sexta-feira, 14 de abril de 2006

Rita Pavone


Rita Pavone nasceu em Torino, ao norte da Itália, em 23 de agosto de 1945, e já desde cedo chamou a atenção de toda a família, pois chorava sem parar e demonstrava seus dotes artísticos cantando para toda família.


Em 1962 foi organizado em Ariccia o "Festival dos Desconhecidos" pelo já famoso produtor Teddy Reno. Neste festival, Rita foi destaque e imediatamente assinou seu primeiro contrato com a RCA Itália, onde gravou seu primeiro single "La Partita Di Pallone", que vendeu 1 milhão de cópias.

Sua popularidade aumentou e se consolidou através das constantes aparições no programa de televisão Studio Lino, que era o maior espetáculo musical italiano dos anos 60. Lá se lançaram inúmeros astros como The Rokes, Edoardo Vianello, Patty Pravo, Michelle, Equipe 84 e toda a legião de novos valores que até hoje fazem parte da trilha sonora dos bailes dos anos 60.

Logo a seguir, em 63, gravou seu segundo disco "Come Te Non C'è Nessuno", que lhe abriu as portas do mundo inteiro. A partir daí, Rita gravou em vários idiomas e entrou nas paradas da Espanha, Alemanha, Inglaterra, Japão e toda América do Sul.

Participou de inúmeras turnês pelo mundo, tendo se apresentado inclusive no famoso "Ed Sullivan Show", nos Estados Unidos.No mesmo ano, ainda, debutou no cinema com "Rita, o mosquito". Sua carreira sempre foi muito forte no Brasil, onde esteve já por duas vezes, com enorme sucesso.

Veja também:








Fonte: Bella Italia.

Rita Lee


Rita Lee Jones, cantora, compositora e instrumentista, nasceu em São Paulo no dia 31 de dezembro de 1947. Desde criança conviveu com a música, pois sua mãe tocava piano. Sem ter aprendido a tocar nenhum instrumento, aos dezoito anos formou um conjunto com mais quatro garotas, as Teen Age Singers, que participavam de shows e de festas colegiais.


Descobertas pelo cantor Tony Campello, passaram a fazer coro para as gravações dos Jet Blacks, Demetrius e Prini Lopez. Depois de conhecer Arnaldo Dias Batista, que tinha um conjunto, o Wooden Faces, começou a aprender contrabaixo, integrando mais tarde o grupo, que passou a se chamar Six Sided Rockers. Com a saída de três elementos, mudaram o nome para O Conjunto, gravando um compacto com o rock Suícida (com Arnaldo e Sérgio Dias Batista).

Rita Lee no Rock in Rio, em 1984

Em 1966 estrearam no programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von, já com o nome de Os Mutantes. Em 1969 gravou seu primeiro LP individual, Build-up, pela Philips, sem deixar entretanto suas atividades no grupo, ao qual permaneceu ligada até 1972. Nesse ano, gravou seu segundo LP individual, Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida, pela PhiIips.

No ano seguinte apresentou-se no show Phono 73, em dupla com a guitarrista e compositora Lúcia Turnbull, e formou o conjunto Tutti Frutti, com Lúcia e outros músicos, montando o show Tutti Frutti, dirigido pelo dramaturgo Antônio Bivar.

Em 1974 o novo grupo lançou o LP Atrás do porto tem uma cidade, pela Philips. Ainda nesse ano realizou um show no Teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro, e percorreu o Brasil apresentando o disco. No ano seguinte, sem Lúcia Turnbull, o Tutti Frutti gravou seu segundo LP, Fruto proibido, na Som Livre, com as músicas de um show realizado em várias regiões do país.

Em 1977 o Tutti Frutti se desfez; gravou então, com Gilberto Gil o LP Refestança (Som Livre) incluindo suas parcerias com o compositor É proibido fumar, Refestança, De leve (versão de Get back, dos Beatles).

No final da década de 1970 e início da de 1980, com um estilo pop-rock característico, lançou seus maiores sucessos. Em 1979 passou a ter como parceiro o músico Roberto de Carvalho; lançaram o LP Rita Lee (Som Livre), com Doce vampiro, Chega mais e Mania de você, estas duas da dupla.


Em 1980 atingiu enorme sucesso com o LP Rita Lee, que incluiu, entre outras, Lança perfume e Caso sério, ambas em parceria com Roberto de Carvalho, além de Ôrra meu! e Baila comigo. Ainda no início dos anos de 1980, gravou Joujou e balangandãs, ao lado de João Gilberto.

Em 1982 lançou o LP Rita Lee & Roberto de Carvalho (Som Livre), que incluía os sucessos Flagra e Cor-de-rosa-choque, além da homenagem a João Gilberto, Brasil com S, todas composições da dupla. Em 1983, o LP Bombom, todo em parceria com Roberto de Carvalho, obteve grande repercussão. Nesse mesmo ano, realizou tournée por todo o Brasil, dando início aos mega-shows.


Em 1987 transferiu-se para a EMI, lançando o LP Flerte fatal. Em 1988 participou do filme Dias melhores virão, com Cacá Diegues, e gravou o LP Zona zen, sem muita repercussão.

Em 1992 fez sozinha o show e o LP Bossa and Roll, em que se aventurou pela bossa nova mas, em 1995, retornou ao rock debochado e apresentou o espetáculo A marca da Zorra, em parceria com Roberto de Carvalho. Em 1996, foi homenageada por Ná Ozzetti, que gravou o CD Lovelee Rita, só com suas músicas.

Em maio de 1997 recebeu o Prêmio Sharp de personalidade da música brasileira, pelo conjunto de sua obra tornando-se a primeira mulher a ganhar este prêmio. Em julho de 1997 lançou seu vigésimo sexto disco, Santa Rita de Sampa, pela Polygram.

Algumas músicas


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; MPB Compositores - Editora Globo.

Renato e Seus Blue Caps



Renato e Seus Blue Caps. Conjunto de música jovem formado por volta de 1960, no Rio de Janeiro RJ, pelo líder Renato Barros (Renato Cosme Vieira de Barros, Rio de Janeiro 1944-); Carlinhos (Carlos Alberto da Costa Vieira, Rio de Janeiro 1943-), guitarra-base; Tony (Carlos Antônio Pinheiro), bateria; Cid (Cid Rodrigues Chaves), sax-tenor; e Paulo César (Paulo César Vieira de Barros, Rio de Janeiro 1947-), baixo elétrico.


Apresentou-se inicialmente em clubes e festinhas no bairro da Piedade, onde moravam, procurando em seguida Jair de Taumaturgo, na Rádio Mayrink Veiga, passando a se apresentar em seu programa. Tempos depois, o conjunto foi convidado por Carlos Imperial para se apresentar em seu programa Os Brotos Comandam, na TV-Rio e na Rádio Guanabara.

Seu primeiro compacto duplo (33 rpm), gravado na CBS, incluiu Bigorrilho (Sebastião Gomes, Romeu Gentil e Paquito), We Like Birdland, Noturno em mi bemol e Vera Lúcia (os três de Renato Barros e Paulo C. V de Barros), conseguindo com esta última seu primeiro sucesso.

O conjunto gravou, em 1965, o LP Viva a Juventude, com o grande sucesso Menina linda (I Should Have Known Better, John Lennon e Paul McCartney, versão de Renato Barros). Apresentou-se no programa Jovem Guarda, de Roberto Carlos, lançando com sucesso O escândalo, (Shame and Scandal in the Family, Huon Donaldson e S. H. Brown, versão de Renato Barros).

Em 1966, saiu pela CBS novo LP, Um embalo com Renato e seus Blue Caps, destacando-se Até o fim (You Won't See Me, John Lennon e Paul McCartney, versão de Lilian Knapp).

Com o encerramento do programa Jovem Guarda, o grupo prosseguiu uma bem sucedida carreira como banda de bailes, continuando a gravar para a CBS. Paulo César Barros atua também como músico de estúdio em diversas gravadoras, principalmente na Philips, onde participou em todos os LPs de Raul Seixas. Renato Barros tem composições que fizeram sucesso com outros intérpretes, como Não há dinheiro que pague (Roberto Carlos) e A pobreza (Leno).

No início da década de 1980 o grupo passou a gravar apenas esporadicamente, tocando e cantando em bailes por todo o Brasil.


Veja também:



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Música Regional


Os compositores profissionais urbanos, a partir do início da segunda década do séc. XX, designaram o nome "música sertaneja" as estilizações de ritmos rurais que denominavam arbitrariamente de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e batuques, que se identificavam por letras invariavelmente evocativas de beleza bucólica e romântica da paisagem, da vida e da gente do interior, e que, por serem nascidas e criadas longe das grandes cidades, eram tão livres quanto possível das influências norte-americanas e europeias (jazz, fox-trot, música francesa, canção napolitana) sofridas pela cultura urbana.


A aceitação dessas chamadas canções sertanejas começou na área popular a partir do sucesso carnavalesco, em 1914, da toada Caboca di Caxangá (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), e entre as classes média e alta desde o sucesso da apresentação, na noite de 28 de dezembro de 1915, no Teatro Municipal, de São Paulo SP, por iniciativa do escritor Afonso Arinos, de algumas cenas do "antiquíssimo bumba-meu-boi, conhecido em todo o Brasil".

Posteriormente, denominação mais genérica e usual para toda música popular com características rurais, notadamente uso de violas caipiras e acordeons, vocalização em terças paralelas (ou seja, as melodias das duas vozes se mantêm separadas pela mesma distância na escala) e atmosfera geral interiorana. O termo costuma ser utilizado como sinônimo de música caipira, ou seja, a música da região Centro-Sul (também chamada "Paulistânia").

Mais amplamente, música sertaneja seria também o baião, o xaxado, enfim, toda música produzida nas regiões Norte-Nordeste, onde efetivamente há. sertão e que têm em comum o fato de não serem cultura de cidade grande.

Desde o começo do séc. XX, temos música urbana produzida com sotaque interiorano, caracterizando até gêneros como samba sertanejo e valsa sertaneja. Tanta confusão é aumentada pelo fato de muitos estudiosos fazerem distinção entre caipira e sertanejo. Música sertaneja é, para eles, a música caipira feita nos grandes centros urbanos por não-caipiras, "fabricada" por imitação, humorismo ou comércio puro e simples; ou, como diz José Ramos Tinhorão: "a música caipira é manteiga, e a sertaneja é margarina".

Um bom exemplo desta última é a valsinha Sereno, de Antônio Almeida (sobre motivo folclórico), lançada pelos Anjos do Inferno em 1943 e que inclui brincadeira com o caipira do Sul: "Ô dona Maricota, quer me dar o prazer desta contradança? / Pois não, seu Janjão! ".

Inesita Barroso aponta um fator que diferencia definitivamente a música caipira da sertaneja: aquela só canta sobre a vida no campo, incluindo histórias de bichos, chegando muitas vezes a ser fábula musicada (embora, acrescentamos, possa falar também de "causos" ligados à religião e de entreveros resultantes do contraste entre pessoas ou coisas caipiras e urbanas). Já a música sertaneja, feita na cidade, só fala de temas da cidade, sendo, em geral, mais dramática e negativa, com perdições, traições, adultérios.


Algumas letras, cifras e gravações:


























































































Página com músicas sertanejas não inclusas aqui:



Abaixo a relação dos artistas e artigos da Música Regional publicados no blog:










































Fonte do artigo: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.