Jorge Faraj fez a letra |
Composta a maioria na forma ternária, essas canções são a versão moderna da modinha tradicional. Um dos melhores frutos dessa safra é a valsa "Deusa da Minha Rua". Além de uma bela melodia de Newton Teixeira, a composição tem letra excepcional de Jorge Faraj.
Newton Teixeira |
Mas essa obra-prima do romantismo que imperava na música da época deu trabalho para chegar ao disco, permanecendo inédita por três anos. Primeiro Faraj não aprovou a melodia, obrigando Newton Teixeira a refazê-la.
Depois foi Sílvio Caldas que, escolhido para interpretá-la, mostrou-se desinteressado, achando sempre uma desculpa para adiar a gravação. "Até que um dia - contou Newton ao pesquisador Lauro Gomes de Araújo - perdendo a paciência, tive que tirar o Sílvio de uma roda no Nice e praticamente arrastá-lo ao estúdio". Mas o importante é que o disco foi um sucesso, com ótima interpretação do cantor.
Deusa da minha rua (valsa, 1939) - Jorge Faraj e Newton Teixeira - Intérprete: Sílvio Caldas
Disco 78 rpm / Título da música: Deusa da minha rua / Jorge Faraj (Compositor) / Newton Teixeira (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Regional (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 10/07/1939 / Lançamento: 09/1939 / Nº do Álbum: 34485 / Nº da Matriz: 33118-1 / Gênero musical: Valsa
G7+ Bm7 Am7 D7 A deusa da minha rua / Tem os olhos onde a lua Am7 D7 G7+ D7 G7+ Em7 Costuma se embriagar / Nos seus olhos eu suponho D7 D/F# Em7 A7 D7 Que o sol, num dourado sonho / Vai claridade buscar G7+ Em7 Am7 Am7/G Minha rua é sem graça / Mas quando por ela passa Am7 D7 Do E7 Am7 Cm7 Seu vulto que me seduz / A ruazinha modesta Bm7 E7 Am7 D7 G7+ B7 É uma paisagem de festa / É uma cascata de luz Em Em/D Gb7 Am7 Na rua uma poça d’água / Espelho da minha mágoa B7 Em B7 Transporta o céu / Para o chão Em Em/D Tal qual o chão de minha vida B7+ Abm7 Dbm Gb7 B7 Minh’alma comovida / O meu pobre coração Em Em/D Gb7 Infeliz da minha mágoa / Meus olhos Am7 B7 Do E7 São poças d’água / Sonhando com seu olhar Am7 B7 Em Em/D Ela é tão rica e eu tão pobre/ Eu sou plebeu Gb7 C7 B7 Em E ela é nobre / Não vale a pena sonhar . . .
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
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ResponderExcluirSão maravilhosas
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ResponderExcluirLinda valsa, uma poesia, do tempo em que a mulher ainda era exaltada. Que saudade eu sinto, nos meus setenta e quatro anos, dos momentos de enlevo que tive, ouvindo esta e outras canções belíssimas, maravilhosas, deleitantes, da era das serestas. Hoje, ao ouvi-las, emociono-me às lágrimas.
ResponderExcluirLinda valsa, uma poesia, do tempo em que a mulher ainda era exaltada. Que saudade eu sinto, nos meus setenta e quatro anos, dos momentos de enlevo que tive, ouvindo esta e outras canções belíssimas, maravilhosas, deleitantes, da era das serestas. Hoje, ao ouvi-las, emociono-me às lágrimas. Que saudade de Sylvio Caldas, Orlando Silva, Francisco Alves, Gilberto Alves e tantos outros! Que Deus os tenha.
ResponderExcluirMaravilhoso
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