domingo, 7 de maio de 2006

Qui nem jiló

Luiz Gonzaga
Em 1950, vivia-se o auge do ciclo do baião, com vários compositores (Klecius Caldas, Armando Cavalcanti, Hervé Cordovil) e intérpretes (Marlene, Emilinha Borba, Ivon Curi) de outras áreas aderindo ao ritmo nordestino.

Incansável na renovação de seu repertório, Luiz Gonzaga chegaria a gravar durante o ano nada menos de vinte composições, sendo oito delas com Humberto teixeira e sete com o novo parceiro, Zé Dantas. De todas essas músicas, mereceu destaque especial o baião "Qui Nem Jiló", um dos melhores da dupla Gonzaga-Teixeira.

Refletindo sinais da integração do gênero ao meio urbano, "Qui Nem Jiló" tem melodia mais elaborada do que a maioria dos baiões, em nada lembrando as primitivas cantigas sertanejas.

Qui nem jiló (baião, 1950) - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira - Intérprete: Marlene

Disco 78 rpm / Título da música: Qui nem jiló / Autoria: Teixeira, Humberto, 1916-1979 (Compositor) / Gonzaga, Luiz (Compositor) / Marlene (Intérprete) / Os Cariocas (Intérprete) / Orquestra Tabajara (Acompanhante) / Araújo, Severino (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, Setembro/1949-Dezembro/1949 / Nº Álbum 16125 / Gênero musical: Baião

Introdução: G - C# - F#m - B7 - Em - G - A - D
   
     D                C# 
Se a gente lembrar só por 
    F#m     A7 
Lembrar 
  D                   E 
O amor que agente um dia
   A     A7 
Perdeu 
   G                    C#      F#m 
Saudade inté que assim é bom 
     B7           Em 
Pro cabra se convencer 
   A                D 
Que é feliz sem saber 
            A 
Pois não sofreu 
   D           C#            F#m    A 
Porém se a gente vive a sonhar 
    D                E 
Com alguém que se deseja 
    A     A7 
Rever 
    G          C#       F#m 
Saudade intonce aí é ruim 
    B7          Em 
Eu tiro isso por mim 
          G        A    D
Que vivo doido a sofrer 
             A 
Ai quem me dera voltar 
         D 
Pros braços do meu xodó 
             A 
Saudade assim faz roer 
         D 
E amarga que nem jiló 
         A 
Mas ninguém pode dizer 
 D                    D7 
Que me viu triste a chorar 
  G                 A 
Saudade, o meu remédio é 
     D   D7 
Cantar 
      G             A 
Saudade, o meu remédio é 
   D 
Cantar


Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Volume 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

Um comentário:

  1. Obrigado por compartilhar a história, o contexto da época e a versão.

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