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sábado, 1 de agosto de 2009

Amália Rodrigues


A ligação artística e efetiva de Amália Rodrigues com o público brasileiro, que tanto admira, sempre foi muito estreita e carinhosa. Saiu ela para cantar em outras terras, pela primeira vez, em 1943, na vizinha Espanha.

Em 1944, mesmo na época perigosa da guerra, sua segunda viagem internacional já teria a direção do Rio de Janeiro, viagem repetida em 1945, quando grava na Continental, e em 1949, em ambas as oportunidades também se apresentando em São Paulo. Foram em seguida tantas as vindas e tantos os seus triunfos no Brasil que se torna difícil e desnecessário enumerá-los.

De família modesta da Beira Baixa, Amália da Piedade Rodrigues, nasceria, todavia, por acaso, em Lisboa, em 1920, num dia e mês que a memória de seus familiares nunca conseguiu determinar com exatidão. Até os quatorze anos, ficou na casa de seus avós maternos, na capital portuguesa.

Muito pequena, em casa, a pedido de seu avô começou a cantar, e depois nas festas escolares. A escola freqüentaria até os doze anos, deixando os estudos para ser bordadeira, passadeira de roupa, empregada de fábrica de doces e vendedora de laranjas no cais lisboeta.

Ao voltar para junto de seus pais e irmãos na Beira Baixa, no Fundão, na serra da Estrela, continuou a fazer o que mais gostava, cantar em toda a parte.

"Cantei desde menina, quando andava descalça e seguia os cegos que pediam esmolas. Quando comecei, inovei o fado. Sou filha de gente da Beira Baixa, gente que tem uma maneira diferente de cantar e esta minha maneira foi considerada uma inovação. Depois mudei, estou sempre mudando aqui dentro e por isto minha música muda. Sou desigual, canto como estou sentindo, por isso canto sempre diferente."

Em meados de 1939, sua vida profissional de cantora tem início quando aceita convite para atuar no Retiro da Severa, em Lisboa, prestigiosa casa de música portuguesa típica. Rapidamente Amália começa a construir sua fama.

Ao mesmo tempo em que se apresenta nas melhores casas noturnas, inclui o teatro de revista, o radio, o disco, as excursões, inclusive internacionais, na sua agenda cada vez mais lotada. O cinema aparece-lhe em 1947. Dois anos atua no filme Vendaval Maravilhoso (Vida e Amores de Castro Alves), uma co-produção luso-brasileira, com locações no Brasil e em Portugal.

Sua glória mundial faz-se perante platéias as mais variadas e exigentes: Madri, Rio de Janeiro, São Paulo, Paris, Londres, Nova Iorque, Milão, Tóquio, Buenos Aires, Cidade do México e tantas outras pelo mundo a fora. E onde não chega pessoalmente, seus discos levam sua voz.

"O fado me deu muito mais do que eu dei a ele. Minha voz foi somente o veículo humilde através do qual a alma de minha terra chegou a todas as partes do mundo".

Além de tudo, Amália era despojada das humanas vaidades. Mas quem pode pensar no fado e não pensar imediatamente em Amália Rodrigues?

Faleceu em 05/10/1999.

Fonte: http://www.revivendomusicas.com.br/biografias_detalhes.asp?id=211

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Ester de Abreu


Ester de Abreu (Ester de Abreu Pereira), cantora, nasceu em Lisboa, Portugal, em 25/10/1921 e faleceu no Rio de Janeiro em 24/2/1997. Cantora em programas infantis estreou profissionalmente na Rádio Nacional de Lisboa, em 1940.


Em 1948 veio para o Brasil, para uma temporada de dois meses, no Copacabana Palace Hotel, finda a qual se fixou no Rio de Janeiro, como contratada da Rádio Nacional. Seu grande sucesso ocorreu em 1952, com a gravação do fado-canção Coimbra (José Galhardo e Raul Ferrão), pela Sinter.

Além de interpretar fados e canções, gravou samba-canções, baiões e músicas carnavalescas, como Cabral no Carnaval (1953), marchinha de Blecaute, e Ou vai ou racha (1953), marcha de Luís Antônio e José Batista, ambas pela Sinter.

Destacam-se também em sua carreira de intérprete as gravações do bolero Outras mulheres (Francisco Neto e Humberto de Carvalho), do fado Perseguição (Adelino de Sousa e Carlos da Maia) e do bolero Reflete, amor, do acordeonista português Antônio Mestre.

Por volta da década de 70 afastou-se das atividades artísticas.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Barco negro


Barco Negro (Mãe Preta) (fado, 1980) - Caco Velho, David Mourão Ferreira e Piratini - Intérprete: Ney Matogrosso

LP Ney Matogrosso - Sujeito Estranho / Título da música: Barco Negro (Mãe Preta) / Piratini Compositor) / David Mourão Ferreira (Compositor) / Caco Velho (Compositor) / Ney Matogrosso (Intérprete) / Gravadora: WEA / Ano: 1980 / Nº Álbum: BR 32.056 / Lado B / Faixa 3.


Tom: A

Int.: (E A)

A
De manhã que medo
        E         A
Que me achasses feia
Acordei tremendo
      A7      D
Deitada na areia
 A
Mas logo os teus olhos
    A7        D
Disseram que não
  E          A
E o sol penetrou
    E      A   (A)
No meu coração

      A
Vi depois numa rocha
Uma cruz
E o teu barco negro
   A7       D
Dançava na luz
    A
Vi teu braço acenando
          A7       D
Entre as velas já soltas
Dizem as velhas das praia
          E
Que não voltas
      A
São loucas
      Am
São loucas

     E
Eu sei meu amor
                    A
Que nem chegaste a partir
      E
Pois tudo ao meu redor
                           A
Me diz que estás sempre comigo
A
No vento que lança
    E       A
A areia no vidro
Na água que canta
     A7     D
No fogo mortiço
A
No calor do leito
    A7     D
No vento vazio
 E             A
Dentro do meu peito
      E         A   (D Dm A A7)
Estás sempre comigo

    E
Eu sei meu amor
                    A
Que nem chegaste a partir
      E
Pois tudo ao meu redor
                          A    (A D)
Me diz que estás sempre comigo

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Lisboa antiga


Lisboa Antiga (fado) - Amadeu do Vale, Raul Portela e José Galhardo - Intérprete: Gilda Valença

LP 10' Gilda Valença Canta Para Você / Título da música: Lisboa Antiga / Amadeu do Vale (Compositor) / Raul Portela (Compositor) / José Galhardo (Compositor) / Gilda Valença (Intérprete) / Gravadora: Sinter / Ano: 1956 / Nº Álbum: SLP 1066 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Fado.


(Am)        Dm    E7
Lisboa, velha cidade
                    Am
Cheia de encanto e beleza
     G7
Sempre formosa a sorrir
  F             E7      Am
E no vestir, sempre airosa.
Dm
O branco véu da saudade
E7                Am    E7    (A)
Cobre o teu rosto oh linda princesa!

Bm         E7
Olhai, Senhores
                      A
Esta Lisboa de outras eras
E7
Os cinco reis das esperas
D        A
E das touradas reais,
D                             A
Das festas das seculares procissões,
                        E7
Dos populares pregões matinais,
     A       F      A
Que já não voltam mais ! . . . 

terça-feira, 18 de julho de 2006

Foi Deus

Foi Deus (fado) - Alberto Janes - Interpretação: Nelson Gonçalves

LP Só Nós Dois / Título da música: Foi Deus / Alberto Janes (Compositor) / Nelson Gonçalves (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1970 / Nº Álbum: BBL 1540 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Fado.


     G    C             G
Não sei,  não sabe ninguém
Porque canto fado,  neste tom magoado
D7
De dor e de pranto . . .
E neste momento, todo sofrimento
Eu sinto que a alma cá dentro se acalma
G       C    D7
Nos versos que canto

 G          C                 G
Foi Deus,  que deu  luz aos olhos
G7                                C
Perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar
Cm                 G       G-Gb-F-E
Ai, foi Deus que me pôs no peito
Am               D7               G     D7
Um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar
G     E7                  Am    Gb7
E pôs as estrelas no céu  /   Fez o espaço sem fim
(Bm)             D7               G  C D7
Deu luto as andorinhas / Ai . . .deu-me esta voz a mim

   G      C               G
Se canto, não sei porque canto
D7
Misto de ternura, saudade, ventura e talvez de amor
Mas sei que cantando
Sinto o mesmo quando, me vem um desgosto
G     C  D7
E o pranto no rosto nos deixa melhor

    G         C            G
Foi Deus, que deu voz ao vento
G7                C
Luz no firmamento / E pôs o azul nas ondas do mar
Cm                  G       G-Gb-F-E
Ai foi Deus, que me pôs no peito
Am                D7               G    D7
Um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar
G    E7                  Am    Gb7
Fez o poeta o rouxinol  /  Pôs no campo o alecrim
Bm             D7              G  C (G)
Deu flores à primavera ai.../  E deu-me esta voz a mim

domingo, 4 de junho de 2006

Só nós dois


Só Nós Dois (fado) - Joaquim Pimentel - Interpretação: Nelson Gonçalves

LP Só Nós Dois / Título da música: Só Nós Dois / Joaquim Pimentel (Compositor) / Nelson Gonçalves (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1970 / Nº Álbum: BBL 1540 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Fado.


Fm 
 Só nós dois é que sabemos 
                        C7 
 O quanto nos queremos bem 
 Só nós dois é que sabemos 
                         Fm 
 Só nós dois e mais ninguém 
 Só nós doi avaliamos 
  F7                   A#m 
 Este amor forte e profundo 
                    Fm 
Quando o amor acontece 
      C7              Fm 
 Não pede licença ao mundo 
 D#7 
 Anda, abraça-me, beija-me 
                      G#7 
 Encosta teu peito ao meu 
                       C7 
 Esquece o que vai na rua 
                        Fm 
 Vem ser minha e serei teu 
 Que falem não nos interessa 
    F7              A#m 
 O mundo não nos importa 
                  Fm 
 O nosso mundo começa 
     C7              Fm 
 Cá dentro da nossa porta 
 Só nós dois compreendemos 
                     C7 
 O calor dos nossos beijos 
 Só nós dois é que sofremos 
                  Fm 
 A tortura dos desejos 
 Vamos viver o presente 
  F7                 A#m 
 Tal qual a vida nos dá 
                    Fm 
 O que reserva o futuro 
     C7               Fm 
 Só Deus sabe o que será 
 D#7 
 Anda, abraça-me, beija-me 
                      G#7 
 Encosta teu peito ao meu 
                       C7 
 Esquece o que vai na rua 
                        Fm 
 Vem ser minha e serei teu 
 Que falem não nos interessa 
    F7              A#m 
 O mundo não nos importa 
                  Fm 
 O nosso mundo começa 
     C7              Fm 
 Cá dentro da nossa porta. 

Nem às paredes confesso

Nem às Paredes Confesso (fado, 1969) - Artur Ribeiro, Ferrer Trindade e Maximiano de Souza - Interpretação: Nelson Gonçalves

LP Nelson Gonçalves - Apelo / Título da música: Nem Às Paredes Confesso / Artur Ribeiro (Compositor) / Ferrer Trindade (Compositor) / Maximiano de Souza (Compositor) / Nelson Gonçalves (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1969 / Nº Álbum: BBL 1494 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Fado.


Introdução: E7  A  A#°  B7  E  Em

       Em
 Não queiras gostar de mim
                Am
 Sem que eu te peça
                         B7
Nem me dês nada que ao fim
           Em
 Eu não mereça

 Vê se me deitas depois
 E7          Am
  Culpas no rosto
            Em
 Eu sou sincero
              B7
 Porque não quero
               E
 Dar-te um desgosto

 De quem eu gosto
                    F#m
 Nem às paredes confesso
         B7
 E nem aposto
                       E
 Que não gosto de ninguém
          E7
 Podes rogar, podes chorar
           A
 Podes sorrir também
 A#°          B7
  De quem eu gosto
                    E
 Nem às paredes confesso
 Em
  Quem sabe se te esqueci
            Am
 Ou se te quero
                        B7
 Quem sabe até se é por ti
                 Em
 Que eu tanto espero

 Se gosto ou não afinal
 E7         Am
  Isso é comigo
               Em
 Mesmo que penses
            B7
 Que me convences
          E
 Nada te digo

 De que eu gosto...

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Coimbra

Coimbra (fado) - Raul Ferrão e José Galhardo - Interpretação: Caetano Veloso

CD Omaggio A Federico E Giulietta / Título da música: Coimbra / Raul Ferrão (Compositor) / José Galhardo (Compositor) / Caetano Veloso (Intérprete) / Gravadora: Universal Music / Ano: 1999 / Álbum: 73145466382 / Faixa 18 / Gravado ao vivo no Teatro Nuovo, Dogana, República de San Marino, de 28 a 30 de outubro de 1997.


Tom: A  

Am           Am7+
  Coimbra do choupal
   Am7          Am6
  ainda és capital
       F7+/A      Am
  do amor em Portugal
   E7
  ainda
  Coimbra onde uma vez
  com lágrimas se fez
  a história desta Inês
      Am    E7
  tão linda
    Am            Am7+
  Coimbra das canções
       Am7            Am6
  tão meigas que nos põe
      F7+/A      Am
  os nossos corações
    E7
  a luz
  Coimbra dos doutores
  prá nós os teus cantores
                        Am  E7
  a fonte dos amores és tú
    A
  Coimbra é uma lição
      E7
  de sonho e tradição
     Bm             E7
  o lente é uma canção
       A     D    E7
  e a lua a faculdade
     A
  o livro é uma mulher
      E7
  só passa quem souber
       Bm           E7
  e aprende-se a dizer
      A
  saudade.

Solo:

    Am                                 E7
e|-0-5-5-5-4-0-3-3-3-3-2-0-1-1-1-1-0---------------------
B|-----------------------------------1-0-3-1-3-----------
G|-----------------------------------------------1-1-1-1-
D|---------------------------------------------2---------


                              A       E7
e|---------------------------------|
B|-------------------------1-0-0---|
G|---------------------1-2-------2-|
D|-3-3-2-2-2-2-0-3-2-4-------------|


  A
Coimbra é uma lição...