sábado, 18 de setembro de 2010

Gaúcho da Passo Fundo


Gaúcho de Passo Fundo (xote, 1960) - Teixeirinha

Nosso querido Teixeirinha teve uma infância pobre. Seu pai era carreteiro e faleceu quando tinha seis anos. Aos nove anos, perdeu a mãe, que devido a uma crise epilética, morreu queimada na fogueira de lixo que fazia nos fundos do quintal da casa onde morava.

Menino órfão, passou a trabalhar em granjas na cidade em que nasceu. Depois foi para Porto Alegre, onde vendeu doces, verduras e trabalhou no cais. Muitas vezes, teve que dormir debaixo do viaduto da Avenida Borges de Medeiros, conforme declarou. Aprendeu a tocar violão sozinho, iniciando carreira em circos e emissoras de rádio do interior gaúcho.

Em 1959, gravou seu primeiro disco, onde interpretou o arrasta-pé Briga no batizado e o xote Xote soledade, ambos de sua autoria. O disco não alcançou grande repercussão e ainda gravaria, naquele mesmo ano, mais dois discos. Em 1960, gravou o xote Gaúcho de Passo Fundo e a toada-milonga Coração de luto, ambos de sua autoria.

Título da música: Gaúcho de passo fundo / Gênero musical: Chótis / Intérprete: Teixeirinha / Compositor: Teixeirinha / Acompanhamento: Calçada, Alberto / Gravadora Sertanejo / Número do Álbum 10104 / Data de Lançamento 07/1960 / Lado: lado A / Acervo José Ramos Tinhorão / Rotações Disco 78 rpm:


Tom: D
Intro: G D A7 D G D A7 D
D                             G
Me perguntaram se eu sou gaúcho,
A7 D
está na cara, repare o meu jeito
A7
Eu sou gaúcho lá de Passo Fundo
D
e trato todo mundo com muito respeito
G D A7
Mas se alguém me pisar no pala meu revolver fala
D
e o buchincho está feito.
D                              G  
Não sou nervoso, nem carrego medo,
A7 D
eu me criei sem conhecer remédio
A7
Eu meto o peito em qualquer fandango,
D
mas quando me zango até derrubo prédio
G D
Eu sou gaúcho e se me agride eu tundo,
A7 D
sou de Passo Fundo do Planalto médio
D                             G  
Me perguntaram qual era a razão
A7 D
de ter orgulho em ser passofundense
A7
Eu respondi sou da terra do trigo
D
tem povo amigo e quando luta vence
G D
É um pedaço do Rio Grande amado,
A7 D
orgulha o estado e o povo riograndense
D                           G   
Já respondi a pergunta seu moço,
A7 D
me dá licença vou encilhar o cavalo
A7
Brasil a fora atravessei os estados,
D
troteando apressado vim tirando o talo
G D
Pra ver as prendas mais lindas do mundo,
A7 D
chega em Passo Fundo no cantar do galo

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