quinta-feira, 6 de abril de 2006

Deo

Deo (Ferjalla Rizkalla) - 1942


Deo (Ferjalla Rizkalla), cantor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 26/1/1914 e faleceu em 23/9/1971. Filho de comerciante, em 1929 mudou-se com a família para São Paulo SP. Trabalhava no comércio e estudava contabilidade, mas gostava de cantar tangos em festas e serenatas, numa das quais conheceu o maestro Gaó, em 1932, que o convidou para um teste na Rádio Cruzeiro do Sul.


Passou a atuar num programa de amadores da emissora. Seu apelido foi escolhido pelos ouvintes de um programa de Celso Guimarães. Cantou tangos durante três anos, até passar para o samba.

Em fins de 1934 empregou-se como discotecário na Rádio Record e também participava como cantor dos programas da emissora, gravando em 1936 seu primeiro disco, na Columbia: o samba-choro Cantando (João Pacífico) e o samba-canção Vendedora de flores (Ari Machado).

Ainda em 1936, gravou outro samba de sucesso: Sinto lágrimas (Francisco Malfitano e Aloísio Silva Araújo). Mais tarde obteve sucesso com Um amor que passou (uma das primeiras composições de Adoniran Barbosa, parceria com Eratóstenes Frazão) e, para o Carnaval de 1938, Falseta negra (adaptação do hino Fascerta nera).

Em fins do mesmo ano, levado para o Rio por Ary Barroso, foi contratado pela Odeon e em dezembro gravou a marchinha carnavalesca A casta Suzana (Ary Barroso e Alcir Pires Vermelho), uma das mais cantadas no Carnaval de 1939.

Gravou mais 12 discos na Odeon, destacando-se o samba De qualquer maneira (Noel Rosa e Ary Barroso), 1939, e a marcha Veneno (Ary Barroso e Alcir Pires Vermelho), para o Carnaval de 1940.

Por essa época já era cantor bem sucedido, sendo inclusive apelidado O Ditador de Sucessos. Ainda em 1940 tornou-se conhecido como compositor, com a gravação da valsa Súplica (com Otávio Gabus Mendes e José Marcílio), lançada com grande sucesso por Orlando Silva em disco da Victor.

Em março de 1942 recomeçou a gravar na Columbia. No mesmo ano excursionou ao Nordeste com grande sucesso e gravou Mulher de luxo (Newton Teixeira e Edelir Gameiro), Eu te agradeço (Mário Lago e Benedito Lacerda), o samba-exaltação Brasil, usina do mundo (João de Barro e Alcir Pires Vermelho), Até parece que eu sou da Bahia (Roberto Martins e José Batista), este um dos maiores êxitos de sua carreira.

Seu sucesso de 1944 foi Terra seca (Ary Barroso). Em 1947 gravou o samba-canção Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues). Por essa época, seus sucessos começaram a rarear. Continuou cantando em rádio e gravou LPs, trabalhando como diretor artístico da etiqueta Rádio até 1961, cargo que ocupou também no ano seguinte, na Estúdio F.

Doze dias antes de falecer regravou para o fascículo da Abril Cultural sobre Haroldo Lobo (série História da música popular brasileira), os sambas da dupla Haroldo Lobo e Wilson Batista, Não é economia (Alô padeiro) e E o cinquenta e seis não veio, gravados originalmente por ele mesmo em 1943 e 1944. Ao todo, gravou, em 78 rpm, 136 discos com 263 músicas.

Algumas músicas













Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

3 comentários:

  1. Esta foto não é do cantor Déo e sim do compositor Américo Seixas. Tenho a foto dos dois. Se quiserem corrigir, entrem em contato comigo. Sou sobrinho do Américo Seixas.
    jfsmesquita54@gmail.com.

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  2. Esta foto não é do cantor Déo e sim do compositor Américo Seixas (meu tio). Tenho foto dos dois e se quiserem corrigir, entrem em contato comigo.
    jfsmesquita54@gmail.com

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