domingo, 4 de junho de 2006

Três apitos

Noel Rosa escreveu "Três Apitos" baseado na fábrica de tecidos Confiança localizada em Vila Isabel, onde hoje se encontra o Supermercado Extra Boulevard. A fábrica de fiação e tecidos foi fundada em abril de 1885 e desativada após 85 anos de atuação. 

Uma das maiores inspirações de Noel eram as mulheres e com esta canção não foi diferente. Noel Rosa tinha um relacionamento com Clara, vizinha e conhecida da família. A moça era operária da fábrica, e seu grande admirador era atraído pelos apitos que indicavam o término do expediente de trabalho.  Exibido como sempre foi, Noel passava em seu carro fazendo questão que sua presença fosse notada. 

Porém há controvérsias sobre a musa inspiradora da música. Existem relatos que mostram que a música não foi dedicada a Clara, mas sim à Josefina que trabalhava numa fábrica de botões localizada no Andaraí, e era um caso a parte ao seu namoro. Porém Não existem comprovações referentes à verdadeira homenageada pelo poeta, pois até o próprio não deixou claro sua intenção em 1936 quando disse que “outra operária de fábrica, se encaixaria nessa canção”. (fonte: Feitiço do Noel - feiticodonoel.blogspot.com),

Três apitos (samba-canção, 1933) - Noel Rosa - Intérprete: Araci de Almeida

Disco 78 rpm / Título da música: Três apitos / Autoria: Rosa, Noel, 1910-1937 (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Orquestra de Cordas (Acompanhante) / Gnattali, Radamés (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1951 / Nº Álbum 16392 / Lado B / Lançamento: 1951 / Gênero musical: Samba-canção.

Tom: E
Intro: E7 A Am E F#7 B7

           E         E7         A
Quando o apito da fábrica de tecidos
Am             E   C#7
Vem ferir os meus ouvidos,
F#7  B7  E
eu me lembro de você
E7                    A
Mas você anda sem dúvida bem zangada
Am        E     C#7  F#7   B7        E B7
Ou está interessada em fingir que não me vê

                     E            E7         A
Você que atende ao apito de uma chaminé de barro
Am                     E         C#7
Por que não atende ao grito tão aflito
F#7   B7       E   B7
Da buzina do meu carro?
E          E7             A
Você no inverno sem meias vai pro trabalho
Am         E    C#7     F#7       E  B7
Não faz fé em agasalho nem no frio você crê

        E       E7               A
Você é mesmo artigo que não se imita
Am      E   C#7    F#7  B7  E   B7
Quando a fábrica apita faz reclame de você
E           C#7     F#7
Nos meus olhos você lê como eu sofro cruelmente
Am              E          C#7
Com ciúmes do gerente impertinente
F#7  B7 E   B7
Que dá ordens à você

         E       E7           A
Sou do sereno, poeta muito soturno
Am             E C#7  F#7  B7      E
Vou virar guarda-noturno e você sabe por quê
E7                         A
Mas você não sabe que enquanto você faz pano
Am       E     C#7   F#7   B7    E
Faço junto do piano esses versos pra você

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