A dupla de patriarcas do samba Cartola (Angenor de Oliveira) e Carlos Cachaça (Carlos Moreira de Souza) foi fundamental para a formação das escolas e fixação dos padrões rítmicos do próprio samba. Grandes amigos, casados com duas irmãs, estes pioneiros, além de contribuírem para que o samba se livrasse da herança do maxixe, são responsáveis pela incorporação ao gênero de um texto que não existia nas letras primitivas de seus contemporâneos. Isso, para não falar da importância dos dois na formação e desenvolvimento da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, à qual seus nomes e suas músicas estão intrinsecamente ligados.
A história de “Alvorada” começou numa madrugada, quando Cartola e Cachaça, descendo o morro do Pendura a Saia, sentiram-se impressionados com os primeiros raios de sol que iluminavam o cenário, contrastando a beleza da cena com o sofrimento dos moradores do lugar. Fizeram, então, a primeira parte do samba: “Alvorada lá no morro que beleza / ninguém chora, não há tristeza / ninguém sente dissabor / o sol colorindo é tão lindo, é tão lindo / e a natureza sorrindo / tingindo, tingindo a alvorada.”
A segunda parte surgiu na casa de Hermínio Bello de Carvalho, onde tinham ido para completar a composição. Hermínio fez a letra, enquanto Cartola compunha a melodia na hora. Em suas primeiras gravações, com Odete Amaral e Clara Nunes, o samba saiu com o título de “Alvorada no Morro”. Depois, inclusive nas gravações de Cartola e Carlos Cachaça, o nome foi simplificado para “Alvorada”. Detalhe curioso é que essas duas figuras fariam os seus primeiros elepês na velhice, Cartola aos 65 anos e Cachaça aos 74, sendo ambos os discos realizados por iniciativa de um mesmo produtor, J. C. Botezeli, o Pelão (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Alvorada (samba, 1968) - Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho
LP Cartola / Título da música: Alvorada / Cartola (Compositor) / Carlos Cachaça (Compositor) / Hermínio Bello de Carvalho (Compositor) / Cartola (Intérprete) / Gravadora: Marcus Pereira / Ano: 1974 / Nº Álbum: MPL 9302 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / MPB.
A história de “Alvorada” começou numa madrugada, quando Cartola e Cachaça, descendo o morro do Pendura a Saia, sentiram-se impressionados com os primeiros raios de sol que iluminavam o cenário, contrastando a beleza da cena com o sofrimento dos moradores do lugar. Fizeram, então, a primeira parte do samba: “Alvorada lá no morro que beleza / ninguém chora, não há tristeza / ninguém sente dissabor / o sol colorindo é tão lindo, é tão lindo / e a natureza sorrindo / tingindo, tingindo a alvorada.”
A segunda parte surgiu na casa de Hermínio Bello de Carvalho, onde tinham ido para completar a composição. Hermínio fez a letra, enquanto Cartola compunha a melodia na hora. Em suas primeiras gravações, com Odete Amaral e Clara Nunes, o samba saiu com o título de “Alvorada no Morro”. Depois, inclusive nas gravações de Cartola e Carlos Cachaça, o nome foi simplificado para “Alvorada”. Detalhe curioso é que essas duas figuras fariam os seus primeiros elepês na velhice, Cartola aos 65 anos e Cachaça aos 74, sendo ambos os discos realizados por iniciativa de um mesmo produtor, J. C. Botezeli, o Pelão (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Alvorada (samba, 1968) - Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho
LP Cartola / Título da música: Alvorada / Cartola (Compositor) / Carlos Cachaça (Compositor) / Hermínio Bello de Carvalho (Compositor) / Cartola (Intérprete) / Gravadora: Marcus Pereira / Ano: 1974 / Nº Álbum: MPL 9302 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / MPB.
Gm C7 F Alvorada lá no morro que beleza Ab° Gm Ninguém chora, não há tristeza C7 F Ninguém sente dissabor Cm O sol colorindo D7 G7 É tão lindo, é tão lindo Bbm C7 F (D7) E a natureza sorrindo tingindo tingindo E7 Am Você também me lembra a alvorada F7 Bb Quando chega iluminando F7 Bb Meus caminhos tão sem vida Gm C7 E o que me resta é bem pouco Cm D7 Quase nada de que ir assim Gm C7 F Vagando numa estrada perdida D7 Alvorada ..... (voltar ao estribilho)
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