quinta-feira, 6 de abril de 2006

Francisco Matoso

Francisco Matoso (Francisco de Queirós Matoso), compositor e instrumentista, nasceu em Petrópolis RJ em 8/4/1913, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 18/12/1941. Aos cinco anos, usando apenas um dedo, tocava no piano as músicas que ouvia num gramofone. Formou- se em direito, mas preferiu a carreira de compositor, escrevendo tanto músicas quanto letras.


Em 1933 lançou na Columbia sua primeira música, o samba Esquina da vida (com Noel Rosa), gravado por Mário Reis com acompanhamento de Nonô. Em 1934, o Bando da Lua gravou seu samba Eu me lembro de você (com Oldemar Gomes Pereira), lançado em 1935.

Ainda no Carnaval de 1935, Jaime Vogeler gravou a marcha Tão boa (com Nonô) e Gastão Formenti o samba Eu jurei (com José Maria de Abreu). Depois, o Bando da Lua lançou o samba Abandona o preconceito (com Maércio de Azevedo). Nesse ano, gravou com Francisco Alves a valsa Reminiscência e com Silvinha Melo o samba-canção Perto do céu (ambas com Nonô).

No Carnaval de 1936, lançou o samba Vai-te embora (com Nonô), em gravação de Mário Reis, e as marchas Em primeira audição, por Aurora Miranda, e Esquina do pecado, por Almirante. Com José Maria de Abreu, apenas melodista, com quem iniciou em 1935 uma fértil parceria, foram gravadas pelo menos 37 músicas, dentre elas a canção Vingança, por Gastão Formenti (1936); a célebre valsa Boa noite, amor, por Francisco Alves, seu prefixo musical (1936); as valsas Horas iguais, por Orlando Silva, e Mari, por Carlos Galhardo (1937); a valsa Barcarola, por Francisco Alves (1938); a marcha Onde está o dinheiro?, por Aurora Miranda (Carnaval de 1938); a marcha Pegando fogo, pelo Bando da Lua (Carnaval de 1939); a valsa Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim, por Francisco Alves (1940).

Em 1941, já doente, tocou ao piano para seu amigo Lamartine Babo uma valsa ainda sem título. Lamartine, cativado pela música, então escreveu uma letra sob o título de Eu sonhei que tu estavas tão linda, até hoje um clássica do gênero, que Francisco Matoso comovido ainda teve tempo de ouvir na gravação de Francisco Alves, pouco antes de falecer com apenas 28 anos de idade.

Obra

Abandona o preconceito (c/Maércio de Azevedo), samba, 1935; Ainda uma vez (c/José Maria de Abreu), fox-canção, 1938; Amor não vale um tostão (c/José Maria de Abreu), samba, 1939; Ao ouvir esta cançao hás de pensar em mim (c/José Maria de Abreu), fox, 1940; Ave Maria, 1942; Barcarola (c/José Maria de Abreu), valsa, 1938; Boa-noite amor (c/José Maria de Abreu), valsa, 1936; Boa vizinhança (c/Nonô), choro, 1939, A canção que eu fiz para você (c/José Maria de Abreu), valsa, 1936; Cancioneiro (c/José Maria de Abreu), canção, 1936; Crioula (c/José Maria de Abreu), rumba, 1937; Dois corações em tempo de valsa (c/José Maria de Abreu), valsa, 1938; Duas cigarras (c/José Maria de Abreu), canção, 1937; Em primeira audição, marcha, 1936; Erre, se há proveito (c/José Maria de Abreu), marcha, 1936; Esquina do pecado, marcha, 1936; Estou cansado de sofrer (c/José Maria de Abreu), samba, 1938; Eu jurei (c/José Maria de Abreu), samba, 1935; Eu me lembro de você (c/Oldemar Gorfies Pereira), samba, 1935; Eu sonhei que tu estavas tão linda (c/Lamartine Babo), valsa, 1941; Fui feliz (c/José Maria de Abreu), samba-canção, 1936; Golpe errado, samba, 1940; Hei de ver-te um dia (c/ Cabral), fox-trot, 1935; Horas iguais (c / José Maria de Abreu), valsa, 1937; Jardim de flores raras (c/Nonô), valsa, 1938; Longe do teu coração (c/José Maria de Abreu), valsa, 1935; Mari (c/José Maria de Abreu), canção, 1937; Maria Barafunda (c/José Maria de Abreu), marcha, 1938; Minha vida tão bonita!, canção, 1937; Na esquina da vida (c/Noel Rosa), samba, 1933; Napolitana (c/José Maria de Abreu), canção, 1938; Noite sem luar (c/José Maria de Abreu), valsa, 1938; Onde esta o dinheiro? (c/José Maria de Abreu), marcha, 1938; Pegando fogo (c/José Maria de Abreu), marcha, 1939; Pequena futurista, samba, 1936; Perto do céu (c/Nonô), samba-canção, 1935; Recolhimento (c/José Maria de Abreu), valsa, 1936; Recordando (c/José Maria de Abreu), valsa, 1935; Reminiscência (c/Nonô), valsa, 1935, São João há de sorrir (c/José Maria de Abreu), marcha, 1936; Se alguma vez (c/José Maria de Abreu), valsa, 1936; Se o nosso amor ainda existisse (c/José Maria de Abreu), valsa, 1940; O segredo dos teus olhos (c/José Maria de Abreu), valsa, 1937; Seus olhos são verdes (c/José Maria de Abreu), marcha, 1936; Sevilhana (c/Jose Maria de Abreu), valsa, 1938; Só pode ser pra você, samba, 1936; Só você (c/José Maria de Abreu), valsa, 1935; Solidão (c/José Maria de Abreu), samba-canção, 1937; Sombras ao luar (c/José Maria de Abreu), fox-canção, 1941; Tão boa (c/Nonô), marcha, 1935; Vai te embora (c/Nonô), samba, 1936; Valsa da saudade (c/José Maria de Abreu), valsa, 1937; Velho amor (c/José Maria de Abreu), valsa, 1935; Vingança (c/José Maria de Abreu), canção, 1936.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

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