terça-feira, 18 de julho de 2006

Trem das onze

"A singeleza quase ridícula do episódio — um indivíduo, filho único, tem que interromper um encontro amoroso para não perder o último trem, pois sua mãe não dorme enquanto ele não chegar —, cantado de forma patética nos versos de Adoniran Barbosa, é a razão principal da popularidade de “Trem das Onze”.

O dilema do suburbano de Jaçanã comoveu não somente os paulistanos, mas o público de todo o país, fazendo deste samba um grande sucesso, inclusive invadindo o carnaval carioca de 65, para o qual não fora destinado. Contribuiu também para este sucesso a interpretação dos Demônios da Garoa, absolutamente identificada com o motivo da composição, tanto assim que “Trem das Onze” se tornou peça obrigatória em suas apresentações.

Incluída na letra para rimar com “manhã”, Jaçanã tem pouco a ver com a vida de Adoniran. Apenas, ao final dos anos cinquenta, ele fez uma temporada no Circo do Batista, lá estacionado, onde interpretava personagens do programa radiofônico “História das Malocas”, na ocasião muito em evidência. Mas, se andou de trem, deve ter sido no das sete, para não atrasar o espetáculo. A propósito, o ramal que servia a Jaçanã foi extinto pouco tempo depois" (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Trem das onze (samba, 1965) - Adoniran Barbosa - Intérprete: Demônios da Garoa

LP Trem das Onze / Título da música: Trem das onze / Adoniran Barbosa (Compositor) / Demônios da Garoa (Intérprete) / Gravadora: Chantecler / Ano: 1964 / Álbum: CMG 2294 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.

Tom: C 
 
(intro)

(solo)  32, 23, 22, 21, 44, 41, 40, 53, 51, 50, 63

110-18-17-18-15-10
15-17-18-15-18
15-17-18-15-17
14-15-17-14-15

32, 23, 22, 21, 44, 41, 40, 53, 51, 50, 63

Dm      E7           Am                       F
Quaz,  Quaz,  Quaz Quaz Quaz Quaz,   Pascarigudum,
         E7            Am    E7
Pascarigudum, Pascarigudum...

         Am
Não posso ficar
Nem mais um minuto com você
Sinto muito amor
             E7
Mas não pode ser
  Dm  E  Am
Moro em Jaçanã
                  F
Se eu perder esse trem
          E7
Que sai agora às onze horas
 Dm    E7     Am
Só amanhã de manhã
       A7
Além disso mulher
             Dm
Tem outra coisa
       B7
Minha mãe não dorme
                 E7
Enquanto eu não chegar
 Dm   E7   Am
Sou filho único
 F           E7          Am
Tenho minha casa pra olhar
Dm        E       Am                          F
Faz,      faz,  faz faz faz faz,   faz carinho dumdum,
                E7                   Am                  Am
Faz carinho dumdum, faz carim dumdum..........Faz   dum dum
Não posso ficar

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