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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aquelas palavras

Lúcio Alves
Aquelas palavras (samba-canção, 1948) - Benny Wolkoff e Luiz Bittencourt - Intérprete: Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Aquelas palavras / Benny Wolkoff (Compositor) / Luiz Bittencourt (Compositor) / Lúcio Alves, 1927-1993 (Intérprete) / Benny Wolkoff e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 03/03/1948 / Lançamento: 05/1948 / Nº do Álbum: 15892 / Nº da Matriz: 1798-1 / Gênero musical: Samba canção / Coleções de origem: IMS, Nirez



Adeus, nosso romance / Chegou ao final
Amor nunca existiu entre nós / Realmente seu pensamento
É bem diferente do meu / Vivemos em plena rotina
Entre nós nunca houve união...

Lastimo profundamente / Este fim tão banal
Assim não é possível viver / Francamente sigo o meu destino
Você segue o seu / Caso de amor como o nosso
Não tem outra solução...

Aquelas palavras feriram / Demais o meu coração
Guardei na retina o instante / Cruel da separação
Um dia, talvez, ela julgue / O grande mal que nos fez
E assim novamente iremos / Viver nosso sonho outra vez...



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Baião de Copacabana

Alcides Gerardi
Composição de Haroldo Barbosa com música de Lúcio Alves, esta canção foi inicialmente gravada, em 1951, pelo Trio Madrigal: Edda Cardoso, Magda Marialba e Magda Oliveira. Dois meses depois regravada pelo cantor Alcides Gerardi e popularizada por Lúcio Alves em 1954.

Baião de Copacabana (baião, 1951) - Lúcio Alves e Haroldo Barbosa - Intérprete: Alcides Gerardi

Disco 78 rpm / Título da música: Baião de Copacabana / Haroldo Barbosa (Compositor) / Lúcio Alves, 1927-1993 (Compositor) / Alcides Gerardi, 1918-1978 (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / Gravadora: Odeon / Gravação: 05/07/1951 / Lançamento: 11/1951 / Nº do álbum: 13185 / Nº da matriz: 9055 / Gênero musical: Baião / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi



Copacabana, Copacabana
Ai quem me dera
Que eu pudesse te deixar
A vida é cara, o sol me queima
Mas eu não posso viver bem
Noutro lugar
(bis)

Vem a conta do gás e do leite e da carne
Eu nem sei como hei de pagar
O meu lar é uma vaga de quarto
Mais caro que casa
De qualquer lugar

Ai de mim que será
Quando eu adormecer
De manhã ao despertar
Procurar e não te ver


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Amargura

Lúcio Alves
Amargura (samba-canção, 1950) - Radamés Gnattali e Alberto Ribeiro - Intérprete: Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Amargura / Alberto Ribeiro, 1902-1971 (Compositor) / Radamés Gnattali (Compositor) / Lúcio Alves, 1927-1993 (Intérprete) / Gravadora: Continental / Gravação: 1950 / Lançamento: 09/1950 / Nº do álbum: 16293 / Nº da matriz: 2325 / Gênero musical: Samba canção / Coleções de origem: IMS, Nirez


Toda amargura que há no céu
Que há na terra e no mar
Nasceu, talvez
Da amargura que tem no olhar

No céu há um sol a brilhar
Que deixa a terra e o mar
Só tu continuas assim
Dia e noite a chorar


Pobre de quem vê em tudo
A saudade de alguém
E a esperar
Nem sequer vê a vida passar

Tristezas só há no amor
E o mundo começa a cantar
Apaga a amargura
Do teu olhar...


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Namorados da Lua


Namorados da Lua. Conjunto vocal organizado no Rio de Janeiro/RJ em 1941 e desfeito em 1947. Teve quatro formações diferentes, sempre liderado por Lúcio Alves, crooner, arranjador e violonista do grupo. Composto por Nei Costa, Agostinho, Geraldo, Joãozinho e Madalena, apresentou-se em público pela primeira vez em 1941, tirando o primeiro lugar no programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi.


Em 1942 gravou seu primeiro disco 78 rpm pela Victor, cantando Vestidinho de Iaiá e Te logo, sinhá (ambas de Assis Valente). Com a saída de Agostinho e Geraldo e a entrada de Russinho — José Ferreira Soares —, o grupo gravou em 1944 na Continental seu segundo disco, Agora sim e Caráter de mulher (ambas de Francisco Santos e João Dinis).

No ano seguinte, gravaram com sucesso na mesma marca os sambas Eu quero um samba (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida) e Morena faceira (Janet de Almeida). A partir dessa gravação, o grupo passou a ser destaque nas programações da Rádio Tupi e gravou dois discos. Novamente com outra formaçao — Lúcio, Nei Costa, Russinho, Joãozinho, Chiquinho (Francisco Storino), Rui Peres e Horaci Medela —, o grupo apresentou-se em temporada no Cassino Atlântico.

Em dezembro de 1945, o grupo se desfez e, em 1946, Lúcio formou novo conjunto, para atender a um compromisso de Carnaval, do qual faziam parte Chiquinho, Miltinho, Nanai (Arnaldo Humberto de Medeiros), Silveirinha (Otaciliano Silveira) e Chicão (Francisco Guimarães Coimbra). Com essa formação, o grupo fez uma temporada no Cassino Copacabana, durante o Carnaval daquele ano, voltou a gravar pela Continental e foi contratado pela Rádio Nacional, até ser desfeito, definitivamente, em 1947.

Dessa última formação, as músicas de mais sucesso foram Dança do ban zan-zan (Janet de Almeida e Francisco Storino) e Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico), em abril de 1946; Não bobeie, Calamazu (Caco Velho e Nilo Silva) em maio de 1946;

Em 1947 alcançam sucesso com a gravação do samba De conversa em conversa (Lúcio Alves e Haroldo Barbosa), com a cantora Isaura Garcia na Victor; e Guerra ao pardal (Alberto Ribeiro e Peterpan), marcha lançada no Carnaval de 1948, último disco do grupo.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Esperança perdida

Lúcio Alves
Esperança Perdida (samba-canção, 1956) - Billy Blanco e Tom Jobim - Interpretação: Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Esperança Perdida / Billy Blanco (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Lúcio Alves (Intérprete) / Gravadora: Mocambo / Ano: 1956 / Nº Álbum: 15.040-a / Lado B / Gênero musical: Samba-canção.


Tom: F

Introd: F7M 

Quanta esperança perdida
Mas felizmente é assim
O tempo passa e com ele a vida
E a vida um dia tem fim...

                Am7           D4/7/9 D7/9- Gm7 
Eu pra você fui mais um 
               Am7  D7/9       Bbm6/Db  C7  Bb6 
Você foi tu.......do     pra mim 
              A7            Dm7  Am7 
Fiz de você o meu céu 
               D7/9- Gm7                    Gb7/11+  F7M 
Minha razão,             meu tudo enfim 
                Am7       D4/7/9 D7/9-   Gm7 
As coisas belas da vi..........da 
              Am7         Gm7   Bb6 
De nada servem porque 
                   A7/9-      Dm7  G7/13- C7/9-  F6  C7/9+ F7M 
Porque não tenho queri.......da         vo.......cê 
                Am7           D4/7/9 D7/9- Gm7 
Eu pra você fui mais um 
               Am7  D7/9       Bbm6/Db  C7  Bb6 
Você foi tu.......do     pra mim 
              A7            Dm7  Am7 
Fiz de você o meu céu 
               D7/9- Gm7                    Gb7/11+  F7M 
Minha razão,             meu tudo enfim 
                Am7       D4/7/9 D7/9-   Gm7 
As coisas belas da vi..........da 
              Am7         Gm7   Bb6 
De nada servem porque 
                   A7/9-      Dm7  G7/13- C7/9-  F6   
Porque não tenho queri.......da         vo.......cê

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Manias

Lúcio Alves
Manias (samba-canção, 1955) - Celso e Flávio Cavalcanti - Intérprete: Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Manias / Cavalcanti, Celso (Compositor) / Cavalcanti, Flávio (Compositor) / Severino Filho (Arranjador) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Coro (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Mocambo, Indefinida / Nº Álbum 15040 / Gênero musical / Samba canção.


Intro: F Bb7+ Am7 D7 Gm7 Gm6 F C9-

F7+         Gm7        Am7 Abm7 Gm7             C/Bb
Dentre as manias que eu tenho uma é gostar de você
F7+     Gm7        Am7 Abm7 Gm7             C/Bb C7
Mania é coisa que a gente tem mas não sabe porque
Cm7             F9 F9- Bb7+             Em9 A7
Mania de querer bem, às vezes de falar mal
Dm7            F/G G7 Gm7             C/Bb C13/9-
Mania de não deitar sem antes ler o jornal
F7+     Gm7    Am7 Abm7  Gm7                C/Bb C9-
De só entrar no chuveiro cantando a mesma canção
F7+    Gm7    Am7 Abm7  Gm7               C/Bb C7
De só pedir o cinzeiro depois da cinza no chão
Cm7              F9 F9- Bb7+             Em9  A7
Eu tenho várias manias, delas não faço segredo
Dm7                   F/G G7 Gm7              C/Bb C13/9-
Quem pode ver tinta fresca sem logo passar o dedo
F7+        Gm7    Am7 Abm7 Gm7                    C/Bb C9-
De contar sempre aumentado tudo o que diz ou que fez
F7+          Gm7  Am7 Abm7 Gm7                 C/Bb C7
De guardar fósforo usado dentro da caixa outra vez
Cm7                F9 F9- Bb7+               Eb7
Mania é coisa que a gente tem mas não saber porque
F7+        Gm7         Am7 D5+/9 Gm7  G7        F Dm7 Gm9 C13
Dentre as manias que eu tenho uma é gostar de você
...
   Gm7     C7       F7+ Eb/F Db/Eb F7+
...uma é gostar de você

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Valsa de uma cidade

Esta canção é uma crônica de amor ao Rio de Janeiro. Realmente, seus versos iniciais com um enfoque descritivo - "Vento do mar no meu rosto / e o sol a queimar, queimar / calçada cheia de gente / a passar e a me ver passar" - têm a marca inconfundível do grande cronista que foi Antônio Maria, autor da letra, e bem poderiam servir de abertura a uma de suas crônicas.

Abrem, porém, uma das mais belas canções, entre tantas, que louvam o Rio de Janeiro, uma canção em ritmo de valsa, ao contrário da maioria que canta a cidade em ritmo de samba. Em tempo: nenhum dos autores de "Valsa de Uma Cidade" era carioca, sendo Antônio Maria pernambucano e Ismael Neto paraense.

Antônio Maria
Valsa de uma cidade (valsa, 1954) - Ismael Neto e Antônio Maria - Intérprete: Lúcio Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Valsa de uma cidade / Maria, Antônio (Compositor) / Ismael Neto (Compositor) / Alves, Lúcio, 1927-1993 (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Continental, 1954 / Nº Álbum 16995 / Gênero musical: Valsa.


Introd.: C7M  Am   Dm7   G7/-9/13

C7M        Am7            Dm
Vento do mar no meu rosto
       G7         C7M    A7    Dm7   G7
E o sol a queimar,     queimar
C7M        Am7     Dm7        G7
Calçada cheia de gente a passar
           C7M Am7 Gbm7   B7
E a me ver      passar

 E    Dbm7    Gbm7  B7 E Dbm7   Gbm7 B7
Rio    de    Janeiro    gosto    de   você
  E      Dbm7          Gbm7  B7       E7
Gosto  de     quem  gosta  deste   céu
          A7               Dm7     G7   
Deste mar,  desta  gente  feliz

C7M           Am7        Dm7
Bem que eu quis escrever
         G7           C7M    A7    Dm7  G7
Um poema de amor     e  o  amor
          Cm7    Ab7           G7
Estava  em  tudo  o  que   vi
Ab7M       Fm             Dm7    G7
Em tudo  quanto eu amei
C        Am              F7M
E no poema que eu fiz
              Dm             D7   G7   C   Am7 F7M
Tinha alguém mais feliz   que  eu

G7          C  Am7 F7M   G7               C  Am7 F7M
O meu amor                   que não me quis
 G7         C  Am7 F7M  G7               Ab7M Fm C7M/9
O meu amor                 que não  me  quis


A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Nunca mais

Stellinha Egg
Nunca mais (samba-canção, 1949) - Dorival Caymmi - Intérpretes: Lúcio Alves (1949) e Stellinha Egg (1954)

Disco 78 rpm / Título da música: Nunca mais / Dorival Caymmi, 1914-2008 (Compositor) / Lúcio Alves (Intérprete) / Cópia e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 16/03/1949 / Lançamento: 03/1949 / Nº do Álbum: 16032 / Nº da Matriz: 2039-R / Gênero musical: Samba canção / Coleção de origem: Nirez



Disco 78 rpm / Título da música: Nunca mais / Dorival Caymmi, 1914-2008 (Compositor) / Stellinha Egg (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 08/01/1954 / Lançamento: 04/1954 / Nº do Álbum: 80-1265 / Nº da Matriz: BE4-VB-0334 / Gênero musical: Samba canção

G7M     G6     Bm7(b5)    E7(b9#5)    Am7(9)
Eu queria escrever                
Am7M(9)   Am7    F#m7(b5)    B7(#5)
Mas depois       desisti
Em7(9)  Em7/D G/A A7(b9) Am7(9) Am7M(9) C#m7(b5) F#7(#5)
Preferi te falar,    assim  a      sós
Bm7(9)   Bm7/A     D/E   E7(b9#5)   Am9
Terminar nosso amor                    
Am7M(9)      Am7    F#m7(b5)   B7(#5)  
Para       nós     foi melhor
Em7(9) Em7/D  G/A  A7(b9) Am7(9) Bm7 C7M D7(#5) D7(b9)
Para mim  é melhor  convém a nós    convém  amor
G9        G7M       Bm7(b5)    E7(b9#5)
Nunca mais vou querer os teus beijos           
Am7    Am7(9)   A7(13)   A7(b13)
Nunca mais
Am7(9)            C/D   D7(b9)   G7M   C/G   D/G   C/G
Nunca  mais   vou querer teu amor         nunca mais
Bm7(9)     G°7M        Am7(9)   Bm7(b5)   E7(#5)
Uma   vez   me pediste sorrindo,     eu voltei
Am7(9)   C/D   D7(b9#5) G7M(9) Am7(9) Bm7(9) Am7(9)
Outra vez  me pediste chorando,  eu voltei

Bm7(b5)          E7(b9#5)
Mas agora     eu não posso   e nem   quero
Am7M(9)   Am7(9)   A7(13)   A7(b13)
Nunca        mais,
Am7(9)           C/D    D7(b9#5)    G7M(9)
O que     tu     me fizeste, amor,         foi demais
Cm74                  G7M(9)
O que  tu   me fizeste, amor,      foi demais 


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

De conversa em conversa

Isaura Garcia

Tal como "Saia do caminho", lançado em 1946, "De Conversa em Conversa" explora o tema da separação amorosa. Só que de uma maneira diversa, pois, enquanto no samba anterior a protagonista aceita o fato resignadamente, aqui reage de forma decidida, procurando minimizar o trauma da separação: "Vivendo dessa maneira / continuar é besteira / não adianta não / o que passou é poeira / deixa de asneira / que eu não sou limão / não sou limão, não, não...".

O curioso é que em "De Conversa em Conversa" o autor da letra é Haroldo Barbosa, irmão de Evaldo Rui, letrista de "Saia do Caminho", o que de certa maneira expõe as diferenças de estilo dos dois, sendo o primeiro irônico, prático, realista, em contraste com o segundo, mais chegado ao romantismo.

Lançado no rádio por Lúcio Alves (autor da melodia, quando tinha 16 anos) e os Namorados da Lua, com o título de "Não Sou Limão", o samba despertou a atenção de Isaura Garcia, que o gravou acompanhada pelo citado conjunto.

De conversa em conversa (samba, 1947) - Haroldo Barbosa e Lúcio Alves - Intérprete: Isaura Garcia

Disco 78 rpm / Título da música: De conversa em conversa / Haroldo Barbosa (Compositor) / Lúcio Alves, 1927-1993 (Compositor) / Isaura Garcia (Intérprete) / Namorados da Lua (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 12/12/1946 / Lançamento: 03/1947 / Nº do Álbum: 80-0497 / Nº da Matriz: S-078665-1 / Gênero musical: Samba

F7+
Oi de conversa em conversa
  Am7            G#m7  Gm7   D7  Gm7
Você vai arranjando um meio de brigar
                                 G#º
Oi de palavra em palavra você está querendo
   F    F7+
É nos separar
               Am7                 G#m7
Parece até que o destino uniu-se com você
             Gm7
Só pra me maltratar
                                   C7/9
Pois cada dia que passa é mais uma tormenta
              F7+
Que eu deixei ficar
Nosso viver não adianta
    Am7     G#m7    Gm7  D7 Gm7
É melhor juntarmos nossos trapos
Arrume tudo que é seu
      E7                A7    F7
Que vou separando os meus farrapos
               Bb7+                 Bbm7
Vivendo dessa maneira continuar é besteira
             Am7      D7
Não adianta não, não, não
                Gm7
O que passou é poeira
         C7/9                  F7+
Deixa de asneira que eu não sou limão
F#7+              F7+
Não sou limão, eu não!


Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Volume 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

sábado, 8 de abril de 2006

Lúcio Alves


Lúcio Ciribelli Alves, cantor, compositor e instrumentista, nasceu em Cataguases MG 28/1/1927 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 3/8/1993. Filho de um maestro da banda de Cataguases, aos seis anos começou a aprender violão. Um ano depois mudou-se para o Rio de Janeiro RJ, onde aos nove anos participou do programa Bombonzinho, de Barbosa Júnior, cantando a música Juramento Falso (Pedro Caetano), na época grande sucesso de Orlando Silva.


Apresentou-se depois no Picolino, programa do mesmo Barbosa Júnior, na Rádio Mayrink Veiga. No ano seguinte, interpretou Aladim, na radio-novela Aladim e a lâmpada maravilhosa, da Rádio Nacional, onde também participou do programa Ora Bolas!, recebendo na época o apelido de "cantor das multidinhas", dado por Silvino Neto.

Em 1941, com um grupo de amigos, organizou o conjunto Namorados da Lua, destacando-se como violonista, crooner e arranjador. No mesmo ano, o grupo tirou o primeiro lugar num programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, e, com a música Nós, os carecas (Arlindo Marques Jr. e Roberto Roberti), uma das mais tocadas no Carnaval, venceu concurso carnavalesco do Teatro República, do Rio de Janeiro.

O conjunto gravou seu primeiro disco pela Victor, em 1942, cantando Vestidinho de iaiá e Té logo, sinhá (ambas de Assis Valente). Sempre como líder do conjunto, participou de várias formações diferentes do grupo, que, em seus seis anos de existência, gravou vários discos, atuou na Rádio Nacional e nos casinos Atlântico e Copacabana. Entusiasmado com o desempenho dos Namorados da Lua, começou também a compor e, em 1943, fez com Haroldo Barbosa o samba De conversa em conversa, originalmente intitulado Não sou limão, gravado quatro anos mais tarde por Isaura Garcia, na Victor.

Eu quero um samba (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), gravado com sucesso em junho de 1945 pelo conjunto, chamou a atenção do público para sua voz e, ao serem desfeitos os Namorados da Lua, em 1947, tornou-se cantor independente, lançando sua primeira gravação individual pela Continental, em março de 1948, cantando Solidão, versão feita por Aluísio de Oliveira sobre o bolero Tres palabras (Osvaldo Farres), apresentada no filme Música, maestro, de Walt Disney. No mês seguinte, lançou novo disco, com Aquelas palavras e Seja feliz... adeus (ambas de Luís Bittencourt e Benny Woldorff).

Ainda em 1948 foi para Cuba, México e E.U.A., apresentando-se com o conjunto Anjos do Inferno, retornando alguns meses depois. Daí em diante gravou vários sucessos pela Continental, como Terminemos (Paulo Soledade e Fernando Lobo), Sábado em Copacabana (Carlos Guinle e Dorival Caymmi), Manias (Flávio e Celso Cavalcanti), Xodó (Jair Amorim e José Maria de Abreu), Valsa de uma cidade (Ismael Neto e Antônio Maria), Se o tempo entendesse (Marino Pinto e Mário Rossi) e Na paz do Senhor (José Maria de Abreu e Luiz Peixoto), todas gravadas no início da década de 1950 e grandes êxitos em disco.

Em 1952, novamente com Haroldo Barbosa, compôs Baião de Copacabana. Em junho de 1954, gravou em dupla com Dick Farney um 78 rpm pela Continental, com o samba Tereza da praia (Tom Jobim e Billy Blanco) e Casinha pequena, toada que compôs especialmente para o disco.

A partir de 1955, quando o gênero romântico da dupla começou a sair de moda , os sucessos se tornaram mais raros e ele passou a compor para outros cantores. No final da década de 1950 voltou a gravar, lançando o LP Cantando depois do sol, na Philips, que incluía Emília (Wilson Batista e Haroldo Lobo) e Minha palhoça (J. Cascata).

Com a bossa nova seu nome voltou a ter destaque e, além de participar de vários shows de televisão, boate e teatro, lançou novos LPs. Em 1960, na Odeon, gravou Lúcio Alves interpreta Dolores Duran, no qual homenageava a compositora falecida em outubro de 1959, cantando A noite do meu bem, Fim de caso e outras. Em 1961 gravou pela Philips o LP A bossa é nossa, que incluía Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira ), Nova ilusão (Luís Bittencourt e José Meneses), O samba da minha terra (Dorival Caymmi) e outras composições do gênero.

Em 1963 transferiu-se para a gravadora Elenco, de Aloysio de Oliveira, onde gravou o LP Balançamba, que também continha repertório típico da bossa nova, como Rio, Ah! se eu pudesse e O barquinho (todas de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). Na década de 1960 utilizou sua experiência, sobretudo em conjuntos vocais, orientando e produzindo gravações e programas de televisão. No programa da TV Record, de São Paulo SP, Corte Rayol Show, em 1965, produziu um quadro musical, Roda de samba, que reunia quatro cantores diferentes em interpretações de quartetos vocais.

Em 1973 passou a trabalhar como produtor musical da TV Educativa, do Rio de Janeiro, gravando ainda outro sucesso, Helena, Helena, Helena (Alberto Land). Em 1975 voltou a gravar na RCA o LP Lúcio Alves, que incluía músicas com nomes de mulher, entre as quais Juraci (Antônio Almeida e Ciro de Sousa), Januária (Chico Buarque), Lígia (Tom Jobim), Carolina (Chico Buarque) e Rosa (Pixinguinha e Otávio de Sousa). Em 1988 lançou o disco Há sempre um nome de mulher.

Algumas letras e músicas cifradas











Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin.