quinta-feira, 9 de março de 2006

Eduardo das Neves

Eduardo Sebastião das Neves (Dudu), palhaço de circo, poeta e principalmente cantor, foi o nosso artista negro mais popular do começo do século XX. Nasceu em 1874 no Rio de Janeiro e morreu na mesma cidade em 11 de novembro de 1919. Foi pai do famoso cantor e compositor Cândido das Neves (Índio).


Aos 21 anos foi guarda-freios da Estrada de Ferro Central do Brasil. Demitido passou a ser soldado do Corpo de Bombeiros, de onde também foi expulso por freqüentar fardado rodas boêmias. Em 1895 tornou-se palhaço e cantor, apresentando-se em circos e pavilhões. Nesta profissão percorreu vários estados brasileiros.

A partir de 1906, igualmente a Bahiano, Mário Pinheiro, Cadete e Nozinho era cantor contratado da Casa Edison. Seu extenso repertório versava entre cançonetas, chulas, canções, lundus e modinhas.

Foi Eduardo das Neves quem aproveitou a canção napolitana Vieni sul mare e fez a adaptação para glorificar a chegada do encouraçado Minas Gerais, que se juntaria à esquadra brasileira. Mais tarde, adulterada pelo povo, passou a celebrar tão somente o estado brasileiro e não mais ao navio.

Entre seus sucessos estão: A conquista do ar (Santos Dumont), de 1902. Ficou conhecido também como Palhaço Negro, Diamante Negro, Dudu das Neves e Crioulo Dudu.

Obra

A cabeça da mulher, A carne fraca, A gargalhada Hispano Americana, A guerra de Canudos, A mulata e o crioulo, A pimentinha, Amenidade, Angélica, Aninha faceira, As eleições de Piancó, Aurora, Babo-me todo, Balancê, Bolim-bolacho, Canção do marinheiro (De O Brique), Canção do pobre, Canoa virada, Catorrita, Chegadinho, Choro de arrelia, Clube de Regatas, Desafio dos boiadeiros, Democráticos na ponta, E eu nada, Estranguladores do Rio, Eulina, Gaúcho, Homenagem a Santos Dumont, Iaiazinha, Jovens crioulas, Lília, Lundu gostoso, Manhã na roça, Maria François, Marocas, Menina, teu pai não quer, Moleque chorão, Mulher profunda, Namoro frustado, Não me convém, Negro forro, Noites de Santo Antônio, O amolador, O ano novo, O aumento das passagens, O aquidabã, O bem-te-vi, O bombardeio, O Caninha em apuros, O cara dura, O cocheiro do bonde, O cinco de novembro, O corcunda, O hervário, O Imperador da República, O leque, Ó Margarida, O maxixe, Ó Minas Gerais (versão de Vieni sul mar), O pai de toda gente, O perigo, O pescador, O reinado do maxixe, O soldado que perdeu a parada, O voluntário, Os caçadores, Pai João, Paladinos da Cidade Nova, Pé de ganso, Perdão Emília, Periquitos, Pernambuco é minha terra, Pomada, Quem disse que o dinheiro não é bom, Quando?, Quando o meu peito, Quindins de Iaiá, Rolo em um bonde, Sempre chaleirando, Seu Barnabé, Seu Gouveia, Sindicato da terra da goiabada, Sorteio militar, Um vago, Uma entrevista com Fregoli, Uma festa na Penha.

Discografia

(1907) Balancê • Odeon • 78; (1907) Estranguladores do Rio • Odeon • 78; (1907) Seu Gouveia • Odeon • 78; (1907) Rolo em um bonde • Odeon • 78; (1907) O aquidaban • Odeon • 78; (1907) O amolador • Odeon • 78; (1907) Pai João • Odeon • 78; (1907) Iaiazinha • Odeon • 78; (1907) O soldado que perdeu a parada • Odeon • 78; (1907) E eu nada • Odeon • 78; (1907) Bolim-bolacho • Odeon • 78; (1907) Marocas • Odeon • 78; (1908) O maxixe • Odeon • 78; (1908) Ai Joaquina • Odeon • 78; (1908) Chegadinho • Odeon • 78; (1908) Canção dos marinheiros (de O Brique) • Odeon • 78; (1908) A mulata e o crioulo • Odeon • 78; (1908) Em um café concerto • Odeon • 78; (1908) Aurora • Odeon • 78; (1908) Pai João (O entusiasmo do negro Mina) • Odeon • 78; (1908) Quando o meu peito • Odeon • 78; (1909) Uma festa na Penha • Odeon • 78; (1909) Canção do pobre • Odeon • 78; (1909) Mulher profunda • Odeon • 78; (1909) Menina, teu pai não quer • Odeon • 78; (1909) O ano novo • Odeon • 78; (1909) Angélica • Odeon • 78; (1909) Babo-me todo • Odeon • 78; (1909) O malandro • Odeon • 78; (1909) Os dois bêbados • Odeon • 78; (1909) Canção do marinheiro • Odeon • 78; (1912) O bem-te-vi • Odeon • 78; (1912) Lundu gostoso • Odeon • 78; (1912) Ó, Minas Gerais (Viene sul mar) • Odeon • 78; (1912) Aninha faceira • Odeon • 78; (1912) Não me convém • Odeon • 78; (1912) Democráticos na ponta • Odeon • 78; (1912) Estela • Odeon • 78; (1912) Pomada • Odeon • 78; (1912) Club de Regatas • Odeon • 78; (1912) O voluntário • Odeon • 78; (1912) Canção do soldado • Odeon • 78; (1912) O Caninha em apuros • Odeon • 78; (1912) Lília • Odeon • 78; (1912) O perigo • Odeon • 78; (1912) Noites de Santo Antônio • Odeon • 78; (1912) Margarida vai à fonte • Odeon • 78; (1912) Gaúcho • Odeon • 78; (1912) Seu Barnabé • Odeon • 78; (1912) Festas joaninas • Odeon • 78; (1912) Sindicato da terra da goiabada • Odeon • 78; (1912) Desafio em Braga • Odeon • 78; (1912) Quindins de Iaiá • Odeon • 78; (1912) O pescador • Odeon • 78; (1912) Pé de ganso • Odeon • 78; (1912) Eulina • Odeon • 78; (1912) Manhã na roça • Odeon • 78; (1912) Canoa virada • Odeon • 78; (1912) Amenidade • Odeon • 78; (1912) O corcunda • Odeon • 78; (1912) Moleque chorão • Odeon • 78; (1912) O leque • Odeon • 78; (1912) Sorteio militar • Odeon • 78; (1912) Pernambuco é minha terra • Odeon • 78; (1912) Jovens crioulas • Odeon • 78; (1912) Os caçadores • Odeon • 78; (1912) Periquitos • Odeon • 78; (1912) O Imperador da República • Odeon • 78; (1912) Triângulo mineiro • Odeon • 78; (1912) Maria François • Odeon • 78; (1912) Paladinos da Cidade Nova • Odeon • 78; (1912) O reinado do maxixe • Odeon • 78; (1912) A pimentinha • Odeon • 78; (1912) O bombeiro • Odeon • 78; (1912) Ó Margarida • Odeon • 78; (1912) As eleições de Piancó • Odeon • 78; (1912) O pai de toda gente • Odeon • 78; (1912) O cocheiro do bonde • Odeon • 78; (1912) Negro forro • Odeon • 78; (1913) Namoro frustado • Odeon • 78; (1913) Um vago • Odeon • 78; (1913) Choro de arrelia • Odeon • 78; (1913) Quem disse que o dinheiro não é bom? • Odeon • 78; (1913) O hervanário • Odeon • 78; (1913) O cara dura • Odeon • 78; (1913) Um gago em apuros • Odeon • 78; (1913) Moleque de uma perna • Odeon • 78; (1913) O galo e a galinha • Odeon • 78; (1913) A cabeça da mulher • Odeon • 78; (1913) Meninas traidoras • Odeon • 78.


Fontes: www.musicapopular.org / eduardo-das-neves/music.html; Enciclopédia da Música Brasileira - Editora Art PubliFolha.

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