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quinta-feira, 24 de agosto de 2006

A vigília da lâmpada

Albenzio Perrone
A Vigília da Lâmpada (valsa, 1939) - Gastão Lamounier e Mário Castelar - Intérprete: Albenzio Perrone

Disco 78 rpm / Título da música: A Vigília da Lâmpada / Lamounier, Gastão, 1893-1984 (Compositor) / Castelar, Mário (Compositor) / Perrone, Albenzio (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RCA Victor, 19/10/1939 / Nº Álbum 34525 / Lado A / Data de Lançamento 12/1939 / Gênero musical: Valsa.



Meu amor, eu confesso que não posso
Esquecer o romance que viveu
No alegre apartamento que era nosso
E agora vazio, é apenas meu

Sinto esmagar-me uma saudade estranha
Nesta noite de insônia e de tristeza
Em que fielmente apenas me acompanha
O abat-jour, que existe sobre a mesa

Há uma penumbra mítica de prece
A luz sobre o abt-jour, pouco ilumina
Meu abt-jour de seda ele parece
A saia de uma louca bailarina

A sombra do abt-jour, macia e doce
Recordo tristemente nosso amor
Vendo a lâmpada arder como se fosse
Meu coração ardendo em teu louvor.

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Arrependimento (Gastão Lamounier)

Gastão Lamounier
Arrependimento (valsa, 1929) - Gastão Lamounier e Olegário Mariano - Intérprete: Gastão Formenti

Disco 78 rpm / Título da música: Arrependimento / Lamounier, Gastão, 1893-1984 (Compositor) / Mariano, Olegário, 1889-1958 (Compositor) / Formenti, Gastão (Intérprete) / Piano (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 28/03/1929 / Nº Álbum 11012 / Lado B / Gênero musical: Valsa.



Meu amor, porque pensas ainda em mim ?
Não chores a vida passada,
Porque todo romance tem fim...

Teu olhar, quando vejo cair no meu,
O que sinto não posso dizer-te,
Porque minha voz na garganta morreu...

Hoje em dia, eu vivo sozinho,
Recordando o calor que te dei,
Ao invés de saudade ou carinho,
Tenho horror de lembrar que te amei !

Se ainda falo da antiga promessa,
Que tua boca, tremendo, dizia,
É que nunca supus que hoje em dia,
Se esquecesse um amor tão depressa

Guarda bem, na lembrança e no ouvido,
O que penso, ao lembrar-me de ti,
Não recordo teu beijo, fanado e esquecido,
Nem lamento este amor que perdi !

Há um segredo em teus cabelos

Há Um Segredo em Teus Cabelos (valsa, 1935) - Osvaldo Santiago e Gastão Lamounier - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Há Um Segredo Em Teus Cabelos / Lamounier, Gastão, 1893-1984 (Compositor) / Santiago, Osvaldo, 1902-1976 (Compositor) / Caldas, Sílvio (Intérprete) / Orquestra Odeon (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1935 / Álbum 11283 / Lado A / Gênero: Valsa.



Em teus cabelos de seda
Que perfume, que aroma sutil
Dos sonhos pela alameda
Bailam flores, n'um baile gentil

Há um segredo cantando
Trescalando uma essência de flor
Onde vibram arpejos, desejos,
Misteriosos eflúvios de amor !

A suavíssima delícia
De uma doce carícia
Tem muito maior encanto
Quando os meus dedos
Num quebranto
Palpitam; estremecem, meu amor.

quarta-feira, 26 de abril de 2006

E o destino desfolhou

Mário Rossi
Mário Rossi teve mais de 160 composições gravadas por artistas como Carlos Galhardo, Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Vicente Celestino, Jorge Goulart, Orlando Silva, Marlene, Emilinha Borba, Aracy de Almeida entre outros, sendo que seu maior intérprete foi o cantor Gilberto Alves. O ano de 1936 foi marcante em sua vida com a publicação do livro “Poemas para ler e esquecer” e da sua primeira letra para a valsa “E o destino desfolhou”, de Gastão Lamounier, considerado na época, o Rei da Valsa.

O compositor Gastão Lamounier compôs inúmeras valsas sendo aclamado o Rei da Valsa. Paulista de nascimento não esquentou lugar em Sampa em decorrência da mudança da família para a Cidade Maravilhosa. Fez uma bela carreira como compositor e locutor em várias emissoras de rádio da época. Grandes intérpretes da MPB gravaram suas músicas, a exemplo de Jesy Barbosa, Silvio Caldas, Albenzio Perrone, Augusto Calheiros, Jacob do Bandolim, entre outros.

E o destino desfolhou (valsa, 1937) - Mário Rossi e Gastão Lamounier - Intérprete: Carlos Galhardo

Disco 78 rpm / Título da música: E o destino desfolhou / Gastão Lamounier, 1893-1984 (Compositor) / Mário Rossi, 1911-1981 (Compositor) / Carlos Galhardo, 1913-1985 (Intérprete) / Orquestra Copacabana (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 27/02/1937 / Lançamento: 05/1937 / Nº do Álbum: 11468 / Nº da Matriz: 5528 / Gênero musical: Valsa / Coleções de origem: IMS, Nirez


 Am
 O nosso amor traduzia
                   E7
 Felicidade e afeição
 Suprema glória que um dia
                     Am  F E7
 Tive ao alcance da mão
 Am                  A7
 Mas veio um dia o ciúme
                       Dm
 E o nosso amor se acabou, ou, ou
                        Am
 Deixando em tudo o perfume
        E7         Am
 Da saudade que ficou

       E7        Am
 Eu te vi, a chorar
          E7                  Am  A7
 Vi teu pranto em segredo correr
      Dm       Am         E7                Am
 E parti a cantar sem pensar que doía esquecer
        E7           Am
 Mas depois, veio a dor
        E7                     Am  A7
 Sofro tanto e essa valsa não diz
       Dm          Am
 Meu amor, de nós dois
         E7                    Am
 Eu não sei qual é o mais infeliz


 Os nossos olhos choraram
                    E7
 O nosso idílio morreu
 Os nossos lábios murcharam
                    Am   F E7
 Porque a renúncia doeu
 Am                      A7
 Desfeito o ninho, a saudade
                     Dm
 Humilde e quieta ficou, ou, ou
                    Am            E7         Am
 Mostrando a felicidade que o destino desfolhou

       E7        Am
 Eu te vi, a chorar
          E7                  Am  A7
 Vi teu pranto em segredo correr
      Dm       Am         E7                Am
 E parti a cantar sem pensar que doía esquecer
        E7           Am
 Mas depois, veio a dor
        E7                     Am  A7
 Sofro tanto e essa valsa não diz
       Dm          Am
 Meu amor, de nós dois
         E7                    Am
 Eu não sei qual é o mais infeliz.


Fontes: A Canção no Tempo - 85 anos de Música Brasileira Vol. 1: 1901-1957, 1a edição, 1997, editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Gastão Lamounier

Gastão Lamounier (Gastão Marques Lamounier), compositor, nasceu em São Paulo SP, em 22/4/1893 e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 28/1/1984. Aos cinco anos mudou-se com a família para o Rio de Janeiro RJ, estudou no Colégio dos Irmãos Maristas e no Alfredo Gomes, cursando depois a Faculdade de Direito e formando-se em 1919.


Exerceu a advocacia até 1926, sendo então nomeado pelo governo corretor de mercadoria. Iniciou estudos de piano com o professor Pizzarrone, aperfeiçoando-se com a viúva de Alberto Nepomuceno, mas mesmo assim sempre tocou de ouvido.

Na década de 1910 passou longa temporada na Suíça, onde conheceu Franz Lehár (1870-1948) e compôs um xótis, Mimi, em homenagem à sua professora. Entrou para o rádio em 1929, convidado por Albenzio Perrone, cantor de grande sucesso, que viria a ser o maior intérprete de suas músicas. Desde então, e por mais de dez anos, foi diretor artístico da Rádio Educadora, tendo criado o Programa Lamounier pelo qual passaram os grandes ídolos do tempo, e o primeiro programa infantil do rádio brasileiro.

Saindo da Educadora, o Programa Lamounier percorreu diversas emissoras, até fixar-se na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, em 1945. Ainda em 1929 compôs os tangos Renúncia e Arrependimento (com letra de Olegário Mariano), sendo este último seu primeiro disco gravado, com grande sucesso, por Gastão Formenti na Parlophon, por 1929-1930, relançado três anos depois pela Orquestra Guanabara, em etiqueta Odeon.

Em 1935, compôs as valsas Há um segredo em teus cabelos (com Osvaldo Santiago) e Só nós dois (com Anuar Jorge), interpretadas por Sílvio Caldas em disco Odeon. De 1937 é a valsa E o destino desfolhou (com Mário Rossi), gravada por Carlos Galhardo (Odeon), além de Suave poema de amor (com Mário Rossi), cantada por Albenzio Perrone (Odeon), que lançaria pela Victor, no ano seguinte, Apoteose de estrelas e Por amor ao meu amor, compostos pelos dois.

Em sua carreira, destaca-se ainda a valsa Nossa Senhora da Luz, composta para arrecadar fundos para o Convento da Luz, de São Paulo, e cantada em praça pública, quando este foi restaurado. Em 1972 o cantor da Jovem Guarda Paulo Sérgio relançou, em ritmo moderno, E o destino desfolhou, enquanto o maestro Orlando Silveira e o pianista Mário de Azevedo gravaram LPs com músicas suas. No fim da vida afastou-se do piano devido ao Mal de Parkinson e passou a compor músicas religiosas.

Arrependimento (c/Olegário Mariano), valsa, 1933; E o destino desfolhou (c/Mário Rossi), valsa, 1937; Há um segredo em teus cabelos (c/Osvaldo Santiago), valsa, 1935; Restos de ventura (c/Mário Rossi), valsa, 1938; Só nós dois (c/Anuar Jorge), valsa, 1935; A valsa do meu amor (c/Paulo Gustavo), 1932.

Algumas músicas






Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.