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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Se for pra medir saudade


Se For Pra Medir Saudade (1965)- Luiz Carlos Paraná - Intérprete: Irmãs Galvão

LP Irmãs Galvão - Se For Pra Medir Saudade / Título da música: Se For Pra Medir Saudade / Luiz Carlos Paraná (Compositor) / Irmãs Galvão (Intérprete) / Gravadora: Entré/CBS / Nº Álbum: 4055 / Ano: 1965 / Lado A / Faixa 1.

Se for pra medir saudade, eu ganho
Pois nunca se viu saudade
Deste tamanho

Não ponha sua saudade perto da minha
Pois ela não é nenhuma saudadezinha
Nem venha você querendo
Livrar-me dela
Pois eu já não saberia
Viver sem ela

Saudade é um privilégio de quem conhece
Aquela felicidade que não se esquece
Embora já muitas vezes tenha chorado
Não sou dos que se arrependem de ter amado

De amor ou paz


De Amor Ou Paz (1966) - Luiz Carlos Paraná e Adauto Santos - Intérprete: Adauto Santos

LP A Música De Carlos Paraná / Título da música: De Amor Ou Paz / Adauto Santos (Compositor) / Luiz Carlos Paraná (Compositor) / Adauto Santos (Intérprete) / Gravadora: O Jogral / Nº Álbum: MPLP-004 / Ano: 1971 / Lado A / Faixa 5.
Tom: D#
 Cm      G7        Cm
Já que se tem que sofrer
      C7        Fm  Am
Seja dor só de amor
                   D7
Já que se tem de morrer
     Dm5-/7    G7
Seja mais por amor
           Cm            D7
Quem anda atrás de amor e paz
         Fm
Não anda bem
                       Bb7
Porque na vida o que tem paz
          D#
Amor não tem

            Cm              Cm/Bb
Seja o que for, sou mais do amor
           Dm5-/7 Fm
Com paz ou sem
            Dm5-/7          G7
Sei que é demais querer-se paz
          Cm
E amor também

Vou sempre amar
          C7            Fm
Não vou levar a vida em vão
                     Bb7          D#
Não hei de ver envelhecer meu coração
            G#                     Dm5-/7
Vou sempre ter em vez de paz inquietação
          G7
Houvesse paz
                   Cm
Não haveria esta canção

Canoa vazia


Canoa Vazia (1970) - Luiz Carlos Paraná - Intérprete: Adauto Santos

LP A Música De Carlos Paraná / Título da música: Canoa Vazia / Luiz Carlos Paraná (Compositor) / Adauto Santos (Intérprete) / Gravadora: O Jogral / Nº Álbum: MPLP-004 / Ano: 1971 / Lado B / Faixa 3.

Rio acima, canoa subiu
Rio abaixo, canoa desceu
Rio acima subiu com seu dono
Desceu no abandono e desapareceu

Zé do Fole tocava sanfona
Seu moço, s'a dona que nem ele só
Té que um dia gamou por Maria
Chorou noite e dia que inté dava dó
Ele que era no fole um colosso
Seu moço, s'a dona, nunca mais tocou
Deu um dia um adeus à Maria
A canoa vazia, rodando voltou

Rio acima, canoa subiu
Rio abaixo, canoa desceu
Rio acima subiu com seu dono
Desceu no abandono e desapareceu

Eu também pelo rio da vida
Fui duro na lida, fui bom pescador
Mais um peixe eu tentei, foi à toa
Botar na canoa, chamava-se amor
Toda vez que eu pensei ter fisgado
Meu peixe danado, o marvado fugiu
Vivo então água abaixo hoje em dia
A canoa vazia, à vontade do rio

Rio acima, canoa subiu
Rio abaixo, canoa desceu
Rio acima subiu com seu dono
Desceu no abandono e desapareceu

Maria, carnaval e cinzas


Maria, Carnaval e Cinzas (samba, 1967) - Luiz Carlos Paraná - Interpretação: Luiz Carlos Paraná

LP III Festival Da Música Popular Brasileira - Vol. 1 / Título da música: Maria, Carnaval e Cinzas / Luiz Carlos Paraná (Compositor) / Luiz Carlos Paraná (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1967 / Nº Álbum: R 765.014 L / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.


E7/9-   Am 
Nasceu Maria, quando a folia 
                          E7 
Perdia a noite, ganhava o dia 
      Dm            E7 
Foi fantasia seu enxoval 
                    Am 
Nasceu Maria no carnaval 
              Dm     G7         C 
E não lhe chamaram assim como tantas 
          Bm5-/7 
Marias de santas 
  E7      Em5-/7 
Marias de flor 
A7      Dm     G7     C 
Seria Maria, Maria somente 
        Bm5-/7     E7      Am 
Maria semente de samba de amor 
          Dm       G7  C 
Não era noite não era dia 
        Dm   G7      C 
Só madrugada só fantasia 
         Bm5-/7 E7   Am 
Só morro samba viva Maria 
           F#m5-/7 B7     Bm5-/7 
Quem sabe a sorte lhe sorriria 
      E7   Dm      G7        C 
E um dia viria de porta-estandarte 
            Bm5-/7    E7   Em5-/7 
Sambando com arte puxando cordões 
       A7    Dm     G7       C 
E em plena folia decerto estaria 
             E7              Am 
Nos olhos e sonhos de mil foliões 
        Am 
Morreu Maria, quando a folia 
                        E7/9- E7 
Na quarta-feira também morria 
          Bm5-/7        E7 
E foi de cinzas seu enxoval 
                   Am 
Viveu apenas um carnaval 
            Dm      G7         C 
Que fosse chamada então como tantas 
           Bm5-/7 
Marias de santas 
  E7      Em5-/7 
Marias de flor 
   A7         Dm     G7     C 
E em vez de Maria, Maria somente 
        Bm5-/7    E7        Am 
Maria semente de samba e de dor 
          Dm      G7   C 
Não era noite não era dia 
          Dm    G7     C 
Somente restos de fantasia 
         Bm5-/7  E7   Am 
Somente cinzas pobre Maria 
         F#m5-/7 B7 Bm5-/7 
Jamais a vida lhe sorriria 
    E7    Dm       G7        C 
E nunca viria de porta-estandarte 
             Bm5-/7 E7       Em5-/7 
Sambando com arte puxando o cordão 
 A7       Dm      G7      C 
E não estaria em plena folia 
              E7             Am 
Nos olhos e sonhos de seus foliões 
         Dm 
E não estaria 
G7         C 
Em plena folia 
F7            E7 
Nos olhos e sonhos 
           Am 
De seus foliões 

Luiz Carlos Paraná


Luiz Carlos Paraná, compositor e cantor, nasceu em Ribeirão Claro PR (15/3/1932) e faleceu em São Paulo SP (03/12/1970). Lavrador até os 19 anos e depois comerciário, aprendeu sozinho a tocar violão. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde morou numa pensão em que João Gilberto era seu companheiro de quarto.


Durante a década de 1950 tocava de mesa em mesa nas boates cariocas, recolhendo a féria. Transferindo-se para São Paulo, com a ajuda de amigos, abriu a boate Jogral, a princípio apenas um barzinho de encontro de amigos, onde ele mesmo cantava modas-de-viola e desafios com Paulo Vanzolini.

Como compositor tornou-se mais conhecido ao participar do II FMPB da TV Record, de São Paulo, em 1966, com a música De amor e paz (com Adauto Santos), que, interpretada por Elza Soares, obteve o segundo lugar. No ano seguinte, como cantor, gravou um compacto simples na Fermata, com duas músicas de Paulo Vanzolini, Capoeira do Arnaldo e Napoleão.

No mesmo ano, inscreveu Maria, carnaval e cinzas no III FMPB, que foi defendida por Roberto Carlos e gravada pelo cantor na CBS e por ele próprio na Philips, no LP III Festival de MPB. Na Continental, gravou o Samba do suicídio (Paulo Vanzolini), incluído no LP I Bienal do Samba.

Em 1968 a boate Jogral, até então na Galeria Metrópole, foi transferida para a Rua Avanhandava, onde continuou fazendo carreira na noite, iniciando em São Paulo a moda das casas de samba. Entre outras gravações suas estão, na Mocambo, Canoa vazia e Se for pra medir saudade (de sua autoria).

Realizou ainda a montagem do show musical Jogral 69 ou Os Homens verdes da noite, na sala de arte do T.B.C., de São Paulo. Sua última atividade artística de destaque foi a produção do LP Jogral 70, da RGE.

Algumas cifras e letras








Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Capoeira do Arnaldo

Capoeira do Arnaldo - Paulo Vanzolini - Intérprete: Luiz Carlos Paraná

LP Onze Sambas E Uma Capoeira / Título da música: Capoeira do Arnaldo / Paulo Vanzolini (Compositor) / Luiz Carlos Paraná (Intérprete) / Gravadora: Marcus Pereira / Ano: 1967 / Nº Álbum: MPL 1020 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Capoeira / Samba / MPB.


Tom: D
           Bm                F#m
Quando eu vim da minha terra
   Bm
Passei na enchente nadando
                    G7
Passei frio, passei fome
           F#7      Bm
Passei dez dias chorando
                     G7
Por saber que de tua vida
             F#7     Bm
Pra sempre estava passando
                   G7
Nos passo desse calvário
         F#7         Bm
Tinha ninguém me ajudando
                  G7
Tava como um passarinho
        F#7      Bm
Perdido fora do bando
                   F#m
Vamo-nos embora, ê ê
           Bm        F#m
Vamo-nos embora, camará
              Bm      F#m
Presse mundo afora, ê ê
              Bm      Bm7/A G#m7(5b)
Presse mundo afora, cama-a-a-rá
           Bm                F#m
Quando eu vim da minha terra
(cm)
Veja o que eu deixei pra trás
                   G7
Cinco noivas sem marido
        F#7        Bm
Sete crianças sem pai
                  G7
Doze santos sem milagre
          F#7        Bm
Quinze suspiros sem ai
                 G7
Trinta marido contente
         F#7        Bm
Me perguntando  já vai?
                     G7
E o padre dizendo às beata
         F#7         Bm
 Milagre custa, mas sai
                   F#m
Vamo-nos embora, ê ê (...)
           Bm                F#m
Quando eu vim da minha terra
       Bm
Num sabia o que é sobrosso
                 G7
Sabença de burro velho
        F#7       Bm
Coragem de tigre moço
                 G7
Oração de fechar corpo
       F#7       Bm
Pendurada no pescoço
                 G7
Rifle do papo-amarelo
            F#7      Bm
Peixeira de cabo de osso
                 G7
Medalha de Padre Ciço
    F#7         Bm
E rosário de caroço
                   G7
Pra me alisar pelo fino
        F#7      Bm
E arrepiar pelo grosso
                    G7
Que eu saí da minha terra

Sem cisma
F#7         Bm
Susto ou sobrosso
                   F#m
Vamo-nos embora, ê ê (...)
           Bm                F#m
Quando eu vim da minha terra
                  Bm
Vim fazendo tropelia
                    G7
Nos lugar onde eu passava
          F#7     Bm
Estrada ficava vazia
                     G7
Quem vinha vindo, voltava
        F#7        Bm
Quem ia indo, não ia
                     G7
Quem tinha negócio urgente
        F#7        Bm
Deixava pro outro dia
                 G7
Padre largava da missa
        F#7      Bm
Onça largava da cria
                    G7
E os pai de moça donzela
       F#7       Bm
Mudava de freguesia
                    G7
Mas tinha que fazer força
          F#7          Bm
Porque as moça num queria
                   F#m
Vamo-nos embora, ê ê (...)
                (Bm)  F#m
Eu sai da minha terra
                (cm)
Por ter sina viageira
                    G7
Cum dois meses de viagem
            F#7     Bm
Eu vivi uma vida inteira
                   G7
Sai bravo, cheguei manso
         F#7      Bm
Macho da mesma maneira
                G7
Estrada foi boa mestra
         F#7       Bm
Me deu lição verdadeira
                  G7
Coragem num tá no grito
        F#7           Bm
E nem riqueza na algibeira
               G7
E os pecado de domingo
            F#7      Bm
Quem paga é segunda-feira
                   F#m
Vamo-nos embora, ê ê (...)
Letra:

Quando eu vim da minha terra / Passei na enchente nadando
Passei frio, passei fome / Passei dez dias chorando
Por saber que de tua vida / Pra sempre estava passando
Nos passo desse calvário / Tinha ninguém me ajudando
Tava como um passarinho / Perdido fora do bando


Vamo-nos embora, ê ê
Vamo-nos embora, camará
Presse mundo afora, ê ê
Presse mundo afora, camará

Quando eu vim da minha terra / Veja o que eu deixei pra trás
Cinco noivas sem marido / Sete crianças sem pai
Doze santos sem milagre / Quinze suspiros sem ai
Trinta marido contente / Me perguntando "já vai?"
E o padre dizendo às beata / "Milagre custa, mas sai"

Vamo-nos embora, ê ê (...)

Quando eu vim da minha terra / Num sabia o que é sobrosso
Sabença de burro velho / Coragem de tigre moço
Oração de fechar corpo / Pendurada no pescoço
Rifle do papo-amarelo / Peixeira de cabo de osso
Medalha de Padre Ciço / E rosário de caroço
Pra me alisar pêlo fino / E arrepiar pêlo grosso
Que eu saí da minha terra / Sem cisma
Susto ou sobrosso

Vamo-nos embora, ê ê (...)

Quando eu vim da minha terra / Vim fazendo tropelia
Nos lugar onde eu passava / Estrada ficava vazia
Quem vinha vindo, voltava / Quem ia indo, não ia
Quem tinha negócio urgente / Deixava pro outro dia
Padre largava da missa / Onça largava da cria
E os pai de moça donzela / Mudava de freguesia
Mas tinha que fazer força / Porque as moça num queria

Vamo-nos embora, ê ê (...)

Eu sai da minha terra / Por ter sina viageira
Cum dois meses de viagem / Eu vivi uma vida inteira
Sai bravo, cheguei manso / Macho da mesma maneira
Estrada foi boa mestra / Me deu lição verdadeira
Coragem num tá no grito / E nem riqueza na algibeira
E os pecado de domingo / Quem paga é segunda-feira

Vamo-nos embora, ê ê (...)

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Cafezal em flor


Cafezal em Flor - Luiz Carlos Paraná - Interpretação: Luiz Carlos Paraná

LP A Música De Carlos Paraná / Título da música: Cafezal Em Flor / Luiz Carlos Paraná (Compositor) / Luiz Carlos Paraná (Intérprete) / Gravadora: O Jogral / Ano: 1971 / Álbum: MPLP-004 / Gênero musical: Regional / Sertanejo.


Introd A7   D

                A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
                A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
      A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
      A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
        A           G             D
Era florada, lindo véu de branca renda
                      A7                           D
Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial
           A           G              D
E de mãos dadas fomos juntos pela estrada
                   A7                     D
Toda branca e pefumada, fina flor do cafezal
                A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
                A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
      A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
      A          D            A          D
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal
            A           G            D
Passa-se a noite vem o sol ardente bruto
                        A7                      D
Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor
            A              G             D
Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto
                        A7                          D
Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor
                A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
                A7                        D
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Introdução