quinta-feira, 13 de abril de 2006

Maria Creuza


Maria Creuza Silva Lima, cantora, nasceu em Esplanada, Bahia, em 26/2/1944. Mudou-se com a família para Salvador BA com dois anos e foi durante o curso ginasial, no Colégio Ipiranga, que passou a se interessar por música, nas aulas de canto orfeônico.


Aos 15 anos formou um conjunto de moças, Les Girls, de curta duração, onde se destacava como crooner, o que lhe permitiu entrar em contato com o meio musical, sendo convidada, aos 16 anos, para cantar em alguns programas das rádios baianas. A partir daí, tornou-se conhecida em Salvador e, já no ano seguinte, passou a ter um programa na TV Itapoã - Encontro com Maria Creuza - que durou quatro anos.

Contratada por uma gravadora local, gravou somente músicas em inglês. Em 1965 conheceu Antônio Carlos (da dupla Antônio Carlos e Jocafi), que iniciava sua carreira de compositor e com quem viria a casar, três anos depois, no Rio de Janeiro RJ.

Em 1966 defendeu a música Se não houvesse Maria (Antônio Carlos), no festival Brasil Canta no Rio, a princípio na parte regional, em Salvador, e, depois, no Rio de Janeiro. Do mesmo autor, cantou, no ano seguinte, Festa no terreiro de Araketu, no III FMPB, da TV Record de São Paulo SP, música que gravou, ainda em 1967, no seu primeiro compacto simples, junto com Abolição (Antônio Carlos).

Foi considerada a melhor intérprete do IV Festival Universitário, realizado em 1969, no Rio de Janeiro, ao classificar em terceiro lugar a música Mirante (Aldir Blanc e César Costa Filho). Ainda em 1969, defendeu Catendê (Antônio Carlos e Jocafi) no V FMPB. No final desse ano, no Rio de Janeiro, conheceu, através de Chico Feitosa, Vinícius de Moraes, que a convidou para participar de um show, no ano seguinte, com ele e Dori Caymmi, em Punta del Este, no Uruguai, e que mais tarde seria gravado em disco. Chegou às paradas de sucesso, em 1971, com Mas que doidice (Antônio Carlos e Jocafi).

Com Toquinho e Vinícius de Moraes, ainda em 1971, gravou o LP Eu sei que vou te amar, pela RGE, e fez uma temporada em Paris, França, e Milão, Itália, no ano seguinte. Em 1973 gravou, pela RCA Victor, o LP Eu disse adeus, cantando a música-título (Roberto Carlos) e um pot-pourri com Obsessão (José Maria de Abreu e Jair Amorim), Não me diga adeus (Paquito, Luís Soberano e Correia da Silva), Pois é (Chico Buarque e Tom Jobim) e A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Gravou quatro LPs na Argentina. Seu LP Você abusou (1972) foi lançado em Paris e Roma, Itália, e Eu disse adeus foi gravado também em espanhol, para ser vendido na Europa.

Participou, em 1974, do II Festival Mundial de Música Popular, em Tóquio, Japão, defendendo a música de Antônio Carlos e Jocafi Que diacho de dor, classificada em segundo lugar. Nesse mesmo ano, gravou o LP Sessão nostalgia, pela RCA Victor, do qual faziam parte as músicas De conversa em conversa (Haroldo Barbosa e Lúcio Alves), Duas contas (Garoto), Vingança (Lupicínio Rodrigues), Luz negra (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso) e O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros).

Nas décadas de 1980 e 1990 lançou os LPs Sedução (1981), Poético (1982), Meia Noite (1983), Maria Creuza (1984) e O melhor de Maria Creuza (1985), todos pela RCA, além de Paixão acesa (1986) e Pura magia (1987), pela Arcasom e Da cor do pecado (1989) e Todo sentimento (1991), pela Som Livre.

Algumas músicas



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Um comentário:

  1. Me orgulho de saber que uma conterrânea de minha mãe foi tão ilustre, bela e talentosa. Tenho certeza que valerá a pena pesquisar e ouvir esta artista que, hoje não é tão divulgada pela mídia. "Salve o povo baiano que só enriquece nossa cultura!"

    ResponderExcluir