Como compositor, ficou conhecido como o "Rei das versões", especializando-se em fazer versões de músicas estrangeiras. Teve composições gravadas por diferentes intérpretes, entre os quais, Blecaute, Ângela Maria, Anísio Silva, Trio Nagô, Luiz Gonzaga, Irmãs Galvão, Linda Batista, Elisete Cardoso e Emilinha Borba.
Um de seus principais parceiros foi Getúlio Macedo, com quem compôs entre outras, o mambo Covarde, o samba-canção Há de existir meu amor, o ragtime Ano novo, ano bom, a marcha Nosso Natal e as valsas Meu papai e Mãezinha querida.
Em 1946, Emilinha Borba gravou pela Continental o samba Acapulco, versão de música de Gordon e Warren. Em 1950, Carlos Galhardo lançou na RCA a valsa Solidão, parceria com Olga Nobre. Em 1951, Emilinha Borba interpretou o bolero Dez anos, composição de Rafael Hernández e Adelaide Chiozzo gravou na Star a marcha Noite de lua, com Chocolate.
Em 1952, as seguintes músicas foram gravadas: o baião Vaqueiro romântico, com Chocolate na RCA Victor por Bob Nelson; o samba-canção Divórcio, parceria com Getúlio Macedo, por Linda Batista e o tango A media luz, versão de composição de E. Donato, por Nelson Gonçalves.
São de 1953 as gravações do samba Você sabe muito bem, com Benê Alexandre e Getúlio Macedo, ainda na Continental por Emilinha Borba e do bolero Linda cigana, versão de música de Livingstone e Evans, pelo Trio Madrigal.
Em 1954, Nelson Gonçalves gravou na RCA o samba-canção Como se previa, com Getúlio Macedo; Risadinha gravou na Odeon a marcha-rancho Meu jardim, com Jarbas Albuquerque; Osvaldo Borba e sua Orquestra gravou o Mambo das normalistas com Clínio Cavalcânti e Bel Luz também na Odeon; Dircinha Batista gravou na RCA o bolero Botões de laranjeira com Getúlio Macedo e o Trio de Ouro gravou também na RCA a Balado do ouro negro, versão de uma composição de Webster e Tiom Kim. Também no mesmo ano, a cantora Zaíra Cruz gravou na RCA Victor a valsa Noite santa, e a canção Vi mamãe beijar Papai Noel, esta última uma versão para música de T. Connor.
Em 1955, o Trio Yrakitan lançou na Odeon a canção Feliz Natal...Boas Festas com Irani de Oliveira, Zaíra Cruz gravou na RCA a rumba Baratinha; Nelson Gonçalves, também na RCA gravou o tango Esta noite me embriago (Esta noche me emborracho) com Discépolo e Jorge Veiga gravou o Hino da torcida do Flamengo, parceria com Getúlio Macedo.
Em 1956 foram gravados a valsa Dia dos nossos avós com Arsênio de Carvalho por Zaíra Cruz na RCA, o tango Mentindo (com Eduardo Patané) e o beguine Praia Vermelha com Getúlio Macedo, também na RCA pelo Trio Itapoan.
Em 1957, Pedroca do Trompete e seu Conjunto gravou na Sinter o bolero Intenção, parceria com Getúlio Macedo; Adelaide Chiozzo gravou a marcha Tua companheira, com Getúlio Macedo e o Trio Nagô gravou o bolero Dúvida, parceria com C. Navarro.
Em 1958 suas músicas foram gravadas por Ângela Maria (o samba Apaixonada) na Copacabana, Carolina Cardoso de Menezes (o mambo Covarde, parceria com Getúlio Macedo) na Odeon, os Vocalistas Modernos (regravação do bolero Covarde) e Chiquinho e sua orquestra (o bolero Arranca minha vida, parceria com Getúlio Macedo) os dois últimos pela Sinter.
Em 1959, Anísio Silva gravou na Odeon a guarânia Quero beijar-te as mãos, parceria com Arsênio de Carvalho, regravada no ano seguinte pela dupla Cascatinha e Inhana.
Em 1960, Carlos Galhardo gravou na RCA Victor o samba-canção Presença viva do nosso amor, parceria com Getúlio Macedo e Hebe Camargo gravou também na Odeon o bolero Eu tenho um pecado novo, versão de composição de Moraes e Martinez.
Em 1961, compôs com Luiz Gonzaga a marcha Alvorada da paz gravada no mesmo ano pelo Rei do Baião na RCA. Ainda no mesmo ano, Orlando Silva gravou a Canção do amor que lhe dou.
Sua intérprete mais constante foi Emilinha Borba, que gravou de sua autoria, entre outras, o bolero Em nome de Deus com Alvarado, o fox-samba Istambul uma versão da composição de Simon e Kennedy, o tango Desengano, com o maestro Patané e o bolero Chuvas de abril com D. Sylvia e Silvers, todas pela Continental.
Teve, ao logo da carreira, mais de 100 composições gravadas. Seu maior sucesso foi a guarânia Quero beijar-te as mãos, com Arsênio de Carvalho.
Algumas músicas
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
Segundo pesquisei nos acervos virtuais do "Jornal do Brasil" e de "O Estado de S. Paulo", Lourival Faissal morreu no dia 21 de setembro de 1979, aos 56 anos de infarto do miocárdio.
ResponderExcluir