quinta-feira, 6 de abril de 2006

Kid Pepe

Kid Pepe (José Gelsomino), compositor, nasceu em Montesano, Itália, em 19/9/1908, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 14/9/1961. Veio para o Brasil em 1914, fixando-se no Rio de Janeiro, onde começou a exercer modestas profissões como engraxate, empalhador lustrador de móveis, garçom etc. 


Tornou-se boxeador o que originou o apelido Kid Pepe e, depois de quatro anos de ringue, voltou-se para a música popular. Frequentava as rodas do Café Nice e iniciou-se em rádio em 1931, chegando a cantar e a ter um programa seu.

Sua primeira composição gravada foi Eu era feliz (com Germano Augusto), lançada em disco Victor pelo cantor Patrício Teixeira. Em seguida, fez sucesso com O orvalho vem caindo (com Noel Rosa), gravado por Almirante para o Carnaval de 1934 e considerado sua obra-prima, e Tenho raiva de quem sabe (com Zé Pretinho e Noel Rosa), gravado por Mário Reis.

No ano seguinte, foi a vez do samba Implorar (com Germano Augusto e J. S. Gaspar), gravado para o Carnaval, com grande sucesso, por Moreira da Silva, além de As lágrimas rolavam (com Germano Augusto e R. Guará), samba gravado com êxito por Jaime Vogeler, Amor muito amor (com Valfrido Silva) e O sereno é meu castigo, sambas gravados por Francisco Alves.

Em 1937 foi gravado outro grande sucesso de sua autoria, o samba Mangueira (com Bide), por Joel e Gaúcho, na Victor. No mesmo ano compôs ainda Formosa mulher (com Jorge Faraj), gravado por Vítor Bacelar; Alô, boy (com J. Piedade e José Ferreira), marcha gravada por J. B. de Carvalho, e Um sorriso igual ao teu (com Germano Augusto), samba gravado por Luís Barbosa. No ano seguinte, lançou o samba Choro por teu amor (com Castro Barbosa), gravado por Sílvio Caldas, e a marcha Carnaval da minha terra (com Aldo Cabral), gravado por Francisco Alves.

Em 1939, Carmen Miranda gravou o samba-choro Moreno batuqueiro (com Germano Augusto). Em meados da década de 1940, suas composições de sucesso começaram a rarear. Quando faleceu, estava internado como indigente no Hospital Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; Dicionário Cravo Albin.

Um comentário:

  1. Para isso é que serve o Cifrantiga, para preservar a memória musical do Brasil. Excelente postagem!

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