quinta-feira, 9 de março de 2006

Mário Pinheiro


Mário Pinheiro, cantor, nasceu em Campos RJ (1880) e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 10/1 /1923. Estreou como palhaço de um circo do bairro carioca da Piedade. Passou depois a atuar como cantor, sendo logo contratado com exclusividade por Fred Figner, fundador e proprietário da Casa Edison, do Rio de Janeiro.


Com Bahiano, Cadete, Nozinho e Eduardo das Neves, formou o quadro de cantores profissionais que realizaram as primeiras gravações de discos de gramofone no Brasil, iniciadas em 1902.

Sua dicção impecável levou-o a tornar-se o principal anunciador de discos da Casa Edison. Contratado pela Victor norte-americana, esteve nos E.U.A. e Itália, onde estudou canto, chegando a cantar no Teatro Alla Scala, de Milão. Voltou ao Brasil como baixo-cantante de uma companhia lírica.

Representando Tapir na ópera Moema, de Delgado de Carvalho, fez parte do programa de inauguração do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, a 27 de julho de 1909.

Sua discografia, a mais extensa realizada por qualquer cantor de sua época, inclui gravações que vão de 1902 a 1919, para as etiquetas Odeon-Record, Columbia, Phonograph e Victor Record. Com o soprano Zola Amaro, cantou em 1920, no Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, a ópera Condor (Carlos Gomes).

Detentor de grandes sucessos da música popular brasileira das duas primeiras décadas do século, entre suas interpretações destacam-se Ai, Maria (Edi Capua, versão de Russo), canção; Ao som da viola, desafio; O boêmio (Anacleto de Medeiros e Catulo da Paixão Cearense), tango; A brisa dizia à rosa, canção; Canção mineira, dueto; Na casa branca da serra (Miguel Emídio Pestana e Guimarães Passos), modinha; A casaca do homem, lundu; Casinha Pequenina (domínio público), canção; Clélia (Luís de Sousa e Catulo da Paixão Cearense), modinha; De Marília os lindos olhos, modinha; É loucura, meu anjo, modinha; Gentil Maria, modinha; Gondoleiro do Amor, modinha; As horas que passo, modinha; Isto é bom, lundu; Luar do Sertão (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), toada; Lundu infernal, lundu; Minha viola, toada; Mulata vaidosa, lundu; Nas horas mortas da noite, modinha; Ó pálida madona, modinha; Os olhos de Marília, modinha; Perdão Emília, modinha; Pierrot, canção; Pinica-pau, chula; Por um beijo, modinha; Primeiro amor, modinha; Quando morre o amor, valsa; Quando o meu peito, modinha; Quitutes, lundu; O rouxinol, modinha; Sertanejo enamorado, tango; Sô angu, lundu; Sou teu escravo, modinha; Stella, modinha; Talento e formosura (Edmundo Otávio Ferreira e Catulo da Paixão Cearense), modinha; e Teu pé, modinha.

Algumas interpretações












Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

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