Claudete Soares (Claudete Colbert Soares), cantora, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 31/10/1937. Aos dez anos começou a cantar no Clube do Guri, na Rádio Tamoio, passando depois a participar do programa Papel Carbono, na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro.
Apresentou-se depois em várias emissoras cariocas, chegando a receber o título de Princezinha do Baião, pelo seu desempenho no programa Salve o Baião, ao lado de Luiz Gonzaga, na Rádio Tamoio. No seu primeiro disco, um 78 rpm, gravado pela Columbia em 1954, cantou dois baiões, Você não sabe (Eny de Castro Perret) e Trabalha, Mané (João Luís da Silva e João da Silva).
Trabalhou na boate do Hotel Plaza, no Rio de Janeiro, como crooner do conjunto de Luís Eça. Em 1960, gravou duas faixas com as músicas Sambop (Durval Ferreira e Maurício Einhorn) e A fábula que educa (Silvino Júnior, Orlandivo e Eumir Deodato), no LP, da Copacabana, Nova geração em ritmo de samba, do qual participaram também Marilúcia, Silvino Júnior e Eumir Deodato.
Ainda nesse ano, participou do programa Brasil 60, de Bibi Ferreira, na TV Excelsior, de São Paulo, e começou a se apresentar numa série de casas noturnas paulistas: primeiro na Baiúca, depois no Cambridge, atingindo o sucesso como atração no Juão Sebastião Bar, para depois inaugurar a boate Ela, Cravo e Canela, com Pedrinho Mattar, no espetáculo Um show de show.
Lançou seu primeiro LP individual, pela Mocambo, em 1964, Claudete é dona da bossa, cantando, entre outras, Garota de Ipanema (Vinícius de Moraes e Tom Jobim) e Tristeza de nós dois (Durval Ferreira, Bebeto e Maurício Einhorn); no ano seguinte, pela mesma etiqueta, gravou seu segundo LP, Claudete Soares, destacando-se nesse disco sua interpretação de Primavera (Carlos Lyra e Vinícius de Morais).
Apresentou-se, em 1966, junto com Taiguara e o Jongo Trio, no espetáculo Primeiro tempo 5 X O, dirigido por Ronaldo Bôscoli e Miele, que fez sucesso no Rio de Janeiro, inicialmente na boate Rui Bar Bossa e, depois, no Teatro Princesa Isabel, dele resultando um LP gravado pela Philips, em que cantou, entre outras, Apelo (Vinícius de Morais e Baden Powell) e A volta (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). Ainda nesse ano, participou do I FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, defendendo a música Chorar e cantar (Vera Brasil e Sivan Castelo Neto).
Em 1968 lançou novo LP, pela Philips, cantando músicas como Januária (Chico Buarque), Mancada (Gilberto Gil) e Frevo rasgado (Gilberto Gil), e no ano seguinte gravou, também pela Philips, Quem não é a maior tem que ser a melhor, no qual incluiu Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos).
Com Agildo Ribeiro e Pedrinho Mattar, atuou no show Fica combinado assim, no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro, em 1971, ano em que lançou, também pela Philips, novo LP, interpretando, entre outras músicas, De tanto amor (Roberto e Erasmo Carlos) e Coisas (Taiguara).
Em 1995 gravou o LP Vida real pela etiqueta Imagem, que incluiu regravações de Baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), O que tinha de ser (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e Desde que o samba é samba (de Caetano Veloso).
CDs: Claudette Soares é dona da bossa, 1991, Imagem 1032; Vida real, 1995, Imagem 2010.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
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