quinta-feira, 6 de abril de 2006

Gastão Lamounier

Gastão Lamounier (Gastão Marques Lamounier), compositor, nasceu em São Paulo SP, em 22/4/1893 e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 28/1/1984. Aos cinco anos mudou-se com a família para o Rio de Janeiro RJ, estudou no Colégio dos Irmãos Maristas e no Alfredo Gomes, cursando depois a Faculdade de Direito e formando-se em 1919.


Exerceu a advocacia até 1926, sendo então nomeado pelo governo corretor de mercadoria. Iniciou estudos de piano com o professor Pizzarrone, aperfeiçoando-se com a viúva de Alberto Nepomuceno, mas mesmo assim sempre tocou de ouvido.

Na década de 1910 passou longa temporada na Suíça, onde conheceu Franz Lehár (1870-1948) e compôs um xótis, Mimi, em homenagem à sua professora. Entrou para o rádio em 1929, convidado por Albenzio Perrone, cantor de grande sucesso, que viria a ser o maior intérprete de suas músicas. Desde então, e por mais de dez anos, foi diretor artístico da Rádio Educadora, tendo criado o Programa Lamounier pelo qual passaram os grandes ídolos do tempo, e o primeiro programa infantil do rádio brasileiro.

Saindo da Educadora, o Programa Lamounier percorreu diversas emissoras, até fixar-se na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, em 1945. Ainda em 1929 compôs os tangos Renúncia e Arrependimento (com letra de Olegário Mariano), sendo este último seu primeiro disco gravado, com grande sucesso, por Gastão Formenti na Parlophon, por 1929-1930, relançado três anos depois pela Orquestra Guanabara, em etiqueta Odeon.

Em 1935, compôs as valsas Há um segredo em teus cabelos (com Osvaldo Santiago) e Só nós dois (com Anuar Jorge), interpretadas por Sílvio Caldas em disco Odeon. De 1937 é a valsa E o destino desfolhou (com Mário Rossi), gravada por Carlos Galhardo (Odeon), além de Suave poema de amor (com Mário Rossi), cantada por Albenzio Perrone (Odeon), que lançaria pela Victor, no ano seguinte, Apoteose de estrelas e Por amor ao meu amor, compostos pelos dois.

Em sua carreira, destaca-se ainda a valsa Nossa Senhora da Luz, composta para arrecadar fundos para o Convento da Luz, de São Paulo, e cantada em praça pública, quando este foi restaurado. Em 1972 o cantor da Jovem Guarda Paulo Sérgio relançou, em ritmo moderno, E o destino desfolhou, enquanto o maestro Orlando Silveira e o pianista Mário de Azevedo gravaram LPs com músicas suas. No fim da vida afastou-se do piano devido ao Mal de Parkinson e passou a compor músicas religiosas.

Arrependimento (c/Olegário Mariano), valsa, 1933; E o destino desfolhou (c/Mário Rossi), valsa, 1937; Há um segredo em teus cabelos (c/Osvaldo Santiago), valsa, 1935; Restos de ventura (c/Mário Rossi), valsa, 1938; Só nós dois (c/Anuar Jorge), valsa, 1935; A valsa do meu amor (c/Paulo Gustavo), 1932.

Algumas músicas






Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

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