola (Compositor) / Carlos Cachaça (Compositor) / Cartola (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1977 / Nº Álbum: 103.0227 / Lado A / Faixa 6 / Gênero musical: Samba / MPB.
Tom: G
Introd: Em7Gm7F#m7B7EmA7D6/9D6/9
Os tempos idos
F°
Nunca esquecidos
EmA7
Trazem saudades ao recordar
D6/9F°
É com tristezas que relembro
EmA7
Coisas remotas que não vêm mais
Am7D7
Uma escola na Praça Onze
G7G6
Testemunha ocular
E7/9
E, perto dela, uma balança
Em7A7
Onde os malandros iam sambar
D6/9F°
Depois, aos poucos, o nosso samba
Em7A7
Sem sentirmos, se aprimorou
Am7D7
Pelos salões da sociedade
G7B7
Sem cerimônia, ele entrou
EmGm7
Já não pertence mais à Praça
F#m7B7
Já não é samba de terreiro
Gm6A7/13D6/9
Vitorioso, ele partiu para o estrangeiro
Em7
E muito bem representado
A7D6/9
Por inspiração de geniais artistas
Am7D7
O nosso samba, humilde samba
G7G6
Foi de conquistas em conquistas
Gm
Conseguiu penetrar no Municipal
A7D6/9
Depois de percorrer todo o universo
B7E7/9
Com a mesma roupagem que saiu daqui
Em7A7D6/9
Exibiu-se para a duquesa de Kent no Itamaraty