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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Quarteto Novo


Quarteto Novo é um conjunto instrumental que foi formado em 1966 na cidade de São Paulo. Originalmente Trio Novo, integrado por Theo de Barros (contrabaixo e violão), Heraldo do Monte (viola e guitarra) e Airto Moreira (bateria).

O conjunto foi criado para acompanhar o cantor e compositor Geraldo Vandré em apresentações e gravações. Classificada Disparada (Geraldo Vandré e Theo de Barros) para o II FMPB, da TV Record, de São Paulo, o Trio Novo, encarregado de acompanhar o cantor Jair Rodrigues na música, teve sua formação alterada, pois, por força de contrato com a Rhodia, estavam impedidos de participar do festival. O trio se apresentou então com Aires (viola), Manini (bateria) e Edgar Gianullo (violão).

Com entrada do flautista Hermeto Pascoal, o trio passou a Quarteto Novo, e participou dos programas de televisão que Geraldo Vandré comoandou em São Paulo, na TV Record e na TV Bandeirantes.

Em 1967, com músicas de Geraldo Vandré e dos seus integrantes, o conjunto gravou na Odeon o LP Quarteto Novo, importante experiência de estilização de ritmos nordestinos. Nesse mesmo ano o quarteto acompanhou Edu Lobo e Marília Medalha na apresentação de Ponteio (Edu Lobo e Capinam), que venceu o III FMPB.

O conjunto se dissolveu em 1969, e o LP foi reeditado em 1973.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O menino das laranjas


O menino das laranjas (canção, 1964) - Theo de Barros - Intérprete: Geraldo Vandré

LP Geraldo Vandré / Título da música: O menino das laranjas / Theo de Barros (Compositor) / Geraldo Vandré (Intérprete) / Gravadora: Audio Fidelity / Ano: 1964 / Álbum: AFLP 2008 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção.


Tom: Am

Introdução: Eb7/9 D7/9 Db7/9 C7/9 F7/13 Bb7/9 Am7 D7/9  
  
  Am7                D7/9             Am7             D7/9 
Menino que vai pra feira vender sua laranja até se acabar  
Am7      D7/9       Am7 D7/9       Am7      D7/9    Am7  D7/9       
Filho de mãe solteira cuja ignorância tem que sustentar  
         C7         F7/9  Am7  D7/9  
E madrugada vai sentindo frio  
            C7        F7/9     Am7 D7/9  
Porque se o cesto não voltar vazio  
   C7      F7/9                 Am7   
A mãe já arranja um outro pra laranja 
       D7/9   F7          E7 Am7
e esse filho vai ter que apanhar
F7/13            Bm7    E7/9   
Compra laranja menino  
Bm7        E7/9 Bm7 E7/9 Bm7 E7/9 Bm7 E7/9 Bm7 E7/9 Bm7 E7/9 Bm7  
E vai   pra feira  
         C7         F7/9  Am7  D7/9  
E madrugada vai sentindo frio  
            C7        F7/9     Am7 D7/9  
Porque se o cesto não voltar vazio  
   C7      F7/9                 Am7     
A mãe já arranja um outro pra laranja 
         D7/9  F7         E7 Am7
e esse filho vai ter que apanhar 
Bm7  
Compra laranja, laranja, 
laranja doutor ainda dou uma de quebra pró senhor  
Gm7/9          C7/13      Fm7/9  
Lá no morro a gente acorda cedo e é só trabalhar  
                        Bb7/13       Ebm7/9   
Comida é pouca e muita roupa que a cidade manda pra lavar  
                   Ab7/13       Dbm7/9  
De madrugada ele menino acorda cedo tentando encontrar  
                   G7/13         C#m7/9          F#7/13      
Um pouco pra poder viver até crescer e a vida melhorar  
Bm7        E7/9             Bm7         E7/9        Bm7  C7/9     
Compra laranja doutor ainda dou uma de quebra pró senhor  
Bm7  
Compra laranja, laranja, 
laranja doutor ainda dou uma de quebra pró senhor  
         Gm7/9                    C7/13      Fm7/9  
Lá no morro a gente acorda cedo e é só trabalhar  
          Fm7/9       Bb7/13           Ebm7/9   
Comida é pouca e muita roupa que a cidade manda pra lavar  
    Ebm7/9       Ab7/13                   Dbm7/9  
De madrugada ele menino acorda cedo tentando encontrar  
          Dm7/9       G7/13            C#m7/9  F#7/13      
Um pouco pra poder viver até crescer e a vida melhorar  
Am7      D7/9                 G7                     F#7  
Compra laranja doutor que eu dou uma de quebra pro senhor  
Bm7     E7 Am7       D7      G7  Cm7       Bm7   
Seu doutor compra laranja doutor    seu doutor 

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Theo de Barros

Theo de Barros (Teófilo Augusto de Barros Neto), compositor, cantor, instrumentista e arranjador, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 10/3/1943. Filho do compositor alagoano Teófilo de Barros Filho, aos 11 anos ganhou um violão e começou a aprender os primeiros acordes com Francisco Batista Barros; outros professores foram Tio Manoel, João Caldeira Filho, Leo Peracchi e Alfredo Lupi.

Em 1958 compôs sua primeira música, Saudade pequenina, mas somente quatro anos depois estreou em disco, com Natureza e Igrejinha, na interpretação de Alaíde Costa.

Em 1963 gravou seu primeiro compacto como cantor, com as músicas de sua autoria Vim de Santana e Fim. No mesmo ano integrou o Sexteto Brasileiro de Bossa, como contrabaixista. Nessa época apresentava-se, tocando e cantando, em boates paulistas (Juão Sebastião Bar, A Baiúca e Jogral, entre outras) e na televisão.

Em 1965 Elis Regina lançou seu primeiro sucesso, O menino das laranjas, música já gravada por Geraldo Vandré no ano anterior.

Em 1966 seu nome projetou-se nacionalmente, quando Disparada (com Geraldo Vandré), apresentada por Jair Rodrigues, Trio Maraiá e Trio Novo, fez enorme sucesso no II FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, empatando em primeiro lugar com A banda, de Chico Buarque.

Ainda em 1966, o trio transformou-se no Quarteto Novo, no qual tocou violão e contrabaixo ao lado de Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Heraldo do Monte. Além de participar de outros festivais, foi diretor musical de diversas produções do Teatro de Arena, de São Paulo, entre as quais a montagem de Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal.

Em 1967 levou sua peça Arena conta Bolívar, em parceria com Augusto Boal, ao México, Peru e EUA, com o elenco do Teatro de Arena.

Atuou como diretor musical na encenação de A capital federal, de Artur Azevedo, no Teatro Anchieta em São Paulo, em 1972, sob a direção de Flávio Rangel. Fez músicas para o filme Quelé do Pajeú, de Anselmo Duarte, e em 1975 foi o responsável pela produção e arranjos de uma coleção de quatro LPs, Música popular do Centro-Oeste, lançada pela gravadora Marcus Pereira.

Em 1979 fundou, com Aluísio Falcão, a gravadora Eldorado, e lançou o LP duplo Primeiro disco, do qual foi compositor, intérprete, arranjador, violonista, produtor e diretor musical. Ainda no selo Eldorado, participou do LP Raízes e frutos e produziu e fez arranjos para os dois premiados LPs de Edu da Gaita (1981 e 1982).

Em 1982 participou do Festival MPB Shell (TV Globo), com a música Barco sul (com Gilberto Karan). Entre 1990 e 1993, fez arranjos para vários cds da Movieplay, como The best of Antonio Carlos Jobim, The Beatles in Bossa Nova, The Best of Chico, Toquinho e Vinícius, Pery Ribeiro: Songs of Brazil e Jane Duboc.

Em 1995 tomou parte no I Encontro da MPB com a música Fruta nativa (com Paulo César Pinheiro), e em 1997 lançou o CD Violão solo, pela gravadora Paulinas.

Compôs cerca de dois mil fonogramas publicitários.

Obras

Cantador, toada, 1965; Disparada (c/Geraldo Vandré), 1966; Estória (c/Paulo César Pinheiro), 1980; Maria do Carmo, 1980; Menino das laranjas, samba, 1964; Pra não ser mais tristeza, 1980; Vim de Santana, 1980.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

sábado, 8 de setembro de 2007

Mar corrente


Mar Corrente - Theo de Barros e Paulo César Pinheiro - Intérprete: Beth Nazar - Participação: Theo de Barros

CD Beth Nazar - Dia A Dia / Título da música: Mar Corrente / Paulo César Pinheiro (Compositor) / Theo de Barros (Compositor) / Beth Nazar (Intérprete) / Theo de Barros (Partic.) / Gravadora: Dabliú Discos / Ano: 2000 / Nº Álbum: DB 0073 / Faixa 8.

Chegaste estrela, foste a mais cadente
No mar corrente dessa vida errante
E em meu semblante há muito descontente
Se fez presente esta emoção gigante

Chegaste estrela, foste a mais brilhante
No mesmo instante em que fiquei contente
Foste inocente como a flor fragrante
E foste amante por amor somente

Chegaste estrela, foste a mais ardente
E de repente foste a mais distante
Na variante desse amor poente
Partiste estrela na maré vazante

E eu de amante me tornei descrente
Tragicamente, amor, tragicamente

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Disparada

Geraldo Vandré
Em 1966, o compositor Geraldo Vandré participou vitoriosamente de três grandes festivais musicais promovidos pela televisão: em junho, foi 1° lugar na TV Excelsior, com “Porta Estandarte” (parceria de Fernando Lona); em outubro, tirou o 10º lugar na TV Record, com “Disparada” (parceria de Téo de Barros); e ainda em outubro, ficou em 2° lugar na TV Rio (1° Festival Internacional da Canção), com “O Cavaleiro” (parceria de Tuca).

Dessas três composições, a de maior repercussão seria inegavelmente “Disparada”, a mais vigorosa canção de protesto surgida até então, um verdadeiro cântico revolucionário. Musicado por Téo sobre uma versalhada que Vandré havia escrito durante uma viagem, “Disparada” é uma moda-de-viola com sotaque nordestino. “A intenção era compor uma moda-de-viola baseada no folclore da região Centro-Sul, porém nossas raízes se infiltraram no processo e resultou uma catira de chapéu de couro”, esclarece Téo na contracapa de seu primeiro elepê.

Para apresentar “Disparada”, os autores escolheram Jair Rodrigues, então no auge da popularidade, entregando o acompanhamento ao Trio Novo — Téo (viola), Heraldo do Monte (violão) e Airto Moreira (percussão) — reforçado pelo Trio Marayá. O Trio Novo atuou na eliminatória e na gravação de estúdio, mas não pôde participar da final (por já ter compromisso agendado para a data), sendo os seus músicos substituídos por Aires (viola), Gianulo (violão) e Manini (percussão).

Mas nas duas fases o resultado foi excelente, com a canção sendo ruidosamente aclamada pela facção mais politizada da platéia — principalmente em trechos como “Mas o mundo foi rodando / nas patas do meu cavalo / e já que um dia montei / agora sou cavaleiro / laço firme, braço forte / de um reino que não tem rei...” — que rivalizava em número e entusiasmo com os partidários de “A Banda”. Em vista disso, embora “A Banda” tenha ganho pelos votos dos jurados, a direção da Record resolveu considerar as duas concorrentes empatadas na primeira colocação, a fim de evitar um confronto entre os torcedores.

Uma nota pitoresca na apresentação de “Disparada” foi a utilização de uma queixada de burro como instrumento de percussão. A novidade, descoberta por Airto Moreira numa loja em Santo André, emprestou maior rusticidade ao acompanhamento, além de evocar uma visão forte da seca (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Disparada - (moda-de-viola, 1966), Geraldo Vandré e Theo de Barros - Interpretação: Jair Rodrigues.

LP O Sorriso do Jair / Título da música: Disparada / Geraldo Vandré (Compositor) / Theo de Barros (Compositor) / Jair Rodrigues (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1966 / Álbum: P-765.004-P / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Moda-de-viola.

    D             G          D                  G
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
C           Bm        C     Am D    G
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
B7      Em      C      Am D      G
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
D             G          D          G
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
C               Bm       C    Am  D     G
E a morte, o destino tudo, a morte o destino tudo
B7      Em        C    Am    D   G
Estava fora de lugar, eu vivo pra consertar
G7          C          A7        D
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
B7        Em     D                      G
Não por um motivo meu ou de com quem comigo houvesse
B7              Em         B7        C
Que qualquer querer tivesse porém por necessidade
Am      D   G C      Am     D   G
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
D              G          D              G
Boiadeiro muito tempo, laço firme, braço forte
C          Bm    C     Am  D   G
Muito gado, muita gente pela vida segurei
B7       Em       C     Am   D      G
Seguia como num sonho que boiadeiro era um rei
D          G         D             G
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
C                G        Am   D       G
E nos sonhos que fui sonhando as visões se clareando
B7          Em      C         Am  D    G
As visões se clareando, até que um dia acordei
D            G        D               G
Então não pude seguir, valente em lugar tenente
C              G            Am      D      G
E o dono de gado e gente, porque gado a gente marca
B7      Em       C              Am D      G
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
D             G          D           G
Se você não concordar, não posso me desculpar
C         Bm          Am      D      G
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
B7            Em   C    Am       D     G
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
G7          C        A7           D
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
B7             Em         C      Am  D    G
Não por mim nem por ninguém que junto comigo houvesse
B7              C            B7               C
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
B7                C               Am    D   G
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe que eu
D          G         D              G
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
C               Bm      C            G
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
B7            Em       C       Am      D   G
Laço firme, braço forte de um reino que não tem rei

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Vamos deixar

Vamos deixar (bossa) - Theo de Barros

Vamos ficar, / Vamos sair,
Vamos deitar e depois decidir
Vamos abrir nossas velas ao mar
Ou então acendê-las
E ficar por aqui, a namorar
Vamos andar, / Sob esse sol,
Vamos deixar o lençol descansar
Vamos fugir de vez / Para não enfrentar
Nossa paz / Se tanto fez, portanto
Tanto faz / Comer caranguejo,
Ou dar mais um beijo / Tudo requer reflexão,
Ir ao cinema / Ou ficar pela cama,
Vendo televisão ... / Deixa a razão resolver,
Parte pra intuição, / A gente passa a manhã
Pra saber qual foi a solução / Vamos deixar,
Deixa estar, / Vamos ouvir a voz
De um velho conselho que diz: / Cada vez mais,
Faça-se mais feliz!